Energia e transportes atraem chineses

02/06/2017 Energia POR: Valor Econômico
Alvo de todas as atenções no Fórum Brasil de Investimentos 2017, evento que ocorreu ontem sobre oportunidades de investimentos no país, empresas chinesas de infraestrutura de transportes e de energia disseram que pretendem ampliar os investimentos diretos no Brasil.
A China Communications Construction Co (CCCC) vislumbra ao menos três oportunidades de investimentos no Brasil, todas nas regiões Norte e Nordeste, para onde caminha o escoamento da nova fronteira agrícola.
A primeira são os terminais em Miritituba e Vila do Conde (PA). Depois, o porto do Itaqui (MA), dada a conexão com a Estrada de Ferro Carajás e a ferrovia Norte-Sul. "Vai ser um centro logístico dessa região no Brasil", disse o CEO da CCCC South America Regional Company, Lin Li. E, finalmente, o transporte fluvial de Miritituba até Vila do Conde.
A CCCC chegou ao Brasil recentemente comprando o controle do projeto de um complexo portuário multicargas a ser construído em São Luís (MA), junto com a WPR, do grupo WTorre. Recentemente, adquiriu 80% da empresa de engenharia Concremat.
Os principais interesses da CCCC no Brasil são em investimentos portuários e ferroviários. Li elogiou o recém-publicado Decreto dos Portos, que permitirá, entre outros, que empresas com contratos firmados após a Lei dos Portos de 1993 estendam o prazo de exploração para até 70 anos. Desde que haja interesse do poder público e seja descontado o período já decorrido do contrato. Hoje, os prazos podem chegar no máximo a 50 anos. O decreto também permite o adensamento de áreas contíguas. "Isso vai atrair benefícios a longo prazo para investimentos e oportunidades potenciais de incremento de capacidade", disse.
O executivo foi um dos que falaram num painel dedicado a empresas chinesas, o mais concorrido do evento.
A China Three Gorges (CTG) segue focada na consolidação dos ativos adquiridos recentemente no Brasil, que a colocaram na posição de segunda maior geradora privada do país, disse Li Yinsheng, presidente da CTG Brasil, em conversa com a imprensa durante o Fórum Brasil de Investimentos 2017.
"Tudo esta indo bem na consolidação dos ativos, mas acho que no fim do ano estaremos em melhor forma", disse Yinsheng. Segundo ele, a companhia avalia participar de leilões que envolvam novos projetos (greenfield), principalmente da fonte hídrica.
Segundo o executivo, a CTG nunca parou de avaliar oportunidades no país. "Temos uma equipe de desenvolvimento de negócios e o foco é em analisar oportunidades no mercado. Mas queremos ter os ativos adquiridos consolidados para olhar novas oportunidades depois", disse.
A preferência é por ativos "greenfield" porque isso vai permitir que a CTG utilize todo seu conhecimento nessa área, além de criar empregos e movimentar a economia local, explicou Yinsheng. Segundo ele, há espaço para contratação de projetos de hidrelétricas de médio porte.
Em relação aos ativos já em operação, a CTG será "seletiva", disse Yinsheng. Questionado se a companhia tem interesse nas usinas da Cemig ou na privatização da Cesp, ele não respondeu.
De acordo com o executivo, os desafios do investimento em infraestrutura são globais, mas há características locais que precisam ser vencidas. Entre esses, citou a necessidade de simplificação de taxas e impostos no Brasil.
O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, disse que a China tem intenção de investir US$ 750 bilhões nos próximos cinco anos e que os países emergentes tornam-se cada vez mais os principais destinos de investimentos. Embora nos últimos anos o Brasil tenha passado por volatilidade política e econômica, a macroeconomia está estável e há bons sinais de recuperação.
Alvo de todas as atenções no Fórum Brasil de Investimentos 2017, evento que ocorreu ontem sobre oportunidades de investimentos no país, empresas chinesas de infraestrutura de transportes e de energia disseram que pretendem ampliar os investimentos diretos no Brasil.
A China Communications Construction Co (CCCC) vislumbra ao menos três oportunidades de investimentos no Brasil, todas nas regiões Norte e Nordeste, para onde caminha o escoamento da nova fronteira agrícola.
A primeira são os terminais em Miritituba e Vila do Conde (PA). Depois, o porto do Itaqui (MA), dada a conexão com a Estrada de Ferro Carajás e a ferrovia Norte-Sul. "Vai ser um centro logístico dessa região no Brasil", disse o CEO da CCCC South America Regional Company, Lin Li. E, finalmente, o transporte fluvial de Miritituba até Vila do Conde.
A CCCC chegou ao Brasil recentemente comprando o controle do projeto de um complexo portuário multicargas a ser construído em São Luís (MA), junto com a WPR, do grupo WTorre. Recentemente, adquiriu 80% da empresa de engenharia Concremat.
Os principais interesses da CCCC no Brasil são em investimentos portuários e ferroviários. Li elogiou o recém-publicado Decreto dos Portos, que permitirá, entre outros, que empresas com contratos firmados após a Lei dos Portos de 1993 estendam o prazo de exploração para até 70 anos. Desde que haja interesse do poder público e seja descontado o período já decorrido do contrato. Hoje, os prazos podem chegar no máximo a 50 anos. O decreto também permite o adensamento de áreas contíguas. "Isso vai atrair benefícios a longo prazo para investimentos e oportunidades potenciais de incremento de capacidade", disse.
O executivo foi um dos que falaram num painel dedicado a empresas chinesas, o mais concorrido do evento.
A China Three Gorges (CTG) segue focada na consolidação dos ativos adquiridos recentemente no Brasil, que a colocaram na posição de segunda maior geradora privada do país, disse Li Yinsheng, presidente da CTG Brasil, em conversa com a imprensa durante o Fórum Brasil de Investimentos 2017.
"Tudo esta indo bem na consolidação dos ativos, mas acho que no fim do ano estaremos em melhor forma", disse Yinsheng. Segundo ele, a companhia avalia participar de leilões que envolvam novos projetos (greenfield), principalmente da fonte hídrica.
Segundo o executivo, a CTG nunca parou de avaliar oportunidades no país. "Temos uma equipe de desenvolvimento de negócios e o foco é em analisar oportunidades no mercado. Mas queremos ter os ativos adquiridos consolidados para olhar novas oportunidades depois", disse.
A preferência é por ativos "greenfield" porque isso vai permitir que a CTG utilize todo seu conhecimento nessa área, além de criar empregos e movimentar a economia local, explicou Yinsheng. Segundo ele, há espaço para contratação de projetos de hidrelétricas de médio porte.
Em relação aos ativos já em operação, a CTG será "seletiva", disse Yinsheng. Questionado se a companhia tem interesse nas usinas da Cemig ou na privatização da Cesp, ele não respondeu.
De acordo com o executivo, os desafios do investimento em infraestrutura são globais, mas há características locais que precisam ser vencidas. Entre esses, citou a necessidade de simplificação de taxas e impostos no Brasil.
O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, disse que a China tem intenção de investir US$ 750 bilhões nos próximos cinco anos e que os países emergentes tornam-se cada vez mais os principais destinos de investimentos. Embora nos últimos anos o Brasil tenha passado por volatilidade política e econômica, a macroeconomia está estável e há bons sinais de recuperação.