7º Encontro de Produtores de Amendoim de Pindorama-SP

04/03/2016 Noticias Copercana POR: Revista Canavieiros - ed. 116 - Por: Fernanda Clariano
A APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) Polo Regional Centro Norte e IAC (Instituto Agronômico) de Campinas realizou, no dia 17 de fevereiro, o 7º Encontro de Produtores de Amendoim, que aconteceu no Salão Paroquial da Igreja São Pedro Apóstolo, em Pindorama, no interior de São Paulo. Considerado um dos principais eventos da cultura no país, o encontro reuniu cerca de 300 participantes entre técnicos e pesquisadores ligados à cadeia do amendoim, além de produtores rurais e profissionais da área.
Na ocasião foram proferidas palestras sobre temas atuais, demandados pelo setor produtivo, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as atividades e resultados do programa de melhoramento de amendoim. 
Dentre os temas discutidos estava o Controle integrado de doenças do amendoim com ênfase em TSWV e mancha preta, que foi apresentado pelo professor da Faculdade de Agricultura e Ciências Ambientais - Departamento de Fitossanidade da Georgia nos EUA, dr. Albert Culbreath. Segundo ele, a severidade e a importância de cada doença variam de ano para ano. “Na última estação, o mofo branco foi o mais importante. O vírus hoje já não é considerado uma doença tão danosa porque as medidas de controle de mitigação funcionam. Existem variedades resistentes, mas de ano para ano essas condições se alteram e você pode ter uma mancha foliar - mancha preta, por exemplo, como sendo mais importante do que o mofo branco”, disse.
O engenheiro agrônomo Pedro Faria Junior articulou sobre “A Escassez de clorotalonil: o cobre é uma opção?”. De acordo com o agrônomo pode haver uma associação entre o cobre e o clorotalonil depois de um trabalho de pesquisa com análise estatística de dados. “Não adianta fazer observação de campo, é preciso ser realizada pesquisa para avaliar nas condições do Brasil, nas variedades disponíveis qual é o grau de confiança que se tem para substituir”, afirmou. 
No espaço técnico, a BASF, por meio do representante técnico de vendas, Maurício Zanetti, e a Syngenta, representada pelo profissional de desenvolvimento técnico de mercado, Ricardo Braz, apresentou soluções para a cultura do amendoim onde destacaram suas linhas de produtos. 
O Manejo de Adubação do Amendoim foi abordado pelo engenheiro agrônomo dr. Pesquisador Científico, Denizart Bolonhezi. Para ele, o manejo e adubação na cultura do amendoim não podem ser desvinculados do setor canavieiro por uma razão simples. “Mais de 80% das áreas de produção de amendoim estão vinculadas com a reforma de canavial. Ao falar de manejo de adubação é preciso entender que é uma cultura que está no sistema produtivo da cana”, disse Bolonhezi, que ainda afirmou “há quem insiste na ideia de que amendoim é uma cultura muito rústica e que não precisa adubar e isso pode dar problema na parceria na hora de arrendar a terra. Sabemos que dos quatro problemas principais da cadeia do amendoim, um deles é a dificuldade de área para produzir no Estado de São Paulo”. Ainda em sua apresentação, Bolonhezi sugeriu que a Câmara Setorial do Amendoim estimule um Programa Nutrição do Amendoim, e disse estar disposto a conversar sobre o assunto.
Na oportunidade, o engenheiro agrônomo, presidente da Câmara Setorial do Amendoim e gerente de Marketing da Miac, Luiz Antônio Vizeu, fez um resumo sobre o segundo ano de trabalho da Câmara e destacou os principais desafios. Vizeu também defendeu a criação do Dia Nacional do Amendoim como forma de divulgação dos benefícios do grão.  
O manejo de plantas daninhas foi o tema da palestra proferida pelo professor do departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária, Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, e em sua apresentação abordou qual a forma de controle de plantas daninhas mais utilizado na cultura do amendoim. “A melhor forma de controlar as plantas daninhas é por meio do manejo integrado, destacando-se o controle químico, cuja eficiência depende da correta identificação das espécies, do estágio de crescimento, do grau de infestação, do produto e sua dose”. Ele também foi enfático ao dizer que, “a interferência das plantas daninhas podem reduzir em mais de 90% a produção e pode inviabilizar a colheita”. Ainda de acordo com professor, as plantas daninhas interferem quali e quantitivamente na produção do amendoim, justificando a necessidade de seu controle e, consequentemente, oneram o custo de produção. 
“Procuramos conversar e trazer para o evento os assuntos que estão em alta,  como o controle de doenças, nutrição, adubação, dentre outros, e acredito que a grande aceitação do público em vir nos prestigiar tem a ver com a forma em que programamos e a outra coisa é que o amendoim brasileiro está sendo bastante produzido para a exportação e isso ajuda a dar sustentabilidade para o setor e protege o produtor e,  neste sentido, o produtor tem mostrado grande interesse em estar presente nos eventos, explorando mais a cultura”, analisou o pesquisador do IAC e idealizador do encontro, dr. Ignácio José de Godoy. 
A APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) Polo Regional Centro Norte e IAC (Instituto Agronômico) de Campinas realizou, no dia 17 de fevereiro, o 7º Encontro de Produtores de Amendoim, que aconteceu no Salão Paroquial da Igreja São Pedro Apóstolo, em Pindorama, no interior de São Paulo. Considerado um dos principais eventos da cultura no país, o encontro reuniu cerca de 300 participantes entre técnicos e pesquisadores ligados à cadeia do amendoim, além de produtores rurais e profissionais da área.
Na ocasião foram proferidas palestras sobre temas atuais, demandados pelo setor produtivo, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as atividades e resultados do programa de melhoramento de amendoim. 
Dentre os temas discutidos estava o Controle integrado de doenças do amendoim com ênfase em TSWV e mancha preta, que foi apresentado pelo professor da Faculdade de Agricultura e Ciências Ambientais - Departamento de Fitossanidade da Georgia nos EUA, dr. Albert Culbreath. Segundo ele, a severidade e a importância de cada doença variam de ano para ano. “Na última estação, o mofo branco foi o mais importante. O vírus hoje já não é considerado uma doença tão danosa porque as medidas de controle de mitigação funcionam. Existem variedades resistentes, mas de ano para ano essas condições se alteram e você pode ter uma mancha foliar - mancha preta, por exemplo, como sendo mais importante do que o mofo branco”, disse.
O engenheiro agrônomo Pedro Faria Junior articulou sobre “A Escassez de clorotalonil: o cobre é uma opção?”. De acordo com o agrônomo pode haver uma associação entre o cobre e o clorotalonil depois de um trabalho de pesquisa com análise estatística de dados. “Não adianta fazer observação de campo, é preciso ser realizada pesquisa para avaliar nas condições do Brasil, nas variedades disponíveis qual é o grau de confiança que se tem para substituir”, afirmou. 
No espaço técnico, a BASF, por meio do representante técnico de vendas, Maurício Zanetti, e a Syngenta, representada pelo profissional de desenvolvimento técnico de mercado, Ricardo Braz, apresentou soluções para a cultura do amendoim onde destacaram suas linhas de produtos. 
O Manejo de Adubação do Amendoim foi abordado pelo engenheiro agrônomo dr. Pesquisador Científico, Denizart Bolonhezi. Para ele, o manejo e adubação na cultura do amendoim não podem ser desvinculados do setor canavieiro por uma razão simples. “Mais de 80% das áreas de produção de amendoim estão vinculadas com a reforma de canavial. Ao falar de manejo de adubação é preciso entender que é uma cultura que está no sistema produtivo da cana”, disse Bolonhezi, que ainda afirmou “há quem insiste na ideia de que amendoim é uma cultura muito rústica e que não precisa adubar e isso pode dar problema na parceria na hora de arrendar a terra. Sabemos que dos quatro problemas principais da cadeia do amendoim, um deles é a dificuldade de área para produzir no Estado de São Paulo”. Ainda em sua apresentação, Bolonhezi sugeriu que a Câmara Setorial do Amendoim estimule um Programa Nutrição do Amendoim, e disse estar disposto a conversar sobre o assunto.
Na oportunidade, o engenheiro agrônomo, presidente da Câmara Setorial do Amendoim e gerente de Marketing da Miac, Luiz Antônio Vizeu, fez um resumo sobre o segundo ano de trabalho da Câmara e destacou os principais desafios. Vizeu também defendeu a criação do Dia Nacional do Amendoim como forma de divulgação dos benefícios do grão.  
O manejo de plantas daninhas foi o tema da palestra proferida pelo professor do departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária, Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, e em sua apresentação abordou qual a forma de controle de plantas daninhas mais utilizado na cultura do amendoim. “A melhor forma de controlar as plantas daninhas é por meio do manejo integrado, destacando-se o controle químico, cuja eficiência depende da correta identificação das espécies, do estágio de crescimento, do grau de infestação, do produto e sua dose”. Ele também foi enfático ao dizer que, “a interferência das plantas daninhas podem reduzir em mais de 90% a produção e pode inviabilizar a colheita”. Ainda de acordo com professor, as plantas daninhas interferem quali e quantitivamente na produção do amendoim, justificando a necessidade de seu controle e, consequentemente, oneram o custo de produção. 
“Procuramos conversar e trazer para o evento os assuntos que estão em alta,  como o controle de doenças, nutrição, adubação, dentre outros, e acredito que a grande aceitação do público em vir nos prestigiar tem a ver com a forma em que programamos e a outra coisa é que o amendoim brasileiro está sendo bastante produzido para a exportação e isso ajuda a dar sustentabilidade para o setor e protege o produtor e,  neste sentido, o produtor tem mostrado grande interesse em estar presente nos eventos, explorando mais a cultura”, analisou o pesquisador do IAC e idealizador do encontro, dr. Ignácio José de Godoy. 


“O Brasil tem variedades de amendoim que estão no mesmo nível das variedades mais tolerantes americanas” 
A afirmação acima é do professor da Faculdade de Agricultura e Ciências Ambientais - Departamento de Fitossanidade da Georgia nos EUA, dr. Albert Culbreath, que participou como palestrante no 7º Encontro de Produtores de Amendoim de Pindorama, onde abordou o controle integrado de doenças do amendoim com ênfase em TSWV e mancha preta. Na oportunidade, o professor concedeu entrevista para a Revista Canavieiros. Acompanhe.  

Revista Canavieiros: Qual a variedade mais cultivada hoje na Georgia? E quais as principais pragas? 
Dr. Culbreath: A variedade mais usada é a Georgia 06G. É uma variedade do grupo runner, variedade rasteira e as principais doenças são: a mancha castanha, mancha preta, o vírus do vira-cabeça e o mofo branco.
Revista Canavieiros: Dentre as doenças citadas qual é a que mais preocupa?
Dr. Culbreath: A severidade e a importância de cada doença variam de ano para ano. Na última estação o mofo branco foi o mais importante. O vírus hoje já não é considerado uma doença tão danosa porque as medidas de controle de mitigação funcionam. Existem variedades resistentes, mas de ano para ano essas condições se alteram e você pode ter uma mancha foliar - mancha preta, por exemplo, como sendo mais importante do que o mofo branco.
Revista Canavieiros: Como o senhor vê o programa de melhoramento no Brasil em relação ao vírus TSWV e GRSV? E como é feito nos EUA?
Dr. Culbreath: Iniciamos um programa de cooperação com o IAC (Instituto Agronômico), eles têm variedades brasileiras desenvolvidas pelo pesquisador dr. Ignácio José de Godoy em teste nos EUA, para avaliação de resistência a tolerância a vírus. São variedades muito promissoras considerando que não foram direcionadas para resistência a vírus, mas muitas delas já têm uma boa tolerância embutida na carga genética. Vejo com muito bons olhos esse programa do Brasil para o futuro. 
Revista Canavieiros: Qual a variedade brasileira que mais lhe chama a atenção e por quê?
Dr. Culbreath: Não me lembro de cabeça, mas me lembro que tem pelo menos duas variedades que se destacam e mais algumas que estão no mesmo nível das variedades mais tolerantes americanas.

Revista Canavieiros: Qual é a opinião do senhor sobre os eventos que reúnem os produtores de amendoim para apresentar novas variedades, trocar conhecimentos e informações?
Dr. Culbreath: Gostei muito desse evento em Pindorama, onde tive a honra de participar como palestrante. Mesmo sem poder entender o idioma, eu consegui fazer diversas anotações do que foi exposto pelos outros palestrantes e achei muito relevante a interação entre os palestrantes-pesquisadores e o público, que são os produtores. Isso é muito importante.