Açúcar: bolsas de NY e Londres fecham em alta

Nesta terça-feira (10), os preços do açúcar tiveram uma recuperação no mercado internacional. Em Nova York, a commodity foi comercializada a 16,62 centavos de dólar por libra-peso, no vencimento em março/14, alta de 7 pontos em relação aos preços da véspera. Em Londres, o açúcar fechou no mesmo vencimento a US$ 451,40 a tonelada, US$ 3,30 a mais do que os preços praticados na segunda-feira (9).
 
De acordo com uma análise divulgada hoje (11) no jornal Valor Econômico, os futuros do açúcar demerara reagiram à desaceleração da produção no Brasil e, por isso, fecharam em alta na bolsa de Nova York. Segundo a Unica, que representa as indústrias sucroalcooleiras do Centro-Sul do Brasil, apenas 44,11% do volume total de cana processada na segunda metade do mês de novembro foram destinados à produção de açúcar. O percentual é significativamente inferior aos 50,51% computados na mesma quinzena da safra passada. Analistas disseram que a alta das cotações também foi motivada por cobertura de posições.
 
No mercado interno, o preço do açúcar também teve recuperação ontem (10). Segundo os índices medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), os contratos em SP foram fechados a R$ 51,08 a saca de 50 quilos, alta de 0,12%.
 
Segundo os pesquisadores do Cepea, o ritmo de negócios no mercado spot paulista de açúcar cristal está desaquecido desde novembro. "Neste início de dezembro, a demanda segue retraída e pode diminuir ainda mais nas próximas semanas, já que compradores pretendem paralisar os trabalhos no final deste mês, voltando ao mercado somente em janeiro", disseram.
 
Com recebimento dos contratos pré-negociados e/ou por terem estoque, compradores alegam ter produto suficiente para dar giro na produção nas próximas semanas. "Desta forma, só devem entrar no mercado spot para adquirir quantidades pontuais, sem dar prioridade à formação de estoques para o período da entressafra. Do lado das usinas, também não houve oferta elevada", concluíram os pesquisadores.
 
 
Etanol
 
Já o etanol hidratado, conforme dados da Esalq/BVMF, voltou a registrar queda nesta terça-feira (10), retração de 0,44% e negócios firmados pelas usinas paulistas a R$ 1.236,00 o metro cúbico do biocombustível, usado nos tanques dos carros flex ou originalmente a álcool.