Açúcar: preços despencam pressionados por mercado financeiro chinês

24/08/2015 Açúcar POR: Agência UDOP de Notícias
A semana terminou com uma expressiva queda do preço açúcar em Nova York, diante da onda de aversão ao risco, que vem sendo alimentada pela retração do mercado financeiro na China. No vencimento outubro/15, a commodity foi cotada a 10,44 centavos de dólar por libra-peso. Uma baixa de 18 pontos. Nas telas março e maio/16, a desvalorização foi ainda maior: 22 pontos. O mesmo aconteceu nos outros lotes. 
Os especialistas consultados pelo jornal Valor Econômico de hoje (24) disseram que a baixa veio apesar das informações de queda da produção de açúcar na região Centro-Sul do país e também do aumento da importação da commodity pela China. O tom nas ações chinesas e a redução da atividade industrial no país asiático desencadearam uma onda de vendas de ativos nos mercados globais que atingiu os preços do açúcar.
Na bolsa londrina, o açúcar foi negociado a US$ 333,70 a tonelada no vencimento outubro/15. Uma ligeira alta de 10 cents no comparativo com a véspera. Já nos lotes dezembro/15 e março/16, os preços caíram 1,70 e 2,90 dólares, respectivamente. 
O Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa disse em artigo publicado no último sábado (22) que "o acumulado das perdas anuais aponta para o café e o açúcar como as commodities que mais derreteram, 29.2% e 28.9% respectivamente. Logo em seguida, petróleo WTI e Brent também caíram em média 28%."
Ele ainda fez uma comparação com a crise atual e a vivida pelo setor em 1999. "Agora, a situação é completamente oposta: a economia chinesa se debilita (e se eles tiverem uma febre de 37.5º, o mundo terá uma hiperpirexia), o petróleo acena para 30 dólares por barril sem melhora no panorama adiante, o Brasil está a um passo de perder o grau de investimento laureando um governo que prima pela mediocridade e paralisia, enquanto o setor sucroalcooleiro possui um endividamento (impagável, segundo alguns) que deve estar em torno de R$ 90 bilhões e não existe nenhum projeto que indique que seremos capazes de atender a demanda nos próximos cinco anos", concluiu Corrêa.
Mercado interno
Os preços do açúcar em São Paulo também encerraram a semana desvalorizados. De acordo com os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi cotada a R$ 46,99. Uma queda de 0,25% em relação à véspera.
Patrícia Mendonça
A semana terminou com uma expressiva queda do preço açúcar em Nova York, diante da onda de aversão ao risco, que vem sendo alimentada pela retração do mercado financeiro na China. No vencimento outubro/15, a commodity foi cotada a 10,44 centavos de dólar por libra-peso. Uma baixa de 18 pontos. Nas telas março e maio/16, a desvalorização foi ainda maior: 22 pontos. O mesmo aconteceu nos outros lotes. 
Os especialistas consultados pelo jornal Valor Econômico de hoje (24) disseram que a baixa veio apesar das informações de queda da produção de açúcar na região Centro-Sul do país e também do aumento da importação da commodity pela China. O tom nas ações chinesas e a redução da atividade industrial no país asiático desencadearam uma onda de vendas de ativos nos mercados globais que atingiu os preços do açúcar.
Na bolsa londrina, o açúcar foi negociado a US$ 333,70 a tonelada no vencimento outubro/15. Uma ligeira alta de 10 cents no comparativo com a véspera. Já nos lotes dezembro/15 e março/16, os preços caíram 1,70 e 2,90 dólares, respectivamente. 
O Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa disse em artigo publicado no último sábado (22) que "o acumulado das perdas anuais aponta para o café e o açúcar como as commodities que mais derreteram, 29.2% e 28.9% respectivamente. Logo em seguida, petróleo WTI e Brent também caíram em média 28%."
Ele ainda fez uma comparação com a crise atual e a vivida pelo setor em 1999. "Agora, a situação é completamente oposta: a economia chinesa se debilita (e se eles tiverem uma febre de 37.5º, o mundo terá uma hiperpirexia), o petróleo acena para 30 dólares por barril sem melhora no panorama adiante, o Brasil está a um passo de perder o grau de investimento laureando um governo que prima pela mediocridade e paralisia, enquanto o setor sucroalcooleiro possui um endividamento (impagável, segundo alguns) que deve estar em torno de R$ 90 bilhões e não existe nenhum projeto que indique que seremos capazes de atender a demanda nos próximos cinco anos", concluiu Corrêa.
Mercado interno
Os preços do açúcar em São Paulo também encerraram a semana desvalorizados. De acordo com os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi cotada a R$ 46,99. Uma queda de 0,25% em relação à véspera.
Patrícia Mendonça