Os preços do açúcar encerraram a semana em baixa no mercado internacional. Na sexta-feira (16), os papéis com vencimento em março/17 caíram 34 pontos e os negócios foram fechados a 18,22 centavos de dólar por libra-peso. No lote maio/17, a queda foi de 28 pontos e em julho/17, de 21 pontos na comparação com o dia anterior.
Em Londres, na tela março/17, o açúcar foi comercializado a US$ 492,40 a tonelada, recuo de 5,80 dólares no comparativo com a véspera. Nos outros lotes, a variação negativa foi de 2,10 a 5,90 dólares.
Segundo a análise do jornal Valor Econômico de hoje (19), o maior otimismo com a oferta mundial de açúcar pressionou os preços. Enquanto no Brasil a produção atingiu 34,698 milhões de toneladas até o fim de novembro - 18,01% acima do observado no mesmo período do ciclo anterior, a Índia elevou em 11% sua produção nos primeiros meses do atual ano-safra, para 5,3 milhões de toneladas. Com isso, alguns analistas já falam em um superávit ainda nesta temporada, contrapondo-se às previsões de déficit de até 7,5 milhões de toneladas.
Para o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, a semana foi devastadora para o mercado futuro de açúcar. O vencimento março de 2017, na bolsa de NY, encerrou a sexta com uma queda de quase 100 pontos em relação à semana anterior. "Quem está no mercado de commodities há muitos anos, já não se espanta tanto com as oscilações assustadoras dos mercados, quase sempre deixando os participantes boquiabertos com a magnitude da volatilidade. Para o bem ou para o mal, diga-se de passagem", explicou Corrêa.
Ele disse ainda que "as oscilações de preços em mercados líquidos como é o caso do açúcar exageram sempre. O movimento de manada protagonizado pelos fundos cria valores artificialmente altos ou baixos dependendo de como estão posicionados naquele mercado ou da velocidade com que liquidam essas posições. O açúcar precisará de notícias fundamentalistas alvissareiras se quiser ver revertido o humor baixista que tomou forma depois de uma desvalorização de 600 pontos desde o início de outubro".
Mercado doméstico
No mercado interno, o açúcar tipo cristal também encerrou a semana em queda. Segundo o Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi vendida a R$ 91,97, uma baixa de 0,27% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.
Patrícia Mendonça
Os preços do açúcar encerraram a semana em baixa no mercado internacional. Na sexta-feira (16), os papéis com vencimento em março/17 caíram 34 pontos e os negócios foram fechados a 18,22 centavos de dólar por libra-peso. No lote maio/17, a queda foi de 28 pontos e em julho/17, de 21 pontos na comparação com o dia anterior.
Em Londres, na tela março/17, o açúcar foi comercializado a US$ 492,40 a tonelada, recuo de 5,80 dólares no comparativo com a véspera. Nos outros lotes, a variação negativa foi de 2,10 a 5,90 dólares.
Segundo a análise do jornal Valor Econômico de hoje (19), o maior otimismo com a oferta mundial de açúcar pressionou os preços. Enquanto no Brasil a produção atingiu 34,698 milhões de toneladas até o fim de novembro - 18,01% acima do observado no mesmo período do ciclo anterior, a Índia elevou em 11% sua produção nos primeiros meses do atual ano-safra, para 5,3 milhões de toneladas. Com isso, alguns analistas já falam em um superávit ainda nesta temporada, contrapondo-se às previsões de déficit de até 7,5 milhões de toneladas.
Para o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, a semana foi devastadora para o mercado futuro de açúcar. O vencimento março de 2017, na bolsa de NY, encerrou a sexta com uma queda de quase 100 pontos em relação à semana anterior. "Quem está no mercado de commodities há muitos anos, já não se espanta tanto com as oscilações assustadoras dos mercados, quase sempre deixando os participantes boquiabertos com a magnitude da volatilidade. Para o bem ou para o mal, diga-se de passagem", explicou Corrêa.
Ele disse ainda que "as oscilações de preços em mercados líquidos como é o caso do açúcar exageram sempre. O movimento de manada protagonizado pelos fundos cria valores artificialmente altos ou baixos dependendo de como estão posicionados naquele mercado ou da velocidade com que liquidam essas posições. O açúcar precisará de notícias fundamentalistas alvissareiras se quiser ver revertido o humor baixista que tomou forma depois de uma desvalorização de 600 pontos desde o início de outubro".
Mercado doméstico
No mercado interno, o açúcar tipo cristal também encerrou a semana em queda. Segundo o Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi vendida a R$ 91,97, uma baixa de 0,27% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.
Patrícia Mendonça