Na contagem nacional, o agronegócio brasileiro ficou positivo em US$ 9,9 bi
As exportações do agronegócio paulista encerraram o mês de janeiro superavitárias em US$ 1,7 bilhão, enquanto os outros setores da economia marcaram um déficit de US$ 2,5 bilhões. Assim, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a balança comercial paulista fechou o primeiro mês de 2024 com saldo negativo de US$ 0,8 bilhão.
As informações constam do relatório divulgado pelo Departamento Econômico da FAESP, que apontou os principais produtos exportados. As exportações totais do estado somaram US$ 5,2 bilhões (um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2023), sendo que 42,2% (US$ 2,2 bilhões) são relativos ao agronegócio.
O principal produto responsável pelo aumento nas exportações do agronegócio paulista foi o açúcar de cana bruto, cujo valor embarcado cresceu 64,7%, ou US$ 277,6 milhões, ante janeiro de 2023. O açúcar refinado registrou alta de 155,7%, ou US$ 97,9 milhões, assim como o suco de laranja, com aumento de 23,4%, ou US$ 45,2 milhões.
Já os produtos que sofreram queda nas exportações são: álcool etílico (-47,8% ou US$ 61,9 milhões), celulose (-23,2% ou US$ 33 milhões), milho (-85,9% ou US$ 25,4 milhões) e carne bovina in natura (-12,5% ou US$ 24 milhões).
Importações
As importações do estado de São Paulo somaram, em janeiro, US$ 6 bilhões, uma queda de 1,6% em relação a janeiro de 2023. Desse total, o agronegócio responde por apenas 7,9% ou US$ 474,3 milhões, mas o setor apresentou aumento de 10,8% nas importações de janeiro, no comparativo com 12 meses.
Dos principais produtos importados por São Paulo, os que mais cresceram foram: arroz (+190,8% ou US$ 13,3 milhões), outras rações para animais domésticos (+56,3% ou US$ 7,5 milhões), salmões frescos ou refrigerados (+21,7% ou US$ 7,5 milhões) e outros filés de peixe congelados (+74,3% ou US$ 6,8 milhões). E os produtos que mais sofreram redução de preços são: cevada (-97,9% ou US$ 11,9 milhões), trigo (-25,7% ou US$ 10 milhões), borracha natural (-54,4% ou US$ 7,2 milhões) e demais óleos vegetais (-32% ou US$ 4 milhões).
Balança brasileira
De acordo com o MDIC, diferentemente da paulista, a balança comercial brasileira encerrou o mês com superávit de US$ 6,5 bilhões. O saldo do agro brasileiro foi positivo em US$ 9,9 bilhões, compensando os outros setores que somaram déficit de US$ 3,4 bilhões.
As exportações totais brasileiras atingiram US$ 27 bilhões em janeiro, registrando uma alta de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, 42,7% ou US$ 11,5 bilhões vieram do agronegócio (um aumento nos embarques de 13,2%). O crescimento nas exportações do agronegócio se deveu ao aumento do volume embarcado de soja em grãos, açúcar de cana bruto, algodão não cardado nem penteado, farelo de soja, açúcar refinado e café verde.
Em relação a janeiro de 2023, as exportações de soja em grãos cresceram 191,1% ou US$ 956 milhões, as de açúcar de cana bruto 73,4% ou US$ 576 milhões, as de algodão não cardado nem penteado 106,5% ou US$ 248 milhões, as de farelo de soja 30,6% ou US$ 229 milhões, as de açúcar refinado 196% ou US$ 218 milhões e as de café verde 17,9% ou US$ 112 milhões.
Os produtos que sofreram queda nas exportações foram: milho (-35,9% ou US$ 630 milhões), carne de frango in natura (-38,7% ou US$ 312 milhões) e óleo de soja bruto (-80,1% ou US$ 184 milhões).
Nas importações, o Brasil gastou US$ 20,5 bilhões, valor muito próximo do mesmo período de 2023 (-0,11%). Desse total, apenas 7,7% ou US$ 1,58 bilhão são relativos ao agronegócio, que registrou aumento de 8,2% nas importações, no comparativo com janeiro do ano passado.
Dentre os principais produtos importados pelo Brasil, em janeiro, destacam-se o arroz, que teve suas importações elevadas em 110,6% ou US$ 46,4 milhões; outros filés de peixe congelados (+76,7% ou US$ 15,1 milhões), salmões frescos ou refrigerados (+15,7% ou US$ 11,4 milhões), leite em pó (+17,5% ou US$ 9,2 milhões), batatas preparadas ou conservadas (+30% ou US$ 9 milhões) e maçãs frescas (+57,9% ou US$ 7,8 milhões). Os produtos que sofreram as maiores reduções foram: cevada (-55,6% ou US$ 34,6 milhões), milho (-48,2% ou US$ 15,2 milhões), papel (-11,5% ou US$ 10,6 milhões) e borracha natural (-36,2% ou US$ 9,7 milhões).