O mercado futuro de açúcar em NY encerrou a sessão de sexta-feira cotado a 20.61 centavos de dólar por libra-peso no vencimento outubro/2016, uma variação positiva de 84 pontos em relação à semana anterior (18.52 dólares por tonelada), enquanto o vencimento março/2017 fechou a 21.09 centavos de dólar por libra-peso, com um acréscimo de 81 pontos na semana (17.86 dólares por tonelada). Os demais meses de negociação fecharam, todos, com sinal positivo.
Nota-se que quando o mercado futuro ensaia uma realização de lucros aparecem os compradores retardatários que aproveitam rapidamente dos preços mais baixos receosos de perderem (outra vez) essa oportunidade. Consumidores finais de açúcar, em especial aqueles da Ásia, carregam a sensação de que os preços da commodity podem subir ainda mais e procuram paulatinamente refazer seus estoques. Alguns confessam que acreditavam, até maio passado, que o mercado futuro pudesse se depreciar ainda mais. Os compradores/consumidores mais otimistas, por exemplo, apostavam que veriam 11 centavos de dólar por libra-peso negociados na bolsa entre os meses de maio e junho passados, meses que historicamente, apresentam preços sazonalmente mais baixos. Hoje, com 11 centavos de dólar dá para comprar apenas meio libra-peso. Erraram feio.
Vários desses compradores retardatários lançaram mão da estratégia de vender puts (opções de venda) dentro do dinheiro (no março, preço de exercício de 22 centavos de dólar por libra-peso) para diminuir o custo final de aquisição do produto comparativamente ao preço negociado no futuro. É uma aposta. A queda da volatilidade implícita no prêmio das puts e o aumento do volume negociado delas corrobora com essa hipótese. É uma boa estratégia com risco bem calculado.
Analistas do mercado, não apenas do Brasil, mas também dos EUA e Europa, creem que os preços em NY chegarão próximos dos 25 centavos de dólar por libra-peso no vencimento março/2017, basicamente em linha com as projeções que fizemos aqui há algum tempo. No comentário semanal de 20 de maio, portanto há 100 dias, dissemos que nosso modelo de preço apontava naquela ocasião para o março/2017 negociando entre 20-21 centavos de dólar por libra-peso. Recebemos alguns e-mails jocosos sobre o fato. Modelos falham, mas esse deu certo.
Os fundos não-indexados mantém sua robusta posição comprada em 327,000 contratos em NY, aumentando um pouco em relação à semana anterior. Não parecem ter pressa de embolsar a enorme quantidade de dinheiro que estão ganhando mesmo rolando a posição de outubro/2016 para março/2017 com aparente perda no portfólio. Digo aparente porque o mercado propicia operações via derivativos que podem eliminar esse ônus.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) publicou um trabalho sobre o impacto de mudanças no preço do petróleo na utilização de terras agriculturáveis e na demanda de etanol. O Usda estima que em 2020 (que para efeito de comparação utilizamos a safra 2020/2021) o Brasil vai produzir 817 milhões de toneladas de cana, sendo 50.8 milhões de toneladas de açúcar e 36.3 bilhões de litros de etanol. As estimativas da Archer são muito mais modestas: produção de 720 milhões de toneladas decana, destinadas à produção 42.3 milhões de toneladas de açúcar e 30 bilhões de litros de etanol.
Como terão, então, que se comportar os preços no mercado internacional em 2020/2021 para se ajustarem a uma disponibilidade reduzida em 8.5 milhões de toneladas de açúcar e em 6.3 bilhões de litros de etanol? Resposta: via preço!!! Como também dito aqui recentemente, só um fator pode mudar significativamente a perspectiva de preços mais construtivos para as próximas safras: a queda significativa do preço do barril de petróleo.
Caso seja negociado por um longo período de tempo abaixo dos 40 dólares por barril, a perspectiva altista pode mudar de figura. Caso se confirmem preços do petróleo nos níveis de 48-52 dólares por barril, as chances são enormes de preços médios no açúcar em torno de 22-23 centavos de dólar por libra-peso. Se o preço do barril ultrapassar os 60 dólares por barril, aí o mercado pode ficar mais explosivo. Detalhe: o Usda coloca como chão do mercado, barril do petróleo a US$ 60 de 2017-2024 e como médio de 80-100 dólares por barril. Se isso for apenas razoável de colocar na equação, quem se atreve a ficar vendido açúcar à descoberto?
O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, acredita que o dólar não vai se alterar muito por razões externas, embora não descarte que possa haver alterações em função de razões domésticas, o petróleo deve ficar em torno 50 dólares por barril, mas a demanda internacional por commodities agrícolas vai continuar muito forte. Mendonça de Barros vê uma melhora significativa nas expectativas do desempenho da economia recuperando o crescimento do PIB em 2017 para 2%, embora o desemprego continue crescendo. Com a aprovação do impeachment, a MB aposta que o fluxo de capitais para o Brasil pressione a taxa de câmbio que pode chegar a R$ 3.0000 por dólar.
A semana que vem será marcada pela defenestração definitiva da presidente Dilma Rousseff. Será a volta da farsante para o ostracismo de onde nunca deveria ter saído. Lula, seu mentor, foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, crimes ligados ao recebimento de vantagens indevidas (adoro esses eufemismos para uma palavra simples que é propina), etc. O Brasil está se livrando de vez dessa corja maldita de comunistas que chupou o sangue do Brasil nos últimos treze anos. Que Dilma, Lula e todos os demais "companheiros" tenham o destino que merecem.
Artigo originalmente publicado no portal Archer Consulting. Comentário semanal de 22/08/16 à 26/08/16.
Arnaldo Luiz Corrêa - diretor da Archer Consulting
O mercado futuro de açúcar em NY encerrou a sessão de sexta-feira cotado a 20.61 centavos de dólar por libra-peso no vencimento outubro/2016, uma variação positiva de 84 pontos em relação à semana anterior (18.52 dólares por tonelada), enquanto o vencimento março/2017 fechou a 21.09 centavos de dólar por libra-peso, com um acréscimo de 81 pontos na semana (17.86 dólares por tonelada). Os demais meses de negociação fecharam, todos, com sinal positivo.
Nota-se que quando o mercado futuro ensaia uma realização de lucros aparecem os compradores retardatários que aproveitam rapidamente dos preços mais baixos receosos de perderem (outra vez) essa oportunidade. Consumidores finais de açúcar, em especial aqueles da Ásia, carregam a sensação de que os preços da commodity podem subir ainda mais e procuram paulatinamente refazer seus estoques. Alguns confessam que acreditavam, até maio passado, que o mercado futuro pudesse se depreciar ainda mais. Os compradores/consumidores mais otimistas, por exemplo, apostavam que veriam 11 centavos de dólar por libra-peso negociados na bolsa entre os meses de maio e junho passados, meses que historicamente, apresentam preços sazonalmente mais baixos. Hoje, com 11 centavos de dólar dá para comprar apenas meio libra-peso. Erraram feio.
Vários desses compradores retardatários lançaram mão da estratégia de vender puts (opções de venda) dentro do dinheiro (no março, preço de exercício de 22 centavos de dólar por libra-peso) para diminuir o custo final de aquisição do produto comparativamente ao preço negociado no futuro. É uma aposta. A queda da volatilidade implícita no prêmio das puts e o aumento do volume negociado delas corrobora com essa hipótese. É uma boa estratégia com risco bem calculado.
Analistas do mercado, não apenas do Brasil, mas também dos EUA e Europa, creem que os preços em NY chegarão próximos dos 25 centavos de dólar por libra-peso no vencimento março/2017, basicamente em linha com as projeções que fizemos aqui há algum tempo. No comentário semanal de 20 de maio, portanto há 100 dias, dissemos que nosso modelo de preço apontava naquela ocasião para o março/2017 negociando entre 20-21 centavos de dólar por libra-peso. Recebemos alguns e-mails jocosos sobre o fato. Modelos falham, mas esse deu certo.
Os fundos não-indexados mantém sua robusta posição comprada em 327,000 contratos em NY, aumentando um pouco em relação à semana anterior. Não parecem ter pressa de embolsar a enorme quantidade de dinheiro que estão ganhando mesmo rolando a posição de outubro/2016 para março/2017 com aparente perda no portfólio. Digo aparente porque o mercado propicia operações via derivativos que podem eliminar esse ônus.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) publicou um trabalho sobre o impacto de mudanças no preço do petróleo na utilização de terras agriculturáveis e na demanda de etanol. O Usda estima que em 2020 (que para efeito de comparação utilizamos a safra 2020/2021) o Brasil vai produzir 817 milhões de toneladas de cana, sendo 50.8 milhões de toneladas de açúcar e 36.3 bilhões de litros de etanol. As estimativas da Archer são muito mais modestas: produção de 720 milhões de toneladas decana, destinadas à produção 42.3 milhões de toneladas de açúcar e 30 bilhões de litros de etanol.
Como terão, então, que se comportar os preços no mercado internacional em 2020/2021 para se ajustarem a uma disponibilidade reduzida em 8.5 milhões de toneladas de açúcar e em 6.3 bilhões de litros de etanol? Resposta: via preço!!! Como também dito aqui recentemente, só um fator pode mudar significativamente a perspectiva de preços mais construtivos para as próximas safras: a queda significativa do preço do barril de petróleo.
Caso seja negociado por um longo período de tempo abaixo dos 40 dólares por barril, a perspectiva altista pode mudar de figura. Caso se confirmem preços do petróleo nos níveis de 48-52 dólares por barril, as chances são enormes de preços médios no açúcar em torno de 22-23 centavos de dólar por libra-peso. Se o preço do barril ultrapassar os 60 dólares por barril, aí o mercado pode ficar mais explosivo. Detalhe: o Usda coloca como chão do mercado, barril do petróleo a US$ 60 de 2017-2024 e como médio de 80-100 dólares por barril. Se isso for apenas razoável de colocar na equação, quem se atreve a ficar vendido açúcar à descoberto?
O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, acredita que o dólar não vai se alterar muito por razões externas, embora não descarte que possa haver alterações em função de razões domésticas, o petróleo deve ficar em torno 50 dólares por barril, mas a demanda internacional por commodities agrícolas vai continuar muito forte. Mendonça de Barros vê uma melhora significativa nas expectativas do desempenho da economia recuperando o crescimento do PIB em 2017 para 2%, embora o desemprego continue crescendo. Com a aprovação do impeachment, a MB aposta que o fluxo de capitais para o Brasil pressione a taxa de câmbio que pode chegar a R$ 3.0000 por dólar.
A semana que vem será marcada pela defenestração definitiva da presidente Dilma Rousseff. Será a volta da farsante para o ostracismo de onde nunca deveria ter saído. Lula, seu mentor, foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, crimes ligados ao recebimento de vantagens indevidas (adoro esses eufemismos para uma palavra simples que é propina), etc. O Brasil está se livrando de vez dessa corja maldita de comunistas que chupou o sangue do Brasil nos últimos treze anos. Que Dilma, Lula e todos os demais "companheiros" tenham o destino que merecem.
Artigo originalmente publicado no portal Archer Consulting. Comentário semanal de 22/08/16 à 26/08/16.
Arnaldo Luiz Corrêa - diretor da Archer Consulting