Após incêndio, Copersucar conclui plano de reconstrução neste mês
08/01/2014
Açúcar
POR: A Tribuna Online
O Terminal Açucareiro Coperucar (TAC) pretende concluir, ainda neste mês, os planos para a retomada de suas operações no Porto de Santos. As intervenções são necessárias por conta do incêndio que destruiu parte de suas instalações em 18 de outubro passado. A estimativa da empresa é retomar suas condições operacionais a partir de fevereiro do ano que vem.
Segundo a Copersucar, 180 mil toneladas da commodity em estado bruto foram atingidas pelas chamas. Mas os embarques de açúcar branco não foram afetados. O produto ensacado é operado no Terminal de Estufagem de Contêineres (TEC), na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto.
A empresa está entre as maiores exportadoras de açúcar do Brasil. Suas instalações no cais santista tinham capacidade para estocar 320 mil toneladas da carga. Elas englobam seis armazéns - dois internos, o 20 e o 21, e quatro externos (que ficam na retroárea do complexo), o VI, o XI, o XVI e o XXI.
Antes do incêndio, o TAC respondia por 25% dos embarques da commodity realizados no complexo marítimo e, levando em conta a participação santista no mercado internacional, 7,5% das exportações mundiais do produto. Os danos causados pelas chamas não se limitaram aos limites do cais santista, abalando o setor sucroalcooleiro.
De acordo com a Copersucar, as ações emergenciais começaram a ser tomadas logo após o acidente e as obras de reconstrução já foram iniciadas. Mesmo com a redução na capacidade de armazenagem e embarque do terminal, os planos para a exportação da atual safra não serão afetados. Cerca de 7 milhões de toneladas serão escoadas pela empresa.
Entre novembro do ano passado e março deste ano, a empresa embarcará 3,2 milhões de toneladas de açúcar, sendo cerca de 700 mil toneladas em seu próprio terminal.
Os volumes restantes estão sendo embarcados por outros terminais, como o da Rumo Logística, que confirmou a parceria com a Copersucar. Outra parte das cargas de açúcar está sendo transportada até o Porto de Paranaguá (PR). Para a próxima safra, a previsão é de 4 milhões de toneladas embarcadas no TAC, após a conclusão das intervenções. O plano de reconstrução será implantado em fases. A partir deste mês, com as obras emergenciais, o TAC poderá manter o ritmo de 250 mil toneladas por mês.
Já em maio próximo, a Copersucar espera ampliar a capacidade anual de transporte para 330 mil toneladas por mês (ou 4 milhões de toneladas por ano). Já em fevereiro do ano que vem, o plano é alcançar as 10 milhões de toneladas de açúcar embarcadas anualmente.
Intervenções
Os projetos da Copersucar previstos para serem concluídos neste mês incluem a reativação da moega do Armazém XXI, o que vai permitir o recebimento de carga ferroviária. O mesmo armazém será coberto provisoriamente para que seja preservada a sua capacidade de armazenagem.
As fases seguintes englobam a recapacitação das demais moegas e a reconstrução definitiva dos armazéns. Com isso, o TAC terá um crescimento gradual de suas capacidades de recepção e armazenagem, até a recuperação definitiva das instalações, em fevereiro do ano que vem.