O ano de 2015 foi o do etanol. O consumo de janeiro a novembro atingiu 26,1 bilhões de litros, 21% mais do que em igual período anterior.
O consumo foi puxado basicamente pelo etanol hidratado (o que vai diretamente no tanque, sem ser misturado à gasolina). Foram 16,3 bilhões de litros desse tipo de combustível, 40% mais do que o de janeiro a novembro de 2014.
Em novembro, no entanto, com a chegada da entressafra e uma recuperação dos preços do produto, a alta do consumo já tem ritmo menor. O consumo de hidratado supera em 21% o de igual período de 2014.
A oferta maior de álcool ocorreu porque 59% da cana moída na região centro-sul nesta safra 2015/16 foi destinada para a produção do combustível. Na safra 2014/15, o percentual havia sido de 56,7%.
E este ano também poderá ser um período de aumento de consumo, mas não de maneira tão intensa com foi em 2015.
A consultoria Datagro, especializada no setor sucroenergético, estima que a produção total de etanol da região centro-sul poderá chegar a 28,6 bilhões de litros em 2016/17. As previsões para a safra 2015/16, que se encerra em março, indicam 27,8 bilhões.
Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a produção total de etanol do país deverá ser de 29,8 bilhões de litros em 2015/16.
A moagem de cana-de-açúcar deve ficar entre 610 milhões e 630 milhões de toneladas na região centro-sul na próxima safra. Já a produção de açúcar subiria para até 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões na safra que se encerra.
Plinio Nastari, da Datagro, acredita que a safra 2016/17 será melhor porque, devido ao clima, de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana serão deixados para 2016/17.
As chuvas que ocorreram nesta safra permitiram um melhor desenvolvimento fisiológico docanavial. Além disso, há a perspectiva de um melhor aproveitamento do tempo na safra 2016/17.
Nesta safra que se encerra, os dias de trabalho parados nas usinas somaram 50 até o final de dezembro.
As usinas ainda devem moer 14 milhões de toneladas até o final de março, segundo Nastari.
Um dos pontos favoráveis para o açúcar será a ocorrência do primeiro deficit mundial de produção, em relação ao consumo.
A safra 2015/16, que vai de outubro a setembro, terá um deficit de 3,87 milhões de toneladas de açúcar. Esta será a primeira vez que o consumo mundial supera a produção desde 2010. Naquele ano, a produção ficou 1,66 milhão de toneladas abaixo do consumo.
*Texto publicado na coluna Vaivém das Commodities.
Mauro Zafalon
O ano de 2015 foi o do etanol. O consumo de janeiro a novembro atingiu 26,1 bilhões de litros, 21% mais do que em igual período anterior.
O consumo foi puxado basicamente pelo etanol hidratado (o que vai diretamente no tanque, sem ser misturado à gasolina). Foram 16,3 bilhões de litros desse tipo de combustível, 40% mais do que o de janeiro a novembro de 2014.
Em novembro, no entanto, com a chegada da entressafra e uma recuperação dos preços do produto, a alta do consumo já tem ritmo menor. O consumo de hidratado supera em 21% o de igual período de 2014.
A oferta maior de álcool ocorreu porque 59% da cana moída na região centro-sul nesta safra 2015/16 foi destinada para a produção do combustível. Na safra 2014/15, o percentual havia sido de 56,7%.
E este ano também poderá ser um período de aumento de consumo, mas não de maneira tão intensa com foi em 2015.
A consultoria Datagro, especializada no setor sucroenergético, estima que a produção total de etanol da região centro-sul poderá chegar a 28,6 bilhões de litros em 2016/17. As previsões para a safra 2015/16, que se encerra em março, indicam 27,8 bilhões.
Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a produção total de etanol do país deverá ser de 29,8 bilhões de litros em 2015/16.
A moagem de cana-de-açúcar deve ficar entre 610 milhões e 630 milhões de toneladas na região centro-sul na próxima safra. Já a produção de açúcar subiria para até 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões na safra que se encerra.
Plinio Nastari, da Datagro, acredita que a safra 2016/17 será melhor porque, devido ao clima, de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana serão deixados para 2016/17.
As chuvas que ocorreram nesta safra permitiram um melhor desenvolvimento fisiológico docanavial. Além disso, há a perspectiva de um melhor aproveitamento do tempo na safra 2016/17.
Nesta safra que se encerra, os dias de trabalho parados nas usinas somaram 50 até o final de dezembro.
As usinas ainda devem moer 14 milhões de toneladas até o final de março, segundo Nastari.
Um dos pontos favoráveis para o açúcar será a ocorrência do primeiro deficit mundial de produção, em relação ao consumo.
A safra 2015/16, que vai de outubro a setembro, terá um deficit de 3,87 milhões de toneladas de açúcar. Esta será a primeira vez que o consumo mundial supera a produção desde 2010. Naquele ano, a produção ficou 1,66 milhão de toneladas abaixo do consumo.
*Texto publicado na coluna Vaivém das Commodities.
Mauro Zafalon