Área de cana se valorizou menos no ano
28/01/2014
Cana-de-Açúcar
POR: Fabiana Batista | Valor Econômico
O Oeste da Bahia e as áreas de cana-de-açúcar de São Paulo ficaram entre as regiões agrícolas com um dos menores níveis de valorização da terra em 2013 na comparação com 2012. Os preços do açúcar em baixa e a crise do setor sucroalcooleiro contribuíram para que o hectare com cana-de-açúcar (de alta produtividade) em Piracicaba subisse 2%, para R$ 42 mil entre janeiro e outubro de 2013, dado mais recente disponibilizado pela Informa Economics FNP. Em 2012, o percentual de valorização na comparação com 2011 foi de 11%.
O Oeste da Bahia, há duas safras com problemas climáticos, também registrou alta aquém da vista em anos anteriores. No acumulado de 2013, o hectare nessa região (com 1.500 mm anuais de chuvas) valia R$ 15,5 mil, 11% de valorização em relação ao ano anterior. Em 2012, os preços médios da terra nessa localidade haviam subido 27% na comparação com 2011, segundo a Informa Economics FNP.
Nas regiões agrícolas tradicionais de Mato Grosso, como Sinop, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso, a terra também se valorizou menos, mas ainda a taxas elevadas. Entre janeiro e outubro de 2013, o hectare nessa região atingiu R$ 16,5 mil, 27% acima do registrado no ano anterior. Em 2012, a valorização da terra nessas localidades havia sido de 30% em relação a 2011.
Em outras regiões, como no Piauí, a guinada dos preços também não foi tão intensa em 2013, como nos anos anteriores. O diretor técnico da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, acredita que a questão logística, ainda deficitária nessas localidades, limita novas altas. Na região de Uruçuí, o hectare de alta produtividade, valorizou-se 24% no acumulado de 2013 em relação ao ano anterior. Em 2012, esse percentual havia sido de 46% na comparação com 2011, quando o hectare valia R$ 5,2 mil.
Na média do país, o preço do hectare subiu 16% entre janeiro e outubro de 2013. Nos 12 meses de 2012, os preços médios aumentaram 20% na comparação com o ano anterior.