O atual cenário, desafios e reações do mercado global de açúcar diante de um período de deficit, depois de anos de excedente, e quais as estratégias dos grandes produtores de açúcar para continuar a atender à demanda, diante de um consumo mundial crescente, foram os principais temas debatidos durante o “Seminário Internacional do Açúcar 2016 - O Mercado Global de Açúcar está em Momento de Virada” realizado no dia 7 de novembro, na Capital paulista. Promovido pela LMC Internacional e Canaplan, com apoio da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), o evento contou com a participação de representantes das maiores empresas dos cinco líderes na produção mundial da commodity (Brasil, China, Índia, Tailândia e União Europeia), por especialistas e consultores de várias partes do mundo.
“Ficou claro nas apresentações que já foi iniciado um novo ciclo positivo de investimento em aumento da eficiência e da produtividade dos canaviais no Brasil. A esperada virada já começou e a confiança é realidade no segmento”, afirmou Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio), diretor da Canaplan, ressaltando que o debate mostrou que o consumo mundial de açúcar está elevado e deverá continuar assim. “Temos anualmente uma demanda adicional acima de três milhões de toneladas. É óbvio que, se o Brasil não conseguir aumentar sua produção perderá share de mercado para outros produtores.
Se fizer um esforço, poderá ter uma atuação mais agressiva. E isso vai depender muito da arbitragem de preços entre os mercados abertos, que é o caso do açúcar, e do mercado de etanol, que depende tanto de políticas públicas. Essas questões ainda geram muitas dúvidas", comentou.
Na ocasião, Carvalho apresentou um panorama sobre o setor, destacando as necessidades que devem ser atendidas para que o país continue tendo papel decisivo no atendimento da demanda. “O Brasil está no limite, foram cinco anos de estagnação da oferta de ATRs e, para mudar isso, será necessário produzir mais que os atuais 10,5 tons de ATRs por hectare colhido. Isso não ocorrerá em 2017/18 ou 2018/19”, afirmou, destacando que o uso de tecnologia, baixo déficit hídrico, variedades, entre outros, poderão contribuir neste sentido. “O retorno do replantio (mais de 18% por ano) aumentará a participação do 1º corte e reduzirá a idade média dos canaviais, aumentando a produtividade”, disse.
“É importante destacar que apesar do número de usinas fechadas, o canavial continua o mesmo, ou seja, as empresas que conseguiram se manter, se tornaram mais competitivas e estão aptas a crescer para atender a esta demanda, dependendo é obvio de uma política de médio e longo prazo”, ressaltou Pedro Mizutani, presidente do Conselho da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) ao afirmar que a metas estabelecidas na COP 21 podem ser uma oportunidade para o crescimento do açúcar e etanol no Brasil.
Setor açucareiro na União Europeia
A produção de açúcar de beterraba na União Europeia, em 2017, e suas implicações para a exportações foram debatidas pelo diretor gerente da LMC Internacional, Martin Todd e pelo presidente da National Farmers Union, Willian Martin, em painel que evidenciou a expressiva recuperação apresentada pelo setor açucareiro na União Europeia.
Segundo Todd, a abolição das cotas de produção de beterraba e o fim do regime de preços fixados, ambos previstos para outubro de 2017, na EU, chegam em bom momento para os produtores de açúcar de beterraba devido aos altos preços mundiais da commodity. "Isto vai apoiar a produção nos próximos anos", afirmou, destacando que devido a estes fatos, o segmento, que vem conseguindo ganhos de eficiência e produtividade nos últimos anos passará por novas transformações em 2017. O debate ainda mostrou que há a expectativa de corte nos subsídios aos produtores do Norte da Europa. Em contrapartida, países como França, Alemanha e também a Polônia têm com
A conjuntura do setor na China
Gareth Forber, diretor e pesquisador de açúcar da LMC Internacional, e Maurício Nabuco Sacramento, diretor Trading Brasil, da COFCO, a maior empresa agrícola da China e dona de quatro usinas no Brasil, foram os debatedores do segundo painel do evento, que tratou do mercado chinês e destacou o peso do país, o maior importador de açúcar do mundo, com estimativa de chegar a 15,4 milhões de toneladas em 2017.
Para Forber, a China deverá ser o mais importante indicador do mercado nos próximos meses, já que existe uma incerteza sobre qual deverá ser o comportamento do Governo chinês em relação ao real volume dos seus estoques, que gira em torno de 6 milhões de toneladas. Com previsão de produzir 9,2 milhões de toneladas de açúcar, em 16/17, o país precisará resolver um déficit estimado em 6,2 mmt para a safra atual (16/17).
“Esse gap se resolve com importações e liberação de estoques, o que vem ocorrendo nos últimos três anos, sendo que nesta safra já foi liberado meio milhão de tonelada do estoque”, explicou o diretor da COFCO. Segundo ele, é possível ver lançamentos adicionais ao longo do próximo ano, pois existe uma diferença significativa entre produção e consumo, aliada aos altos preços domésticos e internacionais. A última vez que ocorreu a liberação da reserva do Estado foi em janeiro 2013, lembrou o executivo.
Outras dúvidas pairam também sobre as reações chinesas, principalmente em relação aos problemas salariais e de mão de obra enfrentados no país, pois há um contínuo processo de deslocamento populacional do campo para as cidades, fatores que tendem a aumentar os custos de produção.
Mercado indiano
“O déficit hídrico foi um grande problema enfrentado na safra passada, na Índia, e, neste momento, a produção de açúcar deve aumentar mais do que a área de plantação devido a maior disponibilidade de água”, afirmou Ram Tyagarajan, presidente da Thiesen Arooran Sugars, uma das maiores produtoras da Índia, em momento que debateu o limite da capacidade de produção no país. As incertezas climáticas foram também destacadas por Forber, que moderou o painel. “O ciclo de chuva foi favorável nas principais regiões produtoras, neste ano, mas mesmo assim pairam dúvidas quanto ao potencial da próxima safra”, disse.
Tyagarajan comentou também que, apesar do produtor de açúcar indiano ter uma rentabilidade que chega a ser 155% maior na comparação, por exemplo, com o algodão em alguns estados do país, a produção de açúcar enfrenta problemas semelhantes aos do Brasil, com interferência excessiva dos governos na política de preços e dificuldades em relação a financiamentos para a ampliação e modernização das usinas.
Desenvolvimento do segmento na Tailândia
O mercado do açúcar na Tailândia fez parte da explanação de Martin
Todd e Amporn Kanjanakumnerd, diretora de operações da Mitr Phol Sugar, no quarto painel do seminário. A Mitr Phillips Sugar é uma das maiores produtoras e exportadores de açúcar locais, com mais de 60 anos, sendo líder no desenvolvimento da indústria açucareira da Tailândia, tendo seis usinas com capacidade total de produção de 20 milhões de toneladas e cana. Ao fazer um apanhado sobre o setor tailandês, Todd explicou que, em função da política de estímulo, ocorreu uma onda de novas usinas no país.
“Atualmente a Tailândia está numa posição invejável por se localizar próximo dos grandes consumidores da Ásia e também por ser um dos poucos países com capacidade de expansão de sua produção", disse.
Já Amporn reforçou a necessidade de modernizar o parque produtor, visto que a mecanização corresponde só por 10% da atividade canavieira, na Tailândia. "No caso da colheita, somente 20% é feita com máquinas e nosso índice de queimada ainda atinge 65% da produção. Temos como meta reduzir as queimadas em 25% até 2020 e a abolir até 2021", contou
Retomada dos investimentos
O potencial para a retomada dos investimentos em melhoria na eficiência e na produtividade do setor foi tema de debate entre executivos de empresas que atuam no segmento canavieiro. Participaram das discussões Luiz de Mendonça, presidente da Odebrecht Agroindustrial; Luis Henrique Guimarães, presidente da Raízen; Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho
Administrativo da Copersucar; Fernando Antonio Barros Capra, CEO do Grupo Clealco; Geovane Consul, Diretor de Operações de Agronegócio da Bunge e Marcelo Andrade, presidente da Global Sugar da COFCO Agri, e Mizutani, da UNICA. Coordenado por Caio Carvalho, o painel mostrou que o setor vem fazendo sua lição de casa, com destaques para os avanços alcançados pelo segmento, mesmo no período de crise, como a possibilidade de se colher 700 toneladas de cana por dia com uma única máquina em determinadas regiões, a perspectiva concreta do etanol de segunda geração e do plástico verde, as pesquisas que vão na direção da semente de cana ou da cana geneticamente modificada para evitar pragas, aperfeiçoamentos que deverão alavancar os índices de produtividade nos próximos cinco anos, auxiliando na competitividade do açúcar brasileiro no cenário internacional.
Porém, para que essas novas conquistas sejam consolidadas e outras alcançadas, é necessário ter uma política clara de preços de combustíveis que não fique abaixo da paridade do mercado internacional; é preciso ter um debate transparente sobre os incentivos em relação ao etanol na questão do crédito de carbono decorrente do uso do combustível menos prejudicial ao ambiente e à saúde do homem; haver uma efetiva discussão sobre ganhos de produtividade; entender que os subsídios são mecanismos temporários e que a longo tempo não se sustentam, além da criação de regras claras em relação ao setor elétrico.
Ao encerrar o seminário, o diretor-gerente da LMC International afirmou que, embora o Brasil tenha perdido a produtividade na última década, dando oportunidade a outros países de aumentar a sua expansão, enquanto o seu desenvolvimento tenha se estagnado, a tendência é que as coisas melhorem. “Acredito que o Brasil conseguirá atender à demanda crescente e produzirá o volume de açúcar que o mundo necessita”, concluiu.
O atual cenário, desafios e reações do mercado global de açúcar diante de um período de deficit, depois de anos de excedente, e quais as estratégias dos grandes produtores de açúcar para continuar a atender à demanda, diante de um consumo mundial crescente, foram os principais temas debatidos durante o “Seminário Internacional do Açúcar 2016 - O Mercado Global de Açúcar está em Momento de Virada” realizado no dia 7 de novembro, na Capital paulista. Promovido pela LMC Internacional e Canaplan, com apoio da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), o evento contou com a participação de representantes das maiores empresas dos cinco líderes na produção mundial da commodity (Brasil, China, Índia, Tailândia e União Europeia), por especialistas e consultores de várias partes do mundo.
“Ficou claro nas apresentações que já foi iniciado um novo ciclo positivo de investimento em aumento da eficiência e da produtividade dos canaviais no Brasil. A esperada virada já começou e a confiança é realidade no segmento”, afirmou Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio), diretor da Canaplan, ressaltando que o debate mostrou que o consumo mundial de açúcar está elevado e deverá continuar assim. “Temos anualmente uma demanda adicional acima de três milhões de toneladas. É óbvio que, se o Brasil não conseguir aumentar sua produção perderá share de mercado para outros produtores.
Se fizer um esforço, poderá ter uma atuação mais agressiva. E isso vai depender muito da arbitragem de preços entre os mercados abertos, que é o caso do açúcar, e do mercado de etanol, que depende tanto de políticas públicas. Essas questões ainda geram muitas dúvidas", comentou.
Na ocasião, Carvalho apresentou um panorama sobre o setor, destacando as necessidades que devem ser atendidas para que o país continue tendo papel decisivo no atendimento da demanda. “O Brasil está no limite, foram cinco anos de estagnação da oferta de ATRs e, para mudar isso, será necessário produzir mais que os atuais 10,5 tons de ATRs por hectare colhido. Isso não ocorrerá em 2017/18 ou 2018/19”, afirmou, destacando que o uso de tecnologia, baixo déficit hídrico, variedades, entre outros, poderão contribuir neste sentido. “O retorno do replantio (mais de 18% por ano) aumentará a participação do 1º corte e reduzirá a idade média dos canaviais, aumentando a produtividade”, disse.
“É importante destacar que apesar do número de usinas fechadas, o canavial continua o mesmo, ou seja, as empresas que conseguiram se manter, se tornaram mais competitivas e estão aptas a crescer para atender a esta demanda, dependendo é obvio de uma política de médio e longo prazo”, ressaltou Pedro Mizutani, presidente do Conselho da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) ao afirmar que a metas estabelecidas na COP 21 podem ser uma oportunidade para o crescimento do açúcar e etanol no Brasil.
Setor açucareiro na União Europeia
A produção de açúcar de beterraba na União Europeia, em 2017, e suas implicações para a exportações foram debatidas pelo diretor gerente da LMC Internacional, Martin Todd e pelo presidente da National Farmers Union, Willian Martin, em painel que evidenciou a expressiva recuperação apresentada pelo setor açucareiro na União Europeia.
Segundo Todd, a abolição das cotas de produção de beterraba e o fim do regime de preços fixados, ambos previstos para outubro de 2017, na EU, chegam em bom momento para os produtores de açúcar de beterraba devido aos altos preços mundiais da commodity. "Isto vai apoiar a produção nos próximos anos", afirmou, destacando que devido a estes fatos, o segmento, que vem conseguindo ganhos de eficiência e produtividade nos últimos anos passará por novas transformações em 2017. O debate ainda mostrou que há a expectativa de corte nos subsídios aos produtores do Norte da Europa. Em contrapartida, países como França, Alemanha e também a Polônia têm condições de aumentar suas produções. A equação no caso europeu é conciliar os interesses dos produtores de beterraba – 46% deles vinculados a cooperativas com o dos processadores de açúcar.
A conjuntura do setor na China
Gareth Forber, diretor e pesquisador de açúcar da LMC Internacional, e Maurício Nabuco Sacramento, diretor Trading Brasil, da COFCO, a maior empresa agrícola da China e dona de quatro usinas no Brasil, foram os debatedores do segundo painel do evento, que tratou do mercado chinês e destacou o peso do país, o maior importador de açúcar do mundo, com estimativa de chegar a 15,4 milhões de toneladas em 2017.
Para Forber, a China deverá ser o mais importante indicador do mercado nos próximos meses, já que existe uma incerteza sobre qual deverá ser o comportamento do Governo chinês em relação ao real volume dos seus estoques, que gira em torno de 6 milhões de toneladas. Com previsão de produzir 9,2 milhões de toneladas de açúcar, em 16/17, o país precisará resolver um déficit estimado em 6,2 mmt para a safra atual (16/17).
“Esse gap se resolve com importações e liberação de estoques, o que vem ocorrendo nos últimos três anos, sendo que nesta safra já foi liberado meio milhão de tonelada do estoque”, explicou o diretor da COFCO. Segundo ele, é possível ver lançamentos adicionais ao longo do próximo ano, pois existe uma diferença significativa entre produção e consumo, aliada aos altos preços domésticos e internacionais. A última vez que ocorreu a liberação da reserva do Estado foi em janeiro 2013, lembrou o executivo.
Outras dúvidas pairam também sobre as reações chinesas, principalmente em relação aos problemas salariais e de mão de obra enfrentados no país, pois há um contínuo processo de deslocamento populacional do campo para as cidades, fatores que tendem a aumentar os custos de produção.
Mercado indiano
“O déficit hídrico foi um grande problema enfrentado na safra passada, na Índia, e, neste momento, a produção de açúcar deve aumentar mais do que a área de plantação devido a maior disponibilidade de água”, afirmou Ram Tyagarajan, presidente da Thiesen Arooran Sugars, uma das maiores produtoras da Índia, em momento que debateu o limite da capacidade de produção no país. As incertezas climáticas foram também destacadas por Forber, que moderou o painel. “O ciclo de chuva foi favorável nas principais regiões produtoras, neste ano, mas mesmo assim pairam dúvidas quanto ao potencial da próxima safra”, disse.
Tyagarajan comentou também que, apesar do produtor de açúcar indiano ter uma rentabilidade que chega a ser 155% maior na comparação, por exemplo, com o algodão em alguns estados do país, a produção de açúcar enfrenta problemas semelhantes aos do Brasil, com interferência excessiva dos governos na política de preços e dificuldades em relação a financiamentos para a ampliação e modernização das usinas.
Desenvolvimento do segmento na Tailândia
O mercado do açúcar na Tailândia fez parte da explanação de Martin Todd e Amporn Kanjanakumnerd, diretora de operações da Mitr Phol Sugar, no quarto painel do seminário. A Mitr Phillips Sugar é uma das maiores produtoras e exportadores de açúcar locais, com mais de 60 anos, sendo líder no desenvolvimento da indústria açucareira da Tailândia, tendo seis usinas com capacidade total de produção de 20 milhões de toneladas e cana. Ao fazer um apanhado sobre o setor tailandês, Todd explicou que, em função da política de estímulo, ocorreu uma onda de novas usinas no país.
“Atualmente a Tailândia está numa posição invejável por se localizar próximo dos grandes consumidores da Ásia e também por ser um dos poucos países com capacidade de expansão de sua produção", disse.
Já Amporn reforçou a necessidade de modernizar o parque produtor, visto que a mecanização corresponde só por 10% da atividade canavieira, na Tailândia. "No caso da colheita, somente 20% é feita com máquinas e nosso índice de queimada ainda atinge 65% da produção. Temos como meta reduzir as queimadas em 25% até 2020 e a abolir até 2021", contou.
Retomada dos investimentos
O potencial para a retomada dos investimentos em melhoria na eficiência e na produtividade do setor foi tema de debate entre executivos de empresas que atuam no segmento canavieiro. Participaram das discussões Luiz de Mendonça, presidente da Odebrecht Agroindustrial; Luis Henrique Guimarães, presidente da Raízen; Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho Administrativo da Copersucar; Fernando Antonio Barros Capra, CEO do Grupo Clealco; Geovane Consul, Diretor de Operações de Agronegócio da Bunge e Marcelo Andrade, presidente da Global Sugar da COFCO Agri, e Mizutani, da UNICA.
Coordenado por Caio Carvalho, o painel mostrou que o setor vem fazendo sua lição de casa, com destaques para os avanços alcançados pelo segmento, mesmo no período de crise, como a possibilidade de se colher 700 toneladas de cana por dia com uma única máquina em determinadas regiões, a perspectiva concreta do etanol de segunda geração e do plástico verde, as pesquisas que vão na direção da semente de cana ou da cana geneticamente modificada para evitar pragas, aperfeiçoamentos que deverão alavancar os índices de produtividade nos próximos cinco anos, auxiliando na competitividade do açúcar brasileiro no cenário internacional.
Porém, para que essas novas conquistas sejam consolidadas e outras alcançadas, é necessário ter uma política clara de preços de combustíveis que não fique abaixo da paridade do mercado internacional; é preciso ter um debate transparente sobre os incentivos em relação ao etanol na questão do crédito de carbono decorrente do uso do combustível menos prejudicial ao ambiente e à saúde do homem; haver uma efetiva discussão sobre ganhos de produtividade; entender que os subsídios são mecanismos temporários e que a longo tempo não se sustentam, além da criação de regras claras em relação ao setor elétrico.
Ao encerrar o seminário, o diretor-gerente da LMC International afirmou que, embora o Brasil tenha perdido a produtividade na última década, dando oportunidade a outros países de aumentar a sua expansão, enquanto o seu desenvolvimento tenha se estagnado, a tendência é que as coisas melhorem. “Acredito que o Brasil conseguirá atender à demanda crescente e produzirá o volume de açúcar que o mundo necessita”, concluiu.