Pesquisa desenvolvida na ESALQ/USP quantificou o carbono liberado na logística do etanol dentro do estado de São Paulo, que foi comparado com o volume de carbono que fica alocado na estrutura da cana-de-açúcar. O resultado foi positivamente surpreendente, uma vez que, com a utilização massiva da colheita mecanizada (admitindo-se portanto a não realização da queima), os canaviais paulistas seriam capazes de absorver uma quantidade superior de carbono àquela advinda da logística de distribuição do produto.
A produção de cana-de-açúcar, voltada ao etanol, consiste em um projeto bastante difundido no Brasil. Com início na década de 70, o combustível renovável foi capaz de proteger o país de crises no preço do petróleo, que impactavam diretamente o custo de vida da população.
Atualmente, para possibilitar uma oferta mais abrangente de etanol, foi preciso, por parte dos produtores e distribuidores, adotar-se uma logística eficiente e que possibilitasse a chegada de tal produto aos principais centros consumidores, com um preço competitivo.
Contudo, como os volumes comercializados tendem a ser distribuídos, majoritariamente, no mercado interno, surge a necessidade de se levar esse produto até os mais diversos municípios brasileiros. Para isso, é importante que se opte por uma modalidade de transporte cuja flexibilidade seja elevada, pois os volumes – assim como origens e destinos – podem ser variáveis. Por conta disso, a rodovia representa hoje a principal alternativa utilizada por esse segmento de distribuição.
O grande gargalo presente na utilização da rodovia é a sua dependência para com combustíveis fósseis, uma vez que os caminhões normalmente são movidos a óleo diesel – combustível fóssil com ampla emissão de dióxido de carbono. Esse fator contribui não tão somente para o encarecimento do transporte – uma vez que o óleo diesel é um derivado de petróleo – mas também para o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera ao longo desse processo.
Nesse sentido, monografia desenvolvida em 2014 pela aluna Beatriz de Andrade Baltieri, do curso de Ciências Econômicas da ESALQ/USP, objetivou quantificar o carbono liberado na logística do etanol dentro do estado de São Paulo. O método utilizado foi o mesmo do “Inventário de Emissões do Estado de São Paulo), também sugerido pelo Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC).
Observou-se que cerca de 85% da colheita no estado de São Paulo não envolve queima. Calculou-se então o volume de carbono que fica alocado na estrutura da cana-de-açúcar, que foi comparado com o volume de gases emitido pelos processos de logística. O resultado foi positivamente surpreendente, uma vez que, com a utilização massiva da colheita mecanizada, os canaviais paulistas seriam capazes de absorver uma quantidade superior de carbono àquela advinda da logística de distribuição do produt0
Pesquisa desenvolvida na ESALQ/USP quantificou o carbono liberado na logística do etanol dentro do estado de São Paulo, que foi comparado com o volume de carbono que fica alocado na estrutura da cana-de-açúcar. O resultado foi positivamente surpreendente, uma vez que, com a utilização massiva da colheita mecanizada (admitindo-se portanto a não realização da queima), os canaviais paulistas seriam capazes de absorver uma quantidade superior de carbono àquela advinda da logística de distribuição do produto.
A produção de cana-de-açúcar, voltada ao etanol, consiste em um projeto bastante difundido no Brasil. Com início na década de 70, o combustível renovável foi capaz de proteger o país de crises no preço do petróleo, que impactavam diretamente o custo de vida da população.
Atualmente, para possibilitar uma oferta mais abrangente de etanol, foi preciso, por parte dos produtores e distribuidores, adotar-se uma logística eficiente e que possibilitasse a chegada de tal produto aos principais centros consumidores, com um preço competitivo.
Contudo, como os volumes comercializados tendem a ser distribuídos, majoritariamente, no mercado interno, surge a necessidade de se levar esse produto até os mais diversos municípios brasileiros. Para isso, é importante que se opte por uma modalidade de transporte cuja flexibilidade seja elevada, pois os volumes – assim como origens e destinos – podem ser variáveis. Por conta disso, a rodovia representa hoje a principal alternativa utilizada por esse segmento de distribuição.
O grande gargalo presente na utilização da rodovia é a sua dependência para com combustíveis fósseis, uma vez que os caminhões normalmente são movidos a óleo diesel – combustível fóssil com ampla emissão de dióxido de carbono. Esse fator contribui não tão somente para o encarecimento do transporte – uma vez que o óleo diesel é um derivado de petróleo – mas também para o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera ao longo desse processo.
Nesse sentido, monografia desenvolvida em 2014 pela aluna Beatriz de Andrade Baltieri, do curso de Ciências Econômicas da ESALQ/USP, objetivou quantificar o carbono liberado na logística do etanol dentro do estado de São Paulo. O método utilizado foi o mesmo do “Inventário de Emissões do Estado de São Paulo), também sugerido pelo Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC).
Observou-se que cerca de 85% da colheita no estado de São Paulo não envolve queima. Calculou-se então o volume de carbono que fica alocado na estrutura da cana-de-açúcar, que foi comparado com o volume de gases emitido pelos processos de logística. O resultado foi positivamente surpreendente, uma vez que, com a utilização massiva da colheita mecanizada, os canaviais paulistas seriam capazes de absorver uma quantidade superior de carbono àquela advinda da logística de distribuição do produto.