Um dos objetivos do encontro, que será em novembro e terá cinco palestras, é começar uma análise sobre a viabilidade de incluir o bagaço e a palha no Sistema Consecana.
Estendendo as comemorações pelos seus 70 anos de existência, completados no dia 22 de julho, a Canaoeste realiza em seu auditório em Sertãozinho-SP, no próximo dia 26 de novembro, com apoio da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul), o seminário “Perspectiva Econômica da Biomassa (Palhada e Bagaço de Cana-de-Açúcar)”. A programação prevê cinco palestras, com abertura do presidente das duas entidades, Manoel Ortolan. As inscrições são gratuitas e as vagas, direcionadas a produtores que integram as associações-membros da Orplana, limitadas.
De acordo com o gestor de Relacionamentos, Recursos e Projetos da Canaoeste, Almir Torcato, o objetivo é começar uma discussão sobre a viabilidade de inclusão, no Sistema Consecana, da remuneração do agricultor pela biomassa. “O encontro será um seminário analítico sobre novas alternativas de renda pelo potencial que temos, não só da biomassa oriunda da palha e do bagaço, mas também do cavaco de madeira, entre outros. O evento trará uma análise criteriosa de riscos e perspectivas para a tomada de decisões, se vale a pena ou não entrar no negócio, e para a visualização de alternativas. Discutir, por exemplo, o valor do bagaço e o que vem sendo estudado no que se refere à remuneração pelo seu excedente”, informa Torcato.
Ainda segundo o gestor, o encontro servirá para mostrar que as entidades representativas do segmento estão atentas à questão. “A Orplana e a Canaoeste estão propondo a revisão no Consecana. Mas isso não é um processo simples. Envolve questões políticas e econômicas. Se queremos, lá na frente, garantir a participação nesse assunto, precisamos começar a discutir já, deixando claro ao fornecedor de cana que não estamos parados no tempo. Outro ponto é que este é um tema ainda muito mistificado. Por isso, é importante abordá-lo”.
O evento ocupará um dia todo, das 8h às 17h. Após a abertura feita por Ortolan, o primeiro palestrante será Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) em Ribeirão Preto. Ele irá falar sobre os “Ônus e Bônus da Palha”. Na sequência, será a vez de Luiz Carlos Dalben, agrônomo e consultor da Agrícola Rio Claro, com “Detalhamento, custos e receitas sobre a operação de recolhimento da palha”. O professor da USP de Ribeirão Preto e sócio da Markestrat Consultoria, Marcos Fava Neves, fará a apresentação “Quanto vale o bagaço?”. Ele será seguido por Vinícius Casseli, consultor em equipamentos e máquinas para colheita florestal e processamento de biomassa, com “Mercado de biomassa: comercialização e transporte”, e Roberto Sachs, gerente departamento técnico da Assocap/Canacap (Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari-SP e Cooperativa dos Plantadores de Cana da Região de Capivari), com “Estudo da remuneração do bagaço de cana excedente”.
Segundo o presidente da Orplana e da Canaoeste, Manoel Ortolan, a questão da remuneração pela biomassa é atual e precisa ser analisada. Uma possível mudança no Sistema Consecana não deve, na visão dele, ser imediata, já que a discussão deverá se intensificar só a partir de 2016. No entanto, a hora é oportuna para que se comece a colocar o tema na pauta. “A biomassa já vem, há algum tempo, nos motivando nessa direção. Só estávamos esperando atingir um número de unidades industriais que fosse representativo para o setor, a partir do qual se reconhecesse que existe um bom mercado, uma boa definição, que pudesse ser remunerada. Como fizemos, por exemplo, com o álcool, que não existia no Consecana, mas entrou à medida que se tornou um mercado significativo. É o mesmo caminho da biomassa”.
Atualmente, cerca de 170 usinas cogeram energia elétrica a partir de resíduos da cana. “Existe um grande esforço para sair o retrofit (programa de financiamento para a renovação de caldeiras), o que daria oportunidade a outras tantas. Quem não está cogerando vende seu bagaço. E, mesmo quem cogera, vende o excedente. A partir disso, devemos fazer um trabalho para ver o que podemos reivindicar. Vejo o bagaço com bom espaço para entrar no Consecana, via geração ou comercialização, captando preço. Já a palha talvez seja um mercado de oportunidades. Se a usina está comprando, você recolhe e comercializa”, conclui Ortolan.
Informações sobre o seminário podem ser obtidas pelo telefone (16) 3946-3300, ramais 2090 e 2190.
Ano movimentado
A chegada aos 70 anos está sendo intensa para a associação, que aproveita a data para inaugurar uma nova fase. A exemplo do que está sendo feito na Orplana, que promove um trabalho de reestruturação conduzido pela Markestrat Consultoria, a Canaoeste entende que é o momento de mudar um pouco o perfil. Por meio do projeto “Caminhos da Cana”, o professor Marcos Fava Neves conversou com produtores que compõem a entidade, além de diretores e gestores. Em breve, irá apresentar um plano de ações, visando garantir uma aproximação ainda maior dos anseios de seus associados e aprimorar a representatividade política.
O início dessa nova etapa foi anunciado, oficialmente, em 22 de julho, dia do aniversário da Canaoeste, durante o Seminário de Mecanização realizado em parceria com a STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil). No evento, foram discutidas as mudanças provocadas com o fim das queimadas e do corte manual da cana e as medidas que estão sendo tomadas para permitir uma transição adequada às novas tecnologias de plantio e colheita.
Mais tarde, no XV Encontro Anual de Produtores, que fez parte da programação da 23ª edição da Fenasucro & Agrocana, Canaoeste e Orplana apresentaram casos de sucesso no enfrentamento da crise que atinge a cadeia sucroenergética e convocaram os produtores a abraçarem suas associações, para que o setor se fortaleça.
As sete décadas de trajetória da associação também foram lembradas com um vídeo comemorativo, em que pais e filhos agricultores refletem sobre os novos rumos da cultura da cana e os caminhos para preparar as lideranças para os próximos anos. Todas essas novidades estão sendo reforçadas em reportagens da TV Canaoeste e da Revista Canavieiros.
Estendendo as comemorações pelos seus 70 anos de existência, completados no dia 22 de julho, a Canaoeste realiza em seu auditório em Sertãozinho-SP, no próximo dia 26 de novembro, com apoio da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul), o seminário “Perspectiva Econômica da Biomassa (Palhada e Bagaço de Cana-de-Açúcar)”. A programação prevê cinco palestras, com abertura do presidente das duas entidades, Manoel Ortolan. As inscrições são gratuitas e as vagas, direcionadas a produtores que integram as associações-membros da Orplana, limitadas.
De acordo com o gestor de Relacionamentos, Recursos e Projetos da Canaoeste, Almir Torcato, o objetivo é começar uma discussão sobre a viabilidade de inclusão, no Sistema Consecana, da remuneração do agricultor pela biomassa. “O encontro será um seminário analítico sobre novas alternativas de renda pelo potencial que temos, não só da biomassa oriunda da palha e do bagaço, mas também do cavaco de madeira, entre outros. O evento trará uma análise criteriosa de riscos e perspectivas para a tomada de decisões, se vale a pena ou não entrar no negócio, e para a visualização de alternativas. Discutir, por exemplo, o valor do bagaço e o que vem sendo estudado no que se refere à remuneração pelo seu excedente”, informa Torcato.
Ainda segundo o gestor, o encontro servirá para mostrar que as entidades representativas do segmento estão atentas à questão. “A Orplana e a Canaoeste estão propondo a revisão no Consecana. Mas isso não é um processo simples. Envolve questões políticas e econômicas. Se queremos, lá na frente, garantir a participação nesse assunto, precisamos começar a discutir já, deixando claro ao fornecedor de cana que não estamos parados no tempo. Outro ponto é que este é um tema ainda muito mistificado. Por isso, é importante abordá-lo”.
O evento ocupará um dia todo, das 8h às 17h. Após a abertura feita por Ortolan, o primeiro palestrante será Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) em Ribeirão Preto. Ele irá falar sobre os “Ônus e Bônus da Palha”. Na sequência, será a vez de Luiz Carlos Dalben, agrônomo e consultor da Agrícola Rio Claro, com “Detalhamento, custos e receitas sobre a operação de recolhimento da palha”. O professor da USP de Ribeirão Preto e sócio da Markestrat Consultoria, Marcos Fava Neves, fará a apresentação “Quanto vale o bagaço?”. Ele será seguido por Vinícius Casseli, consultor em equipamentos e máquinas para colheita florestal e processamento de biomassa, com “Mercado de biomassa: comercialização e transporte”, e Roberto Sachs, gerente departamento técnico da Assocap/Canacap (Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari-SP e Cooperativa dos Plantadores de Cana da Região de Capivari), com “Estudo da remuneração do bagaço de cana excedente”.
Segundo o presidente da Orplana e da Canaoeste, Manoel Ortolan, a questão da remuneração pela biomassa é atual e precisa ser analisada. Uma possível mudança no Sistema Consecana não deve, na visão dele, ser imediata, já que a discussão deverá se intensificar só a partir de 2016. No entanto, a hora é oportuna para que se comece a colocar o tema na pauta. “A biomassa já vem, há algum tempo, nos motivando nessa direção. Só estávamos esperando atingir um número de unidades industriais que fosse representativo para o setor, a partir do qual se reconhecesse que existe um bom mercado, uma boa definição, que pudesse ser remunerada. Como fizemos, por exemplo, com o álcool, que não existia no Consecana, mas entrou à medida que se tornou um mercado significativo. É o mesmo caminho da biomassa”.
Atualmente, cerca de 170 usinas cogeram energia elétrica a partir de resíduos da cana. “Existe um grande esforço para sair o retrofit (programa de financiamento para a renovação de caldeiras), o que daria oportunidade a outras tantas. Quem não está cogerando vende seu bagaço. E, mesmo quem cogera, vende o excedente. A partir disso, devemos fazer um trabalho para ver o que podemos reivindicar. Vejo o bagaço com bom espaço para entrar no Consecana, via geração ou comercialização, captando preço. Já a palha talvez seja um mercado de oportunidades. Se a usina está comprando, você recolhe e comercializa”, conclui Ortolan.
Informações sobre o seminário podem ser obtidas pelo telefone (16) 3946-3300, ramais 2090 e 2190.
Ano movimentado
A chegada aos 70 anos está sendo intensa para a associação, que aproveita a data para inaugurar uma nova fase. A exemplo do que está sendo feito na Orplana, que promove um trabalho de reestruturação conduzido pela Markestrat Consultoria, a Canaoeste entende que é o momento de mudar um pouco o perfil. Por meio do projeto “Caminhos da Cana”, o professor Marcos Fava Neves conversou com produtores que compõem a entidade, além de diretores e gestores. Em breve, irá apresentar um plano de ações, visando garantir uma aproximação ainda maior dos anseios de seus associados e aprimorar a representatividade política.
O início dessa nova etapa foi anunciado, oficialmente, em 22 de julho, dia do aniversário da Canaoeste, durante o Seminário de Mecanização realizado em parceria com a STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil). No evento, foram discutidas as mudanças provocadas com o fim das queimadas e do corte manual da cana e as medidas que estão sendo tomadas para permitir uma transição adequada às novas tecnologias de plantio e colheita.
Mais tarde, no XV Encontro Anual de Produtores, que fez parte da programação da 23ª edição da Fenasucro & Agrocana, Canaoeste e Orplana apresentaram casos de sucesso no enfrentamento da crise que atinge a cadeia sucroenergética e convocaram os produtores a abraçarem suas associações, para que o setor se fortaleça.
As sete décadas de trajetória da associação também foram lembradas com um vídeo comemorativo, em que pais e filhos agricultores refletem sobre os novos rumos da cultura da cana e os caminhos para preparar as lideranças para os próximos anos. Todas essas novidades estão sendo reforçadas em reportagens da TV Canaoeste e da Revista Canavieiros.