Com palestrantes renomados e a parceria de empresas de destaques no mercado agrícola, o evento reuniu mais de 250 participantes
Com o objetivo de disseminar conhecimentos e fomentar novas tecnologias e cultivares, no dia 27 de fevereiro, a Canaoeste em parceria com a Copercana, reuniu no Cred Clube, em Sertãozinho, mais de 250 pessoas para participarem do Encontro Técnico sobre Variedades e Doenças da Cana-de-açúcar.
Dentre os presentes estavam, produtores rurais, cooperados, associados, agrônomos, centros de pesquisas, usinas, universidades, alunos e empresas parceiras como a Arysta, Basf, Bayer, Dow, Dupont, FMC, Ihara e Syngenta, que compartilharam informações com excelentes palestrantes.
Na abertura, o superintendente da Canaoeste e conselheiro da Copercana e Sicoob Cocred, Luiz Carlos Tasso Júnior, atentou a todos sobre a importância de trocar ideias e aprimorar conhecimentos com o intuito de se fortalecer e superar momentos de dificuldades. “Este é um evento de muita relevância, pois, a maioria das unidades industriais se faz presente. Por isso, é muito importante que todos aproveitem trocando informações, experiências, aproveitando as dicas e procurando assim, adquirir ainda mais conhecimentos para se fortalecerem num momento de dificuldade no setor. Precisamos buscar alternativas, e não ficar só esperando respostas do governo com os braços cruzados. Nós somos agricultores e como todos os agricultores, somos idealistas e não vamos nos entregar. Vamos superar todas as dificuldades, sejam elas comerciais, climáticas e as restrições de mercado”, falou com entusiasmo Tasso Junior.
O engenheiro agrônomo e consultor do IDEA, Dib Nunes, em sua apresentação, falou sobre: Variedades de Cana-de-açúcar sob a ótica do fornecedor. Durante um bate-papo com os participantes, Dib articulou como o produtor deve pensar a cana-de-açúcar hoje com a colheita mecanizada e como conseguir maior lucratividade em detrimento a inserção da mecanização. Ele ainda fez a comparação entre as diferenças de se entregar a unidade industrial uma cana limpa e rica versus uma cana com alto teor de impureza vegetal e pobre e mostrou que nem sempre levar peso, quer dizer resultar em dinheiro. “O fornecedor de cana hoje sofre com o problema de preço, mas podemos fazer a nossa parte cultivando bem as nossas áreas, trabalhando para conseguir colher a variedade no seu máximo e, principalmente, trabalhar na colheita mecanizada. Hoje, há uma falsa ilusão de que o fornecedor está ganhando dinheiro porque está entrando na usina a impureza vegetal como se fosse cana e está sendo remunerado por ela, mas está reduzindo o teor de sacarose. É preciso tomar muito cuidado e dar a cana condições para se desenvolver para que possamos tirar o máximo de sacarose dela”, disse Dib.
O diretor da ASAS - Assessoria, Planejamento e Consultoria Ltda, Dr. Álvaro Sanguino, abordou o tema: Mudas Sadias: Base Essencial para a Implantação do seu Canavial. Em sua apresentação, Sanguino explanou sobre as qualidades das mudas e alertou a respeito da importância de se ter um canavial sadio. “É muito importante que os produtores saibam quais os cuidados que precisam ter para obter mudas livres de problemas, que dê uma boa germinação e que responda com produtividade nos canaviais plantados, que não é o que está acontecendo hoje. As pessoas estão plantando cana normal, cana de moagem achando que estão fazendo um grande serviço. Simplesmente ela (a cana) não tem qualidade e produz um canavial de baixa produtividade desde o primeiro corte, o canavial dura menos porque a própria mecanização já limitou a sua vida útil e passa a produzir menos ainda”, alertou Dr. Sanguino.
Já o professor da Unesp de Jaboticabal, Dr. Modesto Barreto, proferiu palestra sobre as “Principais Doenças de Cana-de-açúcar: Importância e Controle”. Com a mudança para a colheita mecânica, aumentou-se o número de doenças em que os canaviais estão sofrendo influências, desde a ferrugem marrom, ferrugem alaranjada, podridões, estrias e isso diminui ou prejudica muito, tanto o acúmulo de ATR quanto a produtividade desse canavial. O professor falou sobre as principais, entre elas, a podridão abacaxi e a estria vermelha e deu ênfase nas ferrugens, que são os maiores problemas que o produtor vem enfrentando, mas também lembrou de algumas doenças que andavam esquecidas e estão voltando como o mosaico, o carvão e a ferrugem marrom.
Com palestrantes renomados e a parceria de empresas de destaques no mercado agrícola,