CH950 da John Deere auxilia na rentabilidade e sustentabilidade da colheita de cana

13/10/2023 Noticias POR: Edição 203 Setembro

O setor sucroenergético vive um bom momento no Brasil: o País é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. A safra 2022/2023 fechou com 610 milhões de toneladas, e a expectativa é que a safra 2023/2024 termine em 637 milhões, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E a demanda deve crescer ainda mais, conforme o mundo vai buscando alternativas aos combustíveis fósseis, o que coloca o etanol e a biomassa em evidência – alguns pesquisadores já trabalham com a hipótese de a cana-de-açúcar ser até mais eficiente que os painéis fotovoltaicos na geração de energia sustentável.

O produtor precisa contar com soluções à altura do potencial desse mercado. É o que a John Deere, líder mundial no fornecimento de produtos, tecnologia e serviços avançados para agricultura e construção, propõe com a colhedora de cana CH950. O projeto é pioneiro ao introduzir o conceito de colheita de duas linhas simultâneas nos canaviais de espaçamentos simples de 1,4 m ou 1,5 m.

Com a introdução da colheita mecanizada em maior escala, o setor sucroenergético se deparou com novos desafios tais como a longevidade do canavial, o teor de impurezas, mão de obra especializada, logística e custos na operação.

Contando com o apoio e a confiança dos produtores de cana, a John Deere sempre investiu pesado em pesquisa e desenvolvimento de forma a mitigar ao máximo esses desafios, resultando em uma constante evolução tecnológica em suas colhedoras, com sistemas de corte e limpeza mais precisos, motores e sistema hidráulico mais eficientes, agricultura de precisão e gerenciamento de frota como alguns exemplos desta inovação contínua.

E agora a John Deere revoluciona mais uma vez o sistema produtivo da cana-de-açúcar no Brasil. A CH950 traz todo o conforto e a tecnologia de ponta das colhedoras CH570 e CH670, já consolidadas no mercado, mas com a inovação superior de um sistema de colheita duplo.

Ao realizar a colheita simultânea de duas linhas, a CH950 garante quase o dobro de produtividade e diminui em 30% o consumo de combustível; em 28% a necessidade de tratores transbordos; em 50% as perdas por estilhaço (aproximadamente 3 toneladas por hectare); e em 60% a área compactada – o que favorece a brotação e o desenvolvimento das soqueiras. Tudo isso resulta em maior economia e sustentabilidade para o produtor.

“A CH950 é um projeto sustentável tanto do ponto de vista ambiental quanto financeiro, pensada para a realidade dos agricultores brasileiros. Desenvolvido para oferecer maior longevidade e produtividade ao canavial, o equipamento inova em diversas etapas do trabalho, desde os cortes de base, que copiam o solo de forma independente, até o sistema de limpeza mais eficiente. Estamos diante de uma mudança de paradigma para a cultura de cana-de-açúcar”, comenta Marcelo Lopes, diretor de Vendas da John Deere Brasil.

Benefícios na prática

A Usina São Manoel foi uma das primeiras propriedades a apostar no projeto. A empresa alcançou um rendimento de 1.800 t/máquina/dia em 2022 – 35% a mais que o registrado na versão de uma linha. “Mas sabemos que ainda há muita margem a ser explorada. Por se tratar de um novo conceito de máquina, é imprescindível que buscar a melhoria em todos os nossos processos agrícolas, para que acompanhem o desempenho da colhedora”, explica Murilo Gasparoto, gerente agrícola da Usina Açucareira São Manoel.

Como reflexo desse movimento, a Usina São Manoel viu seu lucro em julho deste ano dobrar pela segunda safra consecutiva, obtendo resultado positivo de R$ 336,9 milhões em sua fase operacional, chegando a um desempenho líquido de R$ 207,29 milhões.

Tecnologia potencializando a tomada de decisão

A inovação é uma das prioridades da John Deere. Globalmente, a companhia investe US$ 13,7 milhões todos os dias em Pesquisa e Desenvolvimento, a fim de oferecer para o cliente as soluções mais avançadas em agricultura de precisão. Com a CH950, não foi diferente: esse projeto teve o maior investimento da companhia no Brasil.

A tecnologia não se restringe à máquina: a CH950 pode se conectar ao ecossistema de soluções da John Deere e aproveitar o Centro de Soluções Conectadas (CSC), um serviço remoto no qual a Rede de Concessionários atende às operações agrícolas dos clientes e parceiros com base em dados gerados pelas próprias máquinas durante as operações. Esse acompanhamento ajuda a identificar oportunidades de redução de custos e otimização de equipamentos, além de antever problemas que possam interromper as atividades.

Com 42 unidades no Brasil até o momento, o CSC é uma inovação que altera o modo de trabalhar do agricultor. Atualmente, mais de 85% dos atendimentos de serviços são feitos ou iniciados de forma remota. Em média, essa abordagem remota/híbrida reduz em 50% o tempo médio de atendimento/reparo. Isso se deve a três fatores: redução das viagens a campo, redução do tempo de logística de peças/técnicos e redução do tempo de diagnóstico.

A principal tecnologia aqui é o Suporte Conectado, que conta com tecnologias de diagnóstico/ajustes nas máquinas em tempo real/a distância, acesso remoto às máquinas com interação com o operador sem que ele saia da cabine e algoritmos de Machine Learning e Inteligência Artificial para predição/prevenção das falhas (Expert Alerts). O custo médio dos serviços/assistência técnica, quando feitos ou iniciados de forma remota, ficam até 60% mais baratos para o produtor,
pois gera economia de custos de deslocamento e, acima de tudo, reduz muito o tempo de máquina parada.

“O Centro de Soluções Conectadas é o cérebro do nosso negócio. Ele nos permite monitorar remotamente e em tempo real as máquinas em uso no campo. Com o CSC, também fazemos constantemente estudos de ganhos em produtividade e rentabilidade para os produtores. Com isso, nós os auxiliamos a adotar as novas tecnologias já sabendo qual será seu impacto na produção”, completa Lopes.