A chuva acima da média histórica em março provocou um atraso de até quatro dias no processamento de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul do Brasil, segundo representantes do setor. Como a maior parte das unidades dá largada à safra apenas na segunda metade de abril, ainda não há impacto sobre as projeções para a safra 2015/2016, iniciada oficialmente no dia 1º, mas o ciclo começa em ritmo mais lento do que o previsto.
"Existe a percepção no mercado de que não haverá disponibilidade de mercadoria na intensidade esperada", disse Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. Essa avaliação explicaria por que o contrato com vencimento em maio do açúcar negociado na bolsa de Nova York acumula ganhos de 6,5% só neste mês. Em parte, a alta se deve ao fortalecimento do real ante o dólar, mas também por conta do clima adverso à colheita decana no País.
O sócio-diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, também diz que as chuvas estão atrapalhando e que algumas usinas já mexeram em suas programações, computando o atraso. Até agora, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) não detalhou quantas unidades produtores começaram a nova temporada, mas para os representantes é quase certo que esse número está abaixo das 150 em operação em igual momento de 2014.
Segundo Corrêa, da Archer, há indústrias cujo processamento está sendo afetado pelas chuvas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Mas ele diz que a umidade agora traz menos transtornos do que no meio da temporada. "Se isso (as precipitações) ocorrer em julho, por exemplo, será pior, pois ficará difícil para a usina realocar para o fim da safra acana que não conseguir processar", afirmou ele, destacando que o meio do ano coincide com o pico de moagem no Centro-Sul.
Esse risco, contudo, existe, segundo a F.O. Lichts. A consultoria trabalha com a previsão de 50% a 60% de chance de que o fenômeno El Niño poderá ocorrer entre junho e setembro. A Somar Meteorologia considera a possibilidade de El Niño, mas diz que a manifestação deve ser de fraca intensidade. Caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do Oceano Pacífico, o El Niño provoca chuvas acima da média durante o inverno no Hemisfério Sul.
Pelas projeções até agora divulgadas, o processamento de cana em 2015/2016 deve ser maior que o de 571 milhões de toneladas do ciclo passado. A Archer, por exemplo, prevê moagem de 573 milhões de toneladas, mas há outras consultorias que apostam em volume superior a 580 milhões de toneladas. A Unica ainda não divulgou sua estimativa.
A chuva acima da média histórica em março provocou um atraso de até quatro dias no processamento de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul do Brasil, segundo representantes do setor. Como a maior parte das unidades dá largada à safra apenas na segunda metade de abril, ainda não há impacto sobre as projeções para a safra 2015/2016, iniciada oficialmente no dia 1º, mas o ciclo começa em ritmo mais lento do que o previsto.
"Existe a percepção no mercado de que não haverá disponibilidade de mercadoria na intensidade esperada", disse Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. Essa avaliação explicaria por que o contrato com vencimento em maio do açúcar negociado na bolsa de Nova York acumula ganhos de 6,5% só neste mês. Em parte, a alta se deve ao fortalecimento do real ante o dólar, mas também por conta do clima adverso à colheita decana no País.
O sócio-diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, também diz que as chuvas estão atrapalhando e que algumas usinas já mexeram em suas programações, computando o atraso. Até agora, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) não detalhou quantas unidades produtores começaram a nova temporada, mas para os representantes é quase certo que esse número está abaixo das 150 em operação em igual momento de 2014.
Segundo Corrêa, da Archer, há indústrias cujo processamento está sendo afetado pelas chuvas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Mas ele diz que a umidade agora traz menos transtornos do que no meio da temporada. "Se isso (as precipitações) ocorrer em julho, por exemplo, será pior, pois ficará difícil para a usina realocar para o fim da safra acana que não conseguir processar", afirmou ele, destacando que o meio do ano coincide com o pico de moagem no Centro-Sul.
Esse risco, contudo, existe, segundo a F.O. Lichts. A consultoria trabalha com a previsão de 50% a 60% de chance de que o fenômeno El Niño poderá ocorrer entre junho e setembro. A Somar Meteorologia considera a possibilidade de El Niño, mas diz que a manifestação deve ser de fraca intensidade. Caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do Oceano Pacífico, o El Niño provoca chuvas acima da média durante o inverno no Hemisfério Sul.
Pelas projeções até agora divulgadas, o processamento de cana em 2015/2016 deve ser maior que o de 571 milhões de toneladas do ciclo passado. A Archer, por exemplo, prevê moagem de 573 milhões de toneladas, mas há outras consultorias que apostam em volume superior a 580 milhões de toneladas. A Unica ainda não divulgou sua estimativa.