Chuvas volumosas de verão atingirão as grandes regiões produtoras de soja, milho, café e cana do Brasil nos próximos 15 dias, potencialmente beneficiando as lavouras após muitas áreas terem sofrido com escassez de precipitações ao final de 2015, apontaram meteorologistas nesta segunda-feira.
"Clima bem típico para esta época, voltou a regularidade, estamos agora dentro de uma normalidade", afirmou Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia, à Reuters.
O retorno da normalidade de chuvas sazonais, após um dezembro de irregularidade climática que causou perdas especialmente nas lavouras de soja nos Estados do Centro-Oeste do Brasil, em meio ao fenômeno climático El Niño, traz um alívio para produtores da principal cultura do país, evitando que as perdas globais se acentuem.
"Quebra já teve, mas por conta da estiagem até dezembro. Voltou a chover só agora, entre Natal e o Ano Novo", afirmou o meteorologista da Somar, referindo-se ao Centro-Oeste, principal área produtora de soja do país.
Nos próximos 15 dias, deve chover mais de 150 milímetros em várias áreas agrícolas brasileiras, incluindo lavouras de café e cana do Sudeste, principal região dessas culturas no maior produtor global das matérias-primas da bebida e do adoçante, acrescentou Santos.
Dados do Thomson Reuters Weather Dashboard apontam chuvas ainda mais volumosas para o Sudeste no mesmo período, de cerca de 260 milímetros. Em Minas Gerais, por exemplo, há previsões de mais de 300 milímetros em algumas áreas.
"Esta semana começou com muitas áreas de instabilidade sobre São Paulo. Nos próximos dias, as áreas de instabilidade se espalham sobre a região e também serão reforçadas pela chegada de uma nova frente fria (a partir de quinta-feira). A previsão é de muita chuva para a região (Sudeste) nesta semana", disse em nota outro instituto de meteorologia, a Climatempo, nesta segunda-feira.
ALÍVIO E PREOCUPAÇÃO
Em Mato Grosso, por exemplo, as chuvas médias acumuladas previstas pela Somar para os próximos 15 dias podem permitir que o Estado --que colhe cerca de 30 por cento da soja do Brasil, maior exportador global-- registre em janeiro volumes acima dos níveis históricos pela primeira vez em vários meses.
Até esta segunda-feira, havia chovido cerca de 100 milímetros, na média, nas principais áreas de Mato Grosso.
Segundo o agrometeorologista da Somar, as precipitações elevadas deverão atingir até mesmo o Nordeste, que enfrenta uma severa seca pelo fenômeno climático El Niño --que resulta em chuvas acima da média no Sul e estiagem para as áreas ao norte do país. "Lógico que lá para cima os volumes são menores do que os esperados para o Centro-Oeste", ponderou.
O Rio Grande do Sul, que registrou inundações em várias cidades desde dezembro, verá menos chuvas nos próximos 15 dias, acrescentou.
No momento, disse Santos, produtores com lavouras em desenvolvimento devem ficar alerta apenas para doenças, como as fúngicas, que se desenvolvem em ambiente de calor e umidade intensos. Os registros da ferrugem asiática da soja, por exemplo, já são 60 por cento maiores que na última safra, segundo dados do Consórcio Antiferrugem.
"Os produtores estão meio preocupados por causa de doenças. As chuvas dificultam a pulverização", disse Santos, lembrando que a ferrugem, se não combatida, acarreta perdas de produtividade.
Chuvas volumosas de verão atingirão as grandes regiões produtoras de soja, milho, café e cana do Brasil nos próximos 15 dias, potencialmente beneficiando as lavouras após muitas áreas terem sofrido com escassez de precipitações ao final de 2015, apontaram meteorologistas nesta segunda-feira.
"Clima bem típico para esta época, voltou a regularidade, estamos agora dentro de uma normalidade", afirmou Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia, à Reuters.
O retorno da normalidade de chuvas sazonais, após um dezembro de irregularidade climática que causou perdas especialmente nas lavouras de soja nos Estados do Centro-Oeste do Brasil, em meio ao fenômeno climático El Niño, traz um alívio para produtores da principal cultura do país, evitando que as perdas globais se acentuem.
"Quebra já teve, mas por conta da estiagem até dezembro. Voltou a chover só agora, entre Natal e o Ano Novo", afirmou o meteorologista da Somar, referindo-se ao Centro-Oeste, principal área produtora de soja do país.
Nos próximos 15 dias, deve chover mais de 150 milímetros em várias áreas agrícolas brasileiras, incluindo lavouras de café e cana do Sudeste, principal região dessas culturas no maior produtor global das matérias-primas da bebida e do adoçante, acrescentou Santos.
Dados do Thomson Reuters Weather Dashboard apontam chuvas ainda mais volumosas para o Sudeste no mesmo período, de cerca de 260 milímetros. Em Minas Gerais, por exemplo, há previsões de mais de 300 milímetros em algumas áreas.
"Esta semana começou com muitas áreas de instabilidade sobre São Paulo. Nos próximos dias, as áreas de instabilidade se espalham sobre a região e também serão reforçadas pela chegada de uma nova frente fria (a partir de quinta-feira). A previsão é de muita chuva para a região (Sudeste) nesta semana", disse em nota outro instituto de meteorologia, a Climatempo, nesta segunda-feira.
ALÍVIO E PREOCUPAÇÃO
Em Mato Grosso, por exemplo, as chuvas médias acumuladas previstas pela Somar para os próximos 15 dias podem permitir que o Estado --que colhe cerca de 30 por cento da soja do Brasil, maior exportador global-- registre em janeiro volumes acima dos níveis históricos pela primeira vez em vários meses.
Até esta segunda-feira, havia chovido cerca de 100 milímetros, na média, nas principais áreas de Mato Grosso.
Segundo o agrometeorologista da Somar, as precipitações elevadas deverão atingir até mesmo o Nordeste, que enfrenta uma severa seca pelo fenômeno climático El Niño --que resulta em chuvas acima da média no Sul e estiagem para as áreas ao norte do país. "Lógico que lá para cima os volumes são menores do que os esperados para o Centro-Oeste", ponderou.
O Rio Grande do Sul, que registrou inundações em várias cidades desde dezembro, verá menos chuvas nos próximos 15 dias, acrescentou.
No momento, disse Santos, produtores com lavouras em desenvolvimento devem ficar alerta apenas para doenças, como as fúngicas, que se desenvolvem em ambiente de calor e umidade intensos. Os registros da ferrugem asiática da soja, por exemplo, já são 60 por cento maiores que na última safra, segundo dados do Consórcio Antiferrugem.
"Os produtores estão meio preocupados por causa de doenças. As chuvas dificultam a pulverização", disse Santos, lembrando que a ferrugem, se não combatida, acarreta perdas de produtividade.