Chuvas de abril de 2022 & previsões para junho a agosto de 2022

27/05/2022 Oswaldo Alonso POR: Oswaldo Alonso

Chuvas de abril de 2022 & previsões para junho a agosto de 2022

Quadro 1 - Chuvas anotadas durante o mês de abril 2022.

A região Sudoeste de São Paulo, praticamente sem chuvas média de chuvas de abril de 2022 (36 mm) ficou quase a metade da média das normais climáticas do mês (71 mm) e praticamente igual à média das chuvas de abril de 2021 (35 mm). Os menores volumes foram anotados em Dumont, Algodoeira Donegá (2 mm); Morro Agudo, Biosev MB (12 mm) e Barretos, Inmet (15 mm); enquanto que foram observados 140 mm em Terra Roxa (Faz Santa Rita), 78 mm em Jaboticabal (Unesp) e 69 mm em Ituverava (Inmet). Ribeirão Preto (IAC-Centro de Cana), 89 mm; 94 mm em Pitangueiras (CFM) e 99 mm em Descalvado (IAC-Ciiagro); enquanto que foram observados 226 mm em São Simão (Inst. Florestal), 216 mm em Dumont (Algodoeira Donegá) e 183 mm em Sertãozinho (Usina São Francisco).


Mapas 1: As chuvas no mês de abril 2022 36 mm (mapa 1A) foram quase iguais que as de abril de 2021. 35 mm (mapa 1B), menos na região Sudoeste de São Paulo, praticamente sem chuvas

Quadro 2: As chuvas dos meses de dezembro de 2018 a 2021 mais as dos meses de janeiro a março de 2019 a 2022 foram anotadas e tabuladas pelos Escritórios Regionais e em Pitangueiras; enquanto que os processamentos destes dados, bem como comentários das respectivas médias mensais e normais climáticas, foram efetuados pela Consultoria Canaoeste.

Obs: Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro 2), referem-se às médias das chuvas registradas de janeiro a setembro, outubro e novembro e as de dezembro dos anos de 2018 a 2021. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.

As somas das Normais Climáticas (negritadas na última linha) foram semelhantes nos diferentes anos, mas mostram diferenças até marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha, grifadas em vermelho). Vale ainda destacar, nas penúltimas linhas e nas quatro últimas colunas que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro a março de 2019 (657 mm), de 2021 (407mm) e de 2022 (623 mm), foi inferior à soma dos mesmos meses de janeiro a março de 2020 (839).

Mapa 2: Além dos comentários efetuados para São Paulo, em abril de 2022 (mapa 2A) as chuvas foram mais favoráveis que as de abril de 2021 (mapa 2B), mas apenas para no estado do Paraná.

Mapa 3: Junho - exceto a quase totalidade do Paraná e faixa Centro-Sul do MS, os volumes de chuva durante o mês oscilarão entre 40 a 100 mm. No Paraná e Centro-Sul do MS poderão variar entre 100 a 160 mm. Quanto ás temperaturas (toC), uma linha imaginária em diagonal no estado de São Paulo, de Barretos, Ribeirão Preto e Assis para o Norte e Centro Oeste do estado, as toC tenderão a ficar entre 20 a 22ºC e na outra metade, ao sul, pode ser de 17 a 20oC; enquanto que no Paraná e faixa sul do MS, ficam entre 15 a 17oC; faixa Sul e Leste de Goiás, Triângulo Mineiro e Centro – Norte do MS, entre 20 a 22oC; Espírito Santo (ES), todo MT, e restante de Goiás, ficaram entre 22 a 25°C
fonte: INMET- Instituto Nacional de Meteorologia, elaboração CANAOESTE, 76 anos


Mapa 4A e 4B: Quanto ás chuvas, nota-se semelhança entre estes dois meses, salvo a faixa meio-leste de Minas Gerais com grandes áreas de chuvas mais acentuadas; acrescente-se que pelo INMET, em agosto, poderão ocorrer chuvas ligeiramente acima das médias no ES, Goiás e Triângulo Mineiro. Quanto ás temperaturas, semelhança entre os meses de maio e julho; para agosto, quase igual a julho, diferindo apenas por estradas de estreitas faixas com temperaturas de 20 a 22oC no oeste de SP, avançando para o Pontal do Triângulo Mineiro, faixa central de Goiás, estreitas faixas norte do MS e do sudeste os sudoeste do MT.

Pelos dados do Centro de Cana-IAC, as médias históricas de 60 anos (1961 a 2020) de chuvas em junho, julho e agosto em Ribeirão Preto e proximidades são, pela ordem, 30, 20 e 20 mm.

Fenômenos El Niño e La Niña

Atualizado em 12 de maio de 2022 e disponibilizada pela Climatempo, a NOAA (Administração Americana de Oceano e Atmosfera) indica que o Oceano Pacífico Equatorial continua mais frio que o normal e que a atmosfera continua respondendo como La Niña. Expectativa de breve enfraquecimento do fenômeno durante o inverno, mas o resfriamento do Pacífico pode se intensificar novamente a partir da primavera e fará com que o fenômeno alcance o verão 2023. O efeito disso, entre junho e agosto de 2022, é de chuva abaixo da média no Sul e Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Existe potencial para avanço de fortes ondas de frio até pelo menos o mês de junho pelo centro e sul do Brasil. Na primavera de 2022, as chuvas irão se alinhar sobre o centro do Brasil e, desta vez, as precipitações poderão ser mais intensas sobre Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás.

Prognóstico Trimestral

Pela análise acima, a Climatempo assinala as condições climáticas para a grande região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, que poderão ser:
Junho: Chuvas próximas ou ligeiramente abaixo das médias históricas e temperaturas na faixa de 20 a 22,5°C;
Julho: O mesmo prognóstico de junho;
Agosto: A Climatempo aponta para variabilidade de chuvas na região, temperaturas próximas as de julho.

Recomendações

Com esta tendência climática, a CANAOESTE sugere aos produtores que plantios de cana neste período somente sob irrigação, e mesmo, com mudas bem jovens (nove meses ou menos) ou, ainda, pré-brotadas. Algum florescimento pode surgir a partir de maio/junho e em áreas mais elevadas. Sem, ou o mínimo de, perdas e danos em soqueiras em colheitas. As condições climáticas permitem esperar boa qualidade tecnológica da cana.
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.revistacanavieiros.com.br e www.canaoeste.com.br. Persistindo dúvidas, consultem os técnicos ou fale conosco da Canaoeste.