Quadro 1 - Chuvas anotadas durante o mês de dezembro 2021
A média de chuvas de dezembro de 2021 (183 mm) ficou à 75% da média das normais climáticas do mês (241 mm), mas duas vezes menor que a média das chuvas de dezembro de 2020 (364 mm). Os menores volumes foram anotados em Bebedouro-E.E.Citricultura (107 mm); Sertãozinho-UNAME (119 mm), Morro Agudo-Raizen (122 mm) e Barretos IMET (123 mm). Por outro lado, ocorreram 298 mm em Serrana-Usina da Pedra; 299 mm em Descalvado-IAC/Ciiagro e 453 mm na Usina Batatais.
Mapa 1: Na área sucroenergética do estado de São Paulo, a soma de chuvas no mês de dezembro de 2021 (mapa-1A), foi bem inferior que as de dezembro de 2020 (mapa-1B), acentuando ainda mais, a secura em todo estado, em razão dos menores volumes de chuvas deste mês e as acumuladas de março a novembro de 2021.
Quadro 2: Chuvas de dezembro de 2021, registradas pelos escritórios regionais e que foram computadas em Pitangueiras. Os dados de chuvas acumuladas de janeiro a dezembro de 2021, suas respectivas médias mensais e normais climáticas foram processadas e comentadas pela Consultoria Canaoeste.
Obs: Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro 2), referem-se às médias das chuvas registradas de janeiro a setembro, outubro e novembro e as de dezembro dos anos de 2018 a 2021. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha)referem-se à médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.
Nota-se que as somas das normais climáticas (negritadas na última linha do quadro 2) têm sido semelhantes entre os anos considerados. Mas com diferenças até marcantes entre as somas das médias mensais destes mesmos meses de 2018 a 2021 (na penúltima linha, grifadas em vermelho). Vale destacar que a soma das médias mensais dos meses de janeiro a dezembro de 2020 e 2021, respectivamente 1.209 e 1.133 mm, foram bem inferiores à soma dos mesmos meses de 2018 e 2019, 1.376 mm e 1.443 mm respectivamente.
Observando as duas últimas colunas e linhas do quadro, cabe mencionar sobre as somas das médias mensais de chuvas em 2020 e 2021, que foram demasiadamente inferiores (239 e 307 mm respectivamente) se comparado às somas das normais climáticas do mesmo período.
Mapa 2: Na Região Centro-Sul, além dos comentados para o Estado de São Paulo, as chuvas em dezembro de 2021 (mapa-2A), no Paraná e no Mato Grosso do Sul, salvo grande área no centro do estado, foram bem críticas. Observando-se, ainda os mapas 2A e 2B de 2020 com as alternâncias em áreas mais e as menos chuvosas no Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso, os volumes de chuvas neste mês e anos foram semelhantes nestes estados.
Em março de 2022 (mapa-3), preveem-se chuvas próximas a acima das médias climáticas para o norte e centro-leste e abaixo no centro-sul do estado de São Paulo; precipitações próximas das médias para quase todo Goiás, Mato Grosso, Triângulo Mineiro e Centro-Oeste de Minas Gerais, e ainda, entre 160 a 200 mm no Espírito Santo. Para o MS, a previsão é de até 200 mm na faixa norte e de 160 a 100 mm na faixa centro-sul do estado. Pode chover entre 130 a 160 mm no Paraná. As temperaturas médias poderão ficar entre 22,5 e 27,5°C em toda área do Centro-Oeste, Sudeste e entre 22 e 25°C na área sucroenergética do Paraná.
Mapa 4: Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana, pela ilustração a seguir, procura resumir as recentes análises e comentários de Institutos e Consultorias Climatológicas
Fenômenos El Niño e La Niña
A NOAA-Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana, pela atualização de 13 de janeiro 2022, informa que as temperaturas do Oceano Pacífico tenderão à neutralidade. Cautelas em decisões serão necessárias quanto ao possível surgimento do El Niño, porém ainda está incerto. Simulações fornecidas pela Universidade de Colúmbia, indicam que poderão ocorrer chuvas mais intensas nas faixas oeste de São Paulo e noroeste de Minas Gerais e do Espírito Santo. Chuvas abaixo da média ocorrerão entre as outras áreas de São Paulo, sul e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo.
Prognóstico Trimestral
Pela análise acima, a Climatempo assinala que as condições climáticas para a Grande Região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, poderão ser:
Fevereiro: as chuvas poderão ficar próximas a ligeiramente abaixo da média climática e com temperaturas médias entre 22 a 27°C;
Março: chuvas poderão ficar próximas das normais climáticas, temperaturas médias, idem fevereiro;
Abril: chuvas poderão ficar próximas das normais climáticas até meados do mês, com temperaturas médias entre 20 e 25°C.
Recomendações
Com esta tendência climática, a Canaoeste sugere aos produtores que, ainda em fevereiro, nas áreas com canaviais (quase) fechando, as adubações aéreas irão contribuir para crescimento mais rápido.
Em tratos mecânicos tardios, os prejuízos em produtividades poderão ser maiores que os benefícios, face a arranquios de raízes (até de touceiras). Plantios de cana entre fevereiro e março será mais prudente que deixar para meados de abril em diante, a não ser sob irrigação, mesmo com mudas bem jovens (menos que 9 meses).
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.revistacanavieiros.com.br e www.canaoeste.com.br.
Persistindo dúvidas, consultem os técnicos ou fale conosco da Canaoeste.