A média de chuvas de fevereiro de 2023 (234 mm) ficou quase 80% acima da média das normais climáticas do mês (208 mm) e 40% acima das chuvas de fevereiro de 2022 (168 mm). Menores volumes foram anotados de 175mm na Raízen-Biosev MB-Morro Agudo, 181 mm na Usina Batatais, e 184 mm na Unidade Cruz Alta/Severínia; enquanto que, foram observados 338 mm na FCAV-UNESP Jaboticabal, 300 mm na Usina da Pedra-Serrana e 291 mm na C.Energética Moreno-Luiz Antonio.
Mapa 1:- As chuvas no mês de fevereiro 2023 (234 mm) - mapa 1A - foram bem melhores que as de fevereiro de 2022 (168 mm), que, com as chuvas de Janeiro 2023 aliviaram em muito a escassez até então, da faixa Norte do Estado de São Paulo.
Quadro 2:- As chuvas dos meses de dezembro de 2019 a 2022 e as de janeiro e fevereiro de 2020 a 2023 foram anotadas e tabuladas pelos Escritórios Regionais e em Pitangueiras; enquanto que, os processamentos destes dados, bem como comentários das respectivas médias mensais e normais climáticas foram efetuadas pela Consultoria CANAOESTE.
Obs:- Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro 2), referem-se às médias das chuvas registradas dos meses de janeiro e fevereiro as de dezembro de 2019 a 2022. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se à médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12. As somas das Normais Climáticas (negritadas na última linha) tem sido bem semelhantes nos diferentes anos; enquanto que as somas das Médias Mensais mostram diferenças marcantes (na penúltima linha, grifadas em vermelho). Destaca-se (no canto inferior direito, retângulo vermelho) que as Médias Mensais (em vermelho) de 19/20 e 22/23 foram coincidentemente iguais (937 e 936) e bem superiores às correspondentes Normais Climáticas (729 e 723). O mesmo se observa para as Médias Mensais de 20/21 e 22/23 (661 e 664) - mais secos - e inferiores às respectivas Normais climáticas (731 e 724) e que, valerá a pena aguardar os dados das chuvas de março - último mês de verão.
Mapa 2:- Além dos comentários para o Estado de São Paulo, em fevereiro de 2023 (mapa 2A) as chuvas foram favoráveis para todo os Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, faixas Sul dos Estados de Goiás, Minas Gerais e quase todo Mato Grosso, exceto nordeste deste estado.
Mapa 3:- As chuvas em Abril de 2023, para São Paulo, poderão ser de 100 até 130 mm na região sucroenergética do Estado, idem para Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e nas faixas centro-sul dos de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais; e, de 130 a 160 mm na faixa centro-norte do Paraná. Temperaturas médias oscilarão entre 20 e 25°C para os estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo; enquanto que, poderão ficar entre 22 a 28°C para os estados de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Mapas 4:- Maio: pelo INMET, os volumes de chuvas vão aumentando de (40 a 80mm) da faixa leste do Paraná e do centro norte do Mato Grosso do Sul (MS) para (100 a 160mm), em direção ao centro oeste do Paraná e centro sul do MS, e de 40 a 80mm para São Paulo e estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Temperaturas médias decrescendo de 28 a 22°C nos estados de ES e MT e faixas norte dos estados de Goiás, MS e Minas Gerais e de para 22 a 15° nos estados do SP e Paraná e faixas centro-sul de Goiás, MS e Minas Gerais. Para Junho, quanto às chuvas, segundo o INMET, os volumes serão decrescentes de 160 a 100mm no Paraná para 60 a 20mm nos estados das Regiões Sudeste e Centro Oeste. Já quanto às temperaturas, o INMET mostra eu haverá muita semelhança com as do mês de Maio.
Pelos dados do Centro de Cana-IAC, as médias históricas de 60 anos (1961 a 2020) de chuvas em abril, maio e junho em Ribeirão Preto e proximidades são, pela ordem, 75, 55 e 30 mm.
FENÔMENOS EL NIÑO e LA NIÑA:- Segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos), mostra que durante fevereiro de 2023, as temperaturas abaixo da média (- 0,5°C) da superfície do mar enfraqueceram, mantendo-se apenas no Oceano Pacífico central (Niño -3.4) (corresponde a Linha do Equador entre a costa oeste da América do Sul à Oceânia. Apesar do Oceano Pacífico já indicar uma condição de neutralidade atmosférica, embora ainda mais lenta. A previsão de consenso entre os institutos norte Americanos IRI (Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade da Columbia) e CPC-NOAA (Centro de Previsões e Clima da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), atualizada em 09 de março, indicam que a neutralidade climática será dominante neste outono de 2023 e início do inverno. Projeções mais adiante, indicam aumento da probabilidade da manifestação de El Niño para o segundo semestre deste ano até início da primavera. O possível e acentuado aquecimento do oceano na costa da América do Sul, possa vir a promover uma evolução mais rápida ao El Niño.
PROGNÓSTICO TRIMESTRAL:- Pela análise acima, a Climatempo assinala que as condições climáticas para a Grande Região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, poderão ser:
• Abril:- chuvas poderão ficar entre 80 a 100 mm, com temperaturas médias entre 22 e 25°C;
• Maio:-.chuvas entre 40 a 80 mm e médias térmicas na faixa de 18 a 22°C;
• Junho:- prevém-se 40 a 60 mm de chuvas, com temperaturas oscilando entre 0,5 a 1,0°C acima da média histórica.
RECOMENDAÇÕES:- Com esta tendência climática, a CANAOESTE sugere aos Produtores que, plantios de cana em abril, será mais prudente até meados do mês. Além deste período, os plantios poderão exigir irrigação, e ainda, com mudas bem jovens (9 meses ou menos). As temperaturas máximas, reinantes entre final de fevereiro e até 14 de março, NÃO evidenciam possibilidades para indução de florescimento, mesmo com 50% de probabilidade, a não ser em áreas de maiores altitudes. Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.revistacanaviera.com.br e www.canaoeste.com.br. Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos ou Fale Conosco CANAOESTE
