Canaoeste presta homenagem ao consultor técnico Oswaldo Alonso
Foram 23 anos de serviços dedicados à Canaoeste, em sua grande maioria como consultor técnico. Oswaldo Alonso foi uma das contratações do então presidente Manoel Carlos de Azevedo Ortolan (in memoriam) no ano 2000. Alonso disse 'sim,' ao chamado de Maneco para fazer parte da equipe que tomava posse da diretoria da Canaoeste naquele ano.
Desde a sua formação universitária (pela ESALQ-USP), Alonso teve a oportunidade de desenvolver experimentos científicos, agronômicos e trabalhos publicados em Anais da ESALQ e STAB. Também desenvolveu trabalhos em Extensão Rural, Tecnologia Laboratorial, Nutrição/Fertilidade do Solo e outros.
Por quase 17 anos se dedicou a escrever informações climáticas a cada nova edição da Revista Canavieiros, fundada em julho de 2006. A cada nova edição, Alonso trazia informações detalhadas sobre as condições climáticas para a região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, além de anotações sobre o volume de chuvas nas áreas de abrangência da Canaoeste, recomendações, prognósticos e notícias sobre fenômenos climáticos, deixando o produtor sempre atualizado sobre as principais mudanças. A forma simples de escrever, com linguagem que facilmente era entendida pelo leitor, atraiu uma legião de admiradores do seu trabalho, muito elogiado pelos produtores que acompanhavam suas informações.
Em uma de suas entrevistas, no ano de 2005, Oswaldo Alonso falou com orgulho sobre trabalhar na Canaoeste. Em um desses momentos enquanto ainda era consultor agronômico da associação, destacou as várias passagens profissionais em instituições, usinas e empresas de assistência técnica, mas na Canaoeste o desafio contínuo e diário instigava os técnicos a “aprender mais sobre a profissão”, comentou na época.
Anos depois, Oswaldo Alonso teve que se mudar para a cidade de Barra Bonita, local onde reside até hoje. Os laços com a Canaoeste porém se mantiveram. Mesmo sem ter algum tipo de relação comercial com a associação, Alonso doava seu tempo para entregar mensalmente o artigo de meteorologia.
Com a passagem dos anos, o consultor decidiu diminuir o ritmo de trabalho. E neste ano, por uma questão de cunho pessoal, Oswaldo Alonso decidiu abrir mão de escrever a coluna que tanto se dedicou ao longo dos anos. Sendo assim, o profissional se despede nesta edição 196, mas com a certeza de dever cumprido, já que com suas contribuições deixa vários seguidores e admiradores de seu trabalho. “Tenho um carinho muito grande pelo senhor Oswaldo Alonso. Ele é uma das pessoas mais cordiais e educadas que conheço e o considero um dos meus mentores. Então, nesse aspecto só tenho a agradecer por tudo que aprendi com ele. Acho essa homenagem mais que justa, considerando sua história na Canaoeste e no setor canavieiro em sua totalidade”, destacou o gestor corporativo da Canaoeste Almir Torcato.
“Ao longo de tantos anos, a Canaoeste teve o privilégio de contar com a parceria e a dedicação exemplar de Oswaldo Alonso, um profissional que deixou um legado de conhecimento e aprendizado para todos aqueles que tiveram o prazer de trabalhar ao seu lado. Alonso sempre se dedicou a transmitir não apenas informações técnicas, mas também valores como respeito, comprometimento e dedicação ao trabalho. Ele é um exemplo vivo que na vida, a única coisa que realmente importa é a diferença que fazemos na vida das pessoas, o legado que deixamos. Por tudo isso, expresso a mais profunda gratidão e respeito por sua parceria duradoura, por seus trabalhos realizados e por sua dedicação à Canaoeste em sua totalidade. Você deixa um legado que jamais será esquecido, já que muitas pessoas aprenderam com ele, graças ao seu empenho em ensinar e compartilhar conhecimento. Obrigado Oswaldo Alonso, por tudo que você fez pela Canaoeste e por todos nós", agradeceu o presidente da Canaoeste, Fernando dos Reis Filho.
"Em nome da equipe agronômica da Canaoeste, gostaríamos de expressar nosso profundo agradecimento ao Sr. Oswaldo Alonso, que dedicou anos de sua carreira à nossa associação como consultor técnico. Sua contribuição foi de inestimável valor para o desenvolvimento da agricultura em nossa região. Estamos profundamente gratos por tudo o que ele fez por nós e pela Canaoeste. Sua dedicação e comprometimento ao longo desses anos foram uma inspiração para todos nós. Seu legado deixa uma marca indelével na nossa associação, e seu trabalho continuará a ser uma fonte de orientação e conhecimento para nossos agrônomos e agricultores por muitos anos vindouros. Obrigado!", equipe agronômica da Canaoeste.
"Em nome de toda a equipe da Revista Canavieiros, gostaríamos de expressar nossa mais sincera gratidão ao Sr. Oswaldo Alonso por seus quase 17 anos de dedicação como nosso colunista de meteorologia. Desde a primeira edição da revista, o Sr. Alonso esteve presente, compartilhando seu vasto conhecimento sobre condições climáticas e previsões, contribuindo de maneira significativa para a qualidade da informação que oferecemos aos nossos leitores. Seu comprometimento em sempre entregar seus artigos a tempo e com informações precisas e relevantes foi crucial para o sucesso da revista. Sua habilidade em escrever de forma clara e acessível tornou seus artigos uma leitura prazerosa para produtores, técnicos e todos os interessados na agroindústria canavieira. Ao longo dos anos, seus artigos ajudaram a manter nossos leitores atualizados sobre as mudanças climáticas e os impactos na produção de cana-de-açúcar, e suas previsões se mostraram valiosas para o planejamento das atividades agrícolas. Seu legado na Revista Canavieiros é inestimável e será lembrado com carinho e admiração por todos nós. Esperamos que sua jornada continue repleta de sucesso e realizações, e que os conhecimentos que compartilhou com nossa equipe e leitores continuem sendo valiosos para muitos outros profissionais e entusiastas do setor sucroenergético. Mais uma vez, muito obrigado, Sr. Alonso". Carla Rossini, Eddie Nascimento, Fernanda Clariano e Marino Guerra, jornalistas da Revista Canavieiros.
Confira abaixo a última coluna assinada por Oswaldo Alonso na Revista Canavieiros!
A média de chuvas de janeiro de 2023 (332 mm) ficou 16% acima da média das normais climáticas do mês (279 mm), e quase o dobro da média das chuvas de janeiro de 2022 (174 mm). Os menores volumes foram anotados em Morro Agudo (Raízen MB), 211 mm; em São Simão (Inst. Florestal) 245 mm e em Pitangueiras (CFM Três Barras) 257 mm; enquanto que foram observados 425 mm na Usina Batatais, 397 mm em Serrana (Usina da Pedra) e 364 mm em Jaboticabal (FCAV Unesp), mesmo volume em Bebedouro (Est. Exp. Citricultura). As somas das Normais Climáticas (negritadas na última linha) têm sido quase iguais nos diferentes anos, enquanto que mostram diferenças até marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha, grifadas em vermelho). Vale ainda destacar que a soma das Médias Mensais dos meses de janeiro de 2020 e 2022, respectivamente 122 e 185 mm, foi bem inferior à soma dos mesmos meses de 2021 (278) e 2023 (308 mm).
Quadro 2: As chuvas dos meses de dezembro de 2019 a 2022 e dos meses de janeiro de 2020 a 2023 foram anotadas e tabuladas pelos Escritórios Regionais e em Pitangueiras; enquanto que os processamentos desses dados, bem como comentários das respectivas médias mensais e normais climáticas, foram efetuados pela Consultoria CANAOESTE.
Mapa 1: As chuvas no mês de janeiro de 2023, foram bem melhores (vide também o quadro 1), que as de janeiro de 2022- mapa 1B, aliviando a secura até então em todo estado.
Mapa 2: Na Região Centro-Sul, além dos comentados para o Estado de São Paulo, em janeiro de 2023 (mapa 2A), salvo grande área no centronorte do Paraná, e no Mato Grosso do Sul, as chuvas foram bem favoráveis. Em Minas Gerais e no Espírito Santo, as chuvas foram melhores que as do ano anterior. Observar, também nos mapas 2A e 2B (2022), as alternâncias das chuvas em áreas mais e as menos chuvosas que ocorreram em Goiás e Mato Grosso.
Mapa 3: Águas de março: preveem-se chuvas próximas a acima das normais climáticas para o Centro-Leste e entre próximas a abaixo das médias para o Centro-Oeste do Estado de São Paulo; chuvas acima das médias climáticas estão previstas em Goiás e Mato Grosso. Nas regiões sucroenergéticas do Espírito Santo e Minas Gerais, as chuvas serão próximas das normais; no Mato Grosso do Sul, as chuvas podem ser em torno das normais em quase todo estado; e, no Paraná, chuvas ligeiramente abaixo das médias. As temperaturas médias podem ficar entre 22,5 a 27,5°C em toda área do Centro-Oeste e Sudeste; e, entre 20 a 25°C no Paraná e em algumas “ilhas” destas regiões. (fonte: Climatempo e INMET, elaboração CANAOESTE - 77 anos)
Mapas 4: Em Abril de 2023 poderá chover 60 mm no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e, em São Paulo; nas faixas sul de Goiás e Mato Grosso, as chuvas também serão de 60 mm, idem nas áreas divisando entre Goiás e Mato Grosso, bem como na área central de MT e, de 160 a 200 mm no centro de Goiás e faixas restantes do Mato Grosso. Em Maio, chuvas entre 20 a 100 mm em quase toda Região Centro-Oeste e Sudeste, exceto faixas ao Sul do MT e, até 100 a 130 mm em São Paulo; e, na região canavieira do Paraná, entre 100 a 160mm. As temperaturas médias, nesses dois meses, tendem a ficar entre 40 a 60% acima das normais climáticas nos estados das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e do Paraná.
Pelos dados do Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas em março, abril e maio, em Ribeirão Preto e proximidades são, pela ordem, 165, 75 e 55 mm.
Fenômenos El Niño e La Niña
Através da Climatempo, a NOAA-Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte-Americana, em atualização, em 10 de fevereiro de 2023, indica que o fenômeno La Niña começa a enfraquecer até maio, com tendência para neutralidade entre junho e agosto, ou seja, sem predominância de La Niña ou El Niño e, em termos práticos, sem expectativas para mudanças para a atmosfera sobre o Brasil. Entretanto, a previsão canadense CanSIPS indica chuvas acima das respectivas normais para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste, com possíveis níveis negativos entre o Paraná e Mato Grosso do Sul. E, generalizando, as temperaturas permanecerão próximas das médias históricas na maior parte do país. Cabe também ressaltar que o calor não será intenso.
PROGNÓSTICO TRIMESTRAL
Pela análise acima, a Climatempo assinala que as condições climáticas para a Grande Região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, poderão ser:
• Março: as chuvas poderão ficar próximas das normais climáticas, com temperaturas dentro das médias regionais
• Abril: As chuvas também poderão ficar próximas das normalidades climáticas até meados do mês, com temperaturas médias entre 20 e 25°C.
Recomendações
Com esta tendência climática, a Canaoeste sugere aos produtores que os plantios de cana entre março e início de abril será mais prudente do que deixar para meados de abril em diante, a não ser sob irrigação, e mesmo com mudas bem jovens (menos que 9 meses).
Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.revistacanavieiros.com. br e www.canaoeste.com.br. Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos ou Fale Conosco Canaoeste. A Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana, pela ilustração a seguir, procura resumir as recentes análises e comentários de Institutos e Consultorias Climatológicas.