Chuvas de março de 2022 & previsões para maio a julho de 2022
Quadro 1 - Chuvas anotadas durante o mês de março 2022.
A todo estado. média de chuvas de março de 2022 (142 mm) ficou quase 20% aquém da média das normais climáticas do mês (170 mm), porém 30% acima da média das chuvas de março de 2021 (101 mm). Os menores volumes foram anotados em Ribeirão Preto (IAC-Centro de Cana), 89 mm; 94 mm em Pitangueiras (CFM) e 99 mm em Descalvado (IAC-Ciiagro); enquanto que foram observados 226 mm em São Simão (Inst. Florestal), 216 mm em Dumont (Algodoeira Donegá) e 183 mm em Sertãozinho (Usina São Francisco).
Mapa 1: As chuvas no mês de março 2022 (mapa 1A) foram superiores em relação ao mesmo mês de 2021 (mapa 1B).Chuvas estas de março de 2022, que somadas com as de janeiro e fevereiro de 2022, aliviaram em muito a secura em todo estado.
Quadro 2: As chuvas dos meses de dezembro de 2018 a 2021 mais as dos meses de janeiro a março de 2019 a 2022 foram anotadas e tabuladas pelos Escritórios Regionais e em Pitangueiras; enquanto que os processamentos destes dados, bem como comentários das respectivas médias mensais e normais climáticas, foram efetuadas pela Consultoria CANAOESTE.
Obs: Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro 2), referem-se às médias das chuvas registradas de janeiro a setembro, outubro e novembro e as de dezembro dos anos de 2018 a 2021. As Normais Climáticas ou históricas (negritadas na última linha) referem-se às médias de muitos anos dos locais numerados de 1 a 12.
As somas das Normais Climáticas (negritadas na última linha) têm sido semelhantes nos diferentes anos, mas mostram diferenças até marcantes entre as somas das Médias Mensais (na penúltima linha, grifadas em vermelho). Vale ainda destacar, nas penúltimas linhas e nas quatro últimas colunas que, a soma das Médias Mensais dos meses de janeiros a marços de 2019 (657 mm), de 2021 (407mm) e de 2022 (623 mm), foram inferiores à soma dos mesmos meses de janeiros a marços de 2020 (839).
Mapa 2: Além dos comentários efetuados para o Estado de São Paulo, em março de 2022 (mapa 2A) as chuvas foram mais favoráveis que as de março de 2021 para o estado do Paraná, áreas no Centro Sul de Goiás, do Mato Grosso do Sul e no Triângulo Mineiro.
Mapa 3: Exceto a quase totalidade do Paraná e faixa Centro-Sul do MS, os volumes de chuva durante o mês oscilarão entre 40 a 100mm. No Paraná e Centro-Sul do MS poderão variar entre 100 a 160 mm. Quanto ás temperaturas (Toc), uma linha imaginaria em diagonal no estado de São Paulo, de Barretor-Ribeirão Preto a Assis para o norte e Centro Oeste do estado, as toC tenderão a ficar entre 20 a 22oC e na outra metade, ao sul, pode ser de 17 a 20oC; enquanto que no Paraná e faixa sul e Leste de Goiás, Triângulo Mineiro e Centro – Norte do MS, entre 20 e 22oC; Espírito Santo (ES), todo MT, e restante de Goiáis, de 22 a 25oC fonte: INMET- Instituto Nacional de Meteorologia, elaboração CANAOESTE, 76 anos
Pelos dados do Centro de Cana-IAC, as médias históricas de 60 anos (1961 a 2020) de chuvas em, maio, junho e julho em Ribeirão Preto e proximidades são, pela ordem, 55, 30 e 20 m m.
Fenômenos El Niño e La Niña
A atualização em 14 de abril de 2022, pela Administração Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), indicou que o Oceano Pacífico equatorial continua mais frio que o normal e com a atmosfera também respondendo como La Niña e avançando por todo o ano de 2022 e, até mesmo, chegar ao início de 2023. Para 2022, as simulações climáticas mostram com previsão de chuva abaixo da média a partir de maio e junho no centro e sul do Brasil. Em julho, o centro e sul do Brasil ainda permanecerá sob menos chuvas. Apesar da queda acentuada de temperatura em algumas ocasiões, o mês de maio será mais quente que o normal no Centro-Oeste e menos quente em Minas Gerais e Espírito Santo. Em junho, aparecerão as ondas de frio mais intensas com queda acentuada da temperatura e geadas mais amplas nos estados do Sul.
Prognóstico Trimestral
Pela análise acima, a Climatempo assinala as condições climáticas para a Grande Região de Ribeirão Preto e áreas adjacentes, que poderão ser:
Maio: Chuvas pouco abaixo das médias históricas e temperaturas na faixa de 20 a 22,5°C; Junho: Semelhante a maio; Julho: O INMET aponta para variabilidade (não falta) de chuvas na região, temperaturas próximas às das de maio e junho.
Recomendações
Com esta tendência climática, a CANAOESTE sugere aos produtores que, plantios de cana neste período somente sob irrigação, e mesmo, com mudas bem jovens (9 meses ou menos) ou, ainda, pré-brotadas. Algum florescimento pode surgir a partir de maio e em áreas mais elevadas. Colheitas, operar sempre com menores perdas e danos em soqueiras. Após este recente período seco, pode-se esperar boa qualidade tecnológica da cana. Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos relevantes serão noticiados em www.revistacanavieiros.com.br e www.canaoeste.com.br.
Persistindo dúvidas, consultem os técnicos ou fale conosco da Canaoeste.
