Altamente dependente do clima, a retomada da moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul já começou, para algumas usinas, em fevereiro. Mas a expectativa é que a maior parte das companhias do segmento esperem até a segunda quinzena de abril para religar as máquinas. No que depender do clima, as perspectivas são favoráveis à colheita no mês de abril. No Centro-Sul, os radares meteorológicos não indicam até agora excesso de chuvas, apenas pancadas em períodos curtos.
O menor volume disponível de "cana bisada", aquela que fica no campo de uma safra para outra, ajuda a explicar a tendência de um começo ligeiramente mais tardio da nova safra, segundo especialistas. Mas a principal razão é que o clima seco de janeiro atrasou o desenvolvimento da cana de 2015/16, que só deverá
estar pronta para ser colhida na segunda quinzena do mês que vem.
Conforme dados divulgados ontem pela União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (Unica), 293,3 mil toneladas da matéria-prima do
ciclo 2015/16 foram processadas na segunda quinzena de fevereiro. Com isso, um volume de 2,5 mil toneladas de açúcar e 14,5 milhões de litros de etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) foram produzidos.
Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica, afirma que seis usinas já recomeçaram a moagem, pois tinham cana bisada para processar. "Mas nesta safra, o volume da 'sobra' de cana foi menor, de no máximo 10 milhões de
toneladas, ante as 20 milhões de 2013/14", compara.
Segundo ele, as chuvas de março é que definirão a velocidade de desenvolvimento das plantas. "A visão que se tem neste momento é a que a cana não estará em ponto colheita no início de abril", diz Padua.
Após a estiagem de janeiro, os canaviais do Centro-Sul receberam volumes expressivos de chuvas em fevereiro. Em algumas regiões, as precipitações superaram em 15% a média histórica, conforme Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar Meteorologia.
De forma geral, segundo ele, os modelos meteorológicos indicam chuvas dentro da média em março e em abril nos polos canavieiros do Centro-Sul. Mas há exceções. Em Araçatuba, no noroeste paulista, a previsão para março é de 350 milímetros (mm), bem acima da média histórica (131 mm), mas a normalidade tende a voltar a dar o tom em abril. No mês, deve chover na região 61 mm, ante a média de 62 mm.
Em Ribeirão Preto, mais importante região canavieira de São Paulo e do país, as chuvas em março também serão acima da média de 155 mm. A previsão é que o nível chegue a 27 5 mm. Em abril, em contrapartida, o clima tende a secar, com precipitações de 20 mm para todo mês, ante uma média histórica de 60 mm.
Em Quirinópolis, Goiás, deve chover 210 mm em março e 100 mm em abril, em linha com as respectivas médias. "Nessa região, dá para colher melhor após o dia 15 de abril", afirma Santos.
A maior parte das estimativas para a safra 2015/16 no Centro-Sul divulgadas até agora preveem um processamento acima das 57 0 milhões de toneladas de 2014/15. A JOB Economia e Planejamento, por exemplo, projeta um crescimento de 2,5%, para 585 milhões de toneladas.
A Datagro também prevê incremento na moagem, em função da ocorrência de chuvas mais regulares. Na sua última estimativa que divulgou à imprensa, no fim de janeiro, a consultoria projetou para 2015/16 um processamento de 584 milhões de toneladas no Centro-Sul.
Já a americana FCStone aposta em um volume muito parecido com o de 2014/15 - a empresa prevê 57 1 milhões de toneladas em 2015/16.
Altamente dependente do clima, a retomada da moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul já começou, para algumas usinas, em fevereiro. Mas a expectativa é que a maior parte das companhias do segmento esperem até a segunda quinzena de abril para religar as máquinas. No que depender do clima, as perspectivas são favoráveis à colheita no mês de abril. No Centro-Sul, os radares meteorológicos não indicam até agora excesso de chuvas, apenas pancadas em períodos curtos.
O menor volume disponível de "cana bisada", aquela que fica no campo de uma safra para outra, ajuda a explicar a tendência de um começo ligeiramente mais tardio da nova safra, segundo especialistas. Mas a principal razão é que o clima seco de janeiro atrasou o desenvolvimento da cana de 2015/16, que só deverá
estar pronta para ser colhida na segunda quinzena do mês que vem.
Conforme dados divulgados ontem pela União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (Unica), 293,3 mil toneladas da matéria-prima do
ciclo 2015/16 foram processadas na segunda quinzena de fevereiro. Com isso, um volume de 2,5 mil toneladas de açúcar e 14,5 milhões de litros de etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) foram produzidos.
Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica, afirma que seis usinas já recomeçaram a moagem, pois tinham cana bisada para processar. "Mas nesta safra, o volume da 'sobra' de cana foi menor, de no máximo 10 milhões de
toneladas, ante as 20 milhões de 2013/14", compara.
Segundo ele, as chuvas de março é que definirão a velocidade de desenvolvimento das plantas. "A visão que se tem neste momento é a que a cana não estará em ponto colheita no início de abril", diz Padua.
Após a estiagem de janeiro, os canaviais do Centro-Sul receberam volumes expressivos de chuvas em fevereiro. Em algumas regiões, as precipitações superaram em 15% a média histórica, conforme Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar Meteorologia.
De forma geral, segundo ele, os modelos meteorológicos indicam chuvas dentro da média em março e em abril nos polos canavieiros do Centro-Sul. Mas há exceções. Em Araçatuba, no noroeste paulista, a previsão para março é de 350 milímetros (mm), bem acima da média histórica (131 mm), mas a normalidade tende a voltar a dar o tom em abril. No mês, deve chover na região 61 mm, ante a média de 62 mm.
Em Ribeirão Preto, mais importante região canavieira de São Paulo e do país, as chuvas em março também serão acima da média de 155 mm. A previsão é que o nível chegue a 27 5 mm. Em abril, em contrapartida, o clima tende a secar, com precipitações de 20 mm para todo mês, ante uma média histórica de 60 mm.
Em Quirinópolis, Goiás, deve chover 210 mm em março e 100 mm em abril, em linha com as respectivas médias. "Nessa região, dá para colher melhor após o dia 15 de abril", afirma Santos.
A maior parte das estimativas para a safra 2015/16 no Centro-Sul divulgadas até agora preveem um processamento acima das 57 0 milhões de toneladas de 2014/15. A JOB Economia e Planejamento, por exemplo, projeta um crescimento de 2,5%, para 585 milhões de toneladas.
A Datagro também prevê incremento na moagem, em função da ocorrência de chuvas mais regulares. Na sua última estimativa que divulgou à imprensa, no fim de janeiro, a consultoria projetou para 2015/16 um processamento de 584 milhões de toneladas no Centro-Sul.
Já a americana FCStone aposta em um volume muito parecido com o de 2014/15 - a empresa prevê 57 1 milhões de toneladas em 2015/16.