A moagem de cana da nova safra, a 2013/14 já começou para algumas usinas do Centro-Sul, que vêm confirmando a expectativa do mercado de uma safra mais alcooleira. As unidades estão direcionando toda a capacidade disponível para produzir o biocombustível, cujos preços neste momento estão até 8% mais altos do que os do açúcar (de exportação). Se esse cenário se confirmar, a produção de açúcar na região não crescerá. Apenas repetirá o volume de 2012/13, condição ainda não refletida nos atuais preços da commodity no mercado internacional.
Somente entre as associadas da Copersucar, que respondem pela moagem de aproximadamente 100 milhões de toneladas de cana, ou 18% da moagem de 580 milhões de toneladas prevista para o Centro-Sul, o mix deve ficar em 44% para açúcar, ou seja, 44% do caldo da cana será destinado à fabricação da commodity, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. Trata-se de uma guinada significativa, uma vez que no ciclo 2012/13 a relação foi de 50%.
Segundo especialistas, a redução do mix de produção de açúcar abaixo de 46% ainda não se reflete nos preços da commodity no mercado internacional. A consultoria FG Agro estima que as usinas podem direcionar até um mínimo de 44,2% do caldo da cana para o açúcar no Centro-Sul. Nesse caso, a produção de açúcar na região apenas repetiria o volume do ano passado, de 34 milhões de toneladas. "Se a expectativa com esse cenário for percebida pelo mercado, os contratos com vencimento em outubro na bolsa de Nova York tendem a retomar os prêmios para a commodity", avalia Luiz Gustavo Corrêa, sócio da FG Agro.
Das 48 unidades sócias da Copersucar, 13 começam a safra em março. Entre elas, as duas usinas do Grupo Clealco - Clementina e Queiroz, ambas em São Paulo (SP). O diretor executivo do grupo, José Antonio Bassetto Junior, diz que o mix de produção será de 65% para açúcar, 10 pontos percentuais abaixo dos 75% da temporada 2012/13. "As usinas sempre foram mais açucareiras e, ter um mix de 65% é o mínimo que conseguimos com a nossa atual capacidade industrial", explica Bassetto.
No entanto, ele antecipa que o grupo está investindo R$ 35 milhões em um novo equipamento (caldeira) para ampliar a capacidade de produção de etanol, em especial, o anidro. "Essa caldeira entra em operação em um ano e, com isso, poderemos maximizar a fabricação do biocombustível a 45%, ante os 35% atuais", diz. As duas unidades programam processar 8 milhões de toneladas em 2013/14 (ante 7 milhões de toneladas de 2012/13) e fabricar 700 mil toneladas de açúcar e 230 milhões de litros de etanol. Em 2012/13, a produção de açúcar e de etanol foi de 500 mil toneladas e 160 milhões de litros, respectivamente.
A Usina Paraíso, de Brotas (SP), também terá um mix mais alcooleiro no ciclo 2013/14. A unidade, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, ligou as máquinas na última quinta-feira, com a programação de moer 2,5 milhões de toneladas, sendo 200 mil toneladas (referentes a março) computadas no balanço de 2012/13 e 2,3 milhões de toneladas no exercício fiscal da nova safra, a 2013/14. O mix de produção, explica o diretor-presidente do Terra Viva, Humberto Casagrande, será de 50% do caldo para o etanol, ante 40% do ciclo 2012/13.
Na sexta-feira, com a alta do preço do etanol e o recuo do açúcar, a diferença de remuneração entre os dois produtos aumentou, segundo a consultoria Datagro. O litro do etanol hidratado no Centro-Sul (base Ribeirão Preto-SP) foi equivalente a 19,87 centavos de dólar a libra-peso, 5,9% acima dos 18,75 centavos de dólar do açúcar na bolsa de Nova York (primeiro vencimento). O valor de equivalência do anidro, que é misturado à gasolina, subiu para 20,32 centavos de dólar por libra-peso, 8,3% acima da cotação do açúcar em Nova York.
A trading inglesa Czarnikow previa que essa inversão ocorresse até agosto, no entanto, desde o início de fevereiro, o etanol remunera mais do que o açúcar. Desse modo, a Czarnikow reduziu em 2 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas, a estimativa de produção de açúcar para o Centro-Sul.
Fabiana Batista
Fonte: Começa a moagem de uma safra ´alcooleira´
A moagem de cana da nova safra, a 2013/14 já começou para algumas usinas do Centro-Sul, que vêm confirmando a expectativa do mercado de uma safra mais alcooleira. As unidades estão direcionando toda a capacidade disponível para produzir o biocombustível, cujos preços neste momento estão até 8% mais altos do que os do açúcar (de exportação). Se esse cenário se confirmar, a produção de açúcar na região não crescerá. Apenas repetirá o volume de 2012/13, condição ainda não refletida nos atuais preços da commodity no mercado internacional.
Somente entre as associadas da Copersucar, que respondem pela moagem de aproximadamente 100 milhões de toneladas de cana, ou 18% da moagem de 580 milhões de toneladas prevista para o Centro-Sul, o mix deve ficar em 44% para açúcar, ou seja, 44% do caldo da cana será destinado à fabricação da commodity, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. Trata-se de uma guinada significativa, uma vez que no ciclo 2012/13 a relação foi de 50%.
Segundo especialistas, a redução do mix de produção de açúcar abaixo de 46% ainda não se reflete nos preços da commodity no mercado internacional. A consultoria FG Agro estima que as usinas podem direcionar até um mínimo de 44,2% do caldo da cana para o açúcar no Centro-Sul. Nesse caso, a produção de açúcar na região apenas repetiria o volume do ano passado, de 34 milhões de toneladas. "Se a expectativa com esse cenário for percebida pelo mercado, os contratos com vencimento em outubro na bolsa de Nova York tendem a retomar os prêmios para a commodity", avalia Luiz Gustavo Corrêa, sócio da FG Agro.
Das 48 unidades sócias da Copersucar, 13 começam a safra em março. Entre elas, as duas usinas do Grupo Clealco - Clementina e Queiroz, ambas em São Paulo (SP). O diretor executivo do grupo, José Antonio Bassetto Junior, diz que o mix de produção será de 65% para açúcar, 10 pontos percentuais abaixo dos 75% da temporada 2012/13. "As usinas sempre foram mais açucareiras e, ter um mix de 65% é o mínimo que conseguimos com a nossa atual capacidade industrial", explica Bassetto.
No entanto, ele antecipa que o grupo está investindo R$ 35 milhões em um novo equipamento (caldeira) para ampliar a capacidade de produção de etanol, em especial, o anidro. "Essa caldeira entra em operação em um ano e, com isso, poderemos maximizar a fabricação do biocombustível a 45%, ante os 35% atuais", diz. As duas unidades programam processar 8 milhões de toneladas em 2013/14 (ante 7 milhões de toneladas de 2012/13) e fabricar 700 mil toneladas de açúcar e 230 milhões de litros de etanol. Em 2012/13, a produção de açúcar e de etanol foi de 500 mil toneladas e 160 milhões de litros, respectivamente.
A Usina Paraíso, de Brotas (SP), também terá um mix mais alcooleiro no ciclo 2013/14. A unidade, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, ligou as máquinas na última quinta-feira, com a programação de moer 2,5 milhões de toneladas, sendo 200 mil toneladas (referentes a março) computadas no balanço de 2012/13 e 2,3 milhões de toneladas no exercício fiscal da nova safra, a 2013/14. O mix de produção, explica o diretor-presidente do Terra Viva, Humberto Casagrande, será de 50% do caldo para o etanol, ante 40% do ciclo 2012/13.
Na sexta-feira, com a alta do preço do etanol e o recuo do açúcar, a diferença de remuneração entre os dois produtos aumentou, segundo a consultoria Datagro. O litro do etanol hidratado no Centro-Sul (base Ribeirão Preto-SP) foi equivalente a 19,87 centavos de dólar a libra-peso, 5,9% acima dos 18,75 centavos de dólar do açúcar na bolsa de Nova York (primeiro vencimento). O valor de equivalência do anidro, que é misturado à gasolina, subiu para 20,32 centavos de dólar por libra-peso, 8,3% acima da cotação do açúcar em Nova York.
A trading inglesa Czarnikow previa que essa inversão ocorresse até agosto, no entanto, desde o início de fevereiro, o etanol remunera mais do que o açúcar. Desse modo, a Czarnikow reduziu em 2 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas, a estimativa de produção de açúcar para o Centro-Sul.
Fabiana Batista
A moagem de cana da nova safra, a 2013/14 já começou para algumas usinas do Centro-Sul, que vêm confirmando a expectativa do mercado de uma safra mais alcooleira. As unidades estão direcionando toda a capacidade disponível para produzir o biocombustível, cujos preços neste momento estão até 8% mais altos do que os do açúcar (de exportação). Se esse cenário se confirmar, a produção de açúcar na região não crescerá. Apenas repetirá o volume de 2012/13, condição ainda não refletida nos atuais preços da commodity no mercado internacional.
Somente entre as associadas da Copersucar, que respondem pela moagem de aproximadamente 100 milhões de toneladas de cana, ou 18% da moagem de 580 milhões de toneladas prevista para o Centro-Sul, o mix deve ficar em 44% para açúcar, ou seja, 44% do caldo da cana será destinado à fabricação da commodity, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. Trata-se de uma guinada significativa, uma vez que no ciclo 2012/13 a relação foi de 50%.
Segundo especialistas, a redução do mix de produção de açúcar abaixo de 46% ainda não se reflete nos preços da commodity no mercado internacional. A consultoria FG Agro estima que as usinas podem direcionar até um mínimo de 44,2% do caldo da cana para o açúcar no Centro-Sul. Nesse caso, a produção de açúcar na região apenas repetiria o volume do ano passado, de 34 milhões de toneladas. "Se a expectativa com esse cenário for percebida pelo mercado, os contratos com vencimento em outubro na bolsa de Nova York tendem a retomar os prêmios para a commodity", avalia Luiz Gustavo Corrêa, sócio da FG Agro.
Das 48 unidades sócias da Copersucar, 13 começam a safra em março. Entre elas, as duas usinas do Grupo Clealco - Clementina e Queiroz, ambas em São Paulo (SP). O diretor executivo do grupo, José Antonio Bassetto Junior, diz que o mix de produção será de 65% para açúcar, 10 pontos percentuais abaixo dos 75% da temporada 2012/13. "As usinas sempre foram mais açucareiras e, ter um mix de 65% é o mínimo que conseguimos com a nossa atual capacidade industrial", explica Bassetto.
No entanto, ele antecipa que o grupo está investindo R$ 35 milhões em um novo equipamento (caldeira) para ampliar a capacidade de produção de etanol, em especial, o anidro. "Essa caldeira entra em operação em um ano e, com isso, poderemos maximizar a fabricação do biocombustível a 45%, ante os 35% atuais", diz. As duas unidades programam processar 8 milhões de toneladas em 2013/14 (ante 7 milhões de toneladas de 2012/13) e fabricar 700 mil toneladas de açúcar e 230 milhões de litros de etanol. Em 2012/13, a produção de açúcar e de etanol foi de 500 mil toneladas e 160 milhões de litros, respectivamente.
A Usina Paraíso, de Brotas (SP), também terá um mix mais alcooleiro no ciclo 2013/14. A unidade, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, ligou as máquinas na última quinta-feira, com a programação de moer 2,5 milhões de toneladas, sendo 200 mil toneladas (referentes a março) computadas no balanço de 2012/13 e 2,3 milhões de toneladas no exercício fiscal da nova safra, a 2013/14. O mix de produção, explica o diretor-presidente do Terra Viva, Humberto Casagrande, será de 50% do caldo para o etanol, ante 40% do ciclo 2012/13.
Na sexta-feira, com a alta do preço do etanol e o recuo do açúcar, a diferença de remuneração entre os dois produtos aumentou, segundo a consultoria Datagro. O litro do etanol hidratado no Centro-Sul (base Ribeirão Preto-SP) foi equivalente a 19,87 centavos de dólar a libra-peso, 5,9% acima dos 18,75 centavos de dólar do açúcar na bolsa de Nova York (primeiro vencimento). O valor de equivalência do anidro, que é misturado à gasolina, subiu para 20,32 centavos de dólar por libra-peso, 8,3% acima da cotação do açúcar em Nova York.
A trading inglesa Czarnikow previa que essa inversão ocorresse até agosto, no entanto, desde o início de fevereiro, o etanol remunera mais do que o açúcar. Desse modo, a Czarnikow reduziu em 2 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas, a estimativa de produção de açúcar para o Centro-Sul.
Fabiana Batista
Fonte: Começa a moagem de uma safra ´alcooleira´
A moagem de cana da nova safra, a 2013/14 já começou para algumas usinas do Centro-Sul, que vêm confirmando a expectativa do mercado de uma safra mais alcooleira. As unidades estão direcionando toda a capacidade disponível para produzir o biocombustível, cujos preços neste momento estão até 8% mais altos do que os do açúcar (de exportação). Se esse cenário se confirmar, a produção de açúcar na região não crescerá. Apenas repetirá o volume de 2012/13, condição ainda não refletida nos atuais preços da commodity no mercado internacional.
Somente entre as associadas da Copersucar, que respondem pela moagem de aproximadamente 100 milhões de toneladas de cana, ou 18% da moagem de 580 milhões de toneladas prevista para o Centro-Sul, o mix deve ficar em 44% para açúcar, ou seja, 44% do caldo da cana será destinado à fabricação da commodity, segundo Luís Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar. Trata-se de uma guinada significativa, uma vez que no ciclo 2012/13 a relação foi de 50%.
Segundo especialistas, a redução do mix de produção de açúcar abaixo de 46% ainda não se reflete nos preços da commodity no mercado internacional. A consultoria FG Agro estima que as usinas podem direcionar até um mínimo de 44,2% do caldo da cana para o açúcar no Centro-Sul. Nesse caso, a produção de açúcar na região apenas repetiria o volume do ano passado, de 34 milhões de toneladas. "Se a expectativa com esse cenário for percebida pelo mercado, os contratos com vencimento em outubro na bolsa de Nova York tendem a retomar os prêmios para a commodity", avalia Luiz Gustavo Corrêa, sócio da FG Agro.
Das 48 unidades sócias da Copersucar, 13 começam a safra em março. Entre elas, as duas usinas do Grupo Clealco - Clementina e Queiroz, ambas em São Paulo (SP). O diretor executivo do grupo, José Antonio Bassetto Junior, diz que o mix de produção será de 65% para açúcar, 10 pontos percentuais abaixo dos 75% da temporada 2012/13. "As usinas sempre foram mais açucareiras e, ter um mix de 65% é o mínimo que conseguimos com a nossa atual capacidade industrial", explica Bassetto.
No entanto, ele antecipa que o grupo está investindo R$ 35 milhões em um novo equipamento (caldeira) para ampliar a capacidade de produção de etanol, em especial, o anidro. "Essa caldeira entra em operação em um ano e, com isso, poderemos maximizar a fabricação do biocombustível a 45%, ante os 35% atuais", diz. As duas unidades programam processar 8 milhões de toneladas em 2013/14 (ante 7 milhões de toneladas de 2012/13) e fabricar 700 mil toneladas de açúcar e 230 milhões de litros de etanol. Em 2012/13, a produção de açúcar e de etanol foi de 500 mil toneladas e 160 milhões de litros, respectivamente.
A Usina Paraíso, de Brotas (SP), também terá um mix mais alcooleiro no ciclo 2013/14. A unidade, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, ligou as máquinas na última quinta-feira, com a programação de moer 2,5 milhões de toneladas, sendo 200 mil toneladas (referentes a março) computadas no balanço de 2012/13 e 2,3 milhões de toneladas no exercício fiscal da nova safra, a 2013/14. O mix de produção, explica o diretor-presidente do Terra Viva, Humberto Casagrande, será de 50% do caldo para o etanol, ante 40% do ciclo 2012/13.
Na sexta-feira, com a alta do preço do etanol e o recuo do açúcar, a diferença de remuneração entre os dois produtos aumentou, segundo a consultoria Datagro. O litro do etanol hidratado no Centro-Sul (base Ribeirão Preto-SP) foi equivalente a 19,87 centavos de dólar a libra-peso, 5,9% acima dos 18,75 centavos de dólar do açúcar na bolsa de Nova York (primeiro vencimento). O valor de equivalência do anidro, que é misturado à gasolina, subiu para 20,32 centavos de dólar por libra-peso, 8,3% acima da cotação do açúcar em Nova York.
A trading inglesa Czarnikow previa que essa inversão ocorresse até agosto, no entanto, desde o início de fevereiro, o etanol remunera mais do que o açúcar. Desse modo, a Czarnikow reduziu em 2 milhões de toneladas, para 35 milhões de toneladas, a estimativa de produção de açúcar para o Centro-Sul.
Fabiana Batista