O clima mais favorável para a cana¬de¬açúcar na safra 2016/17 levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar sua estimativa de produção no levantamento divulgado ontem. A projeção é de que a produção alcance 694,54 milhões de toneladas, alta de 4,4% na comparação com a colheita da safra passada. No levantamento de agosto, a Conab estimava produção de 684,7 milhões de toneladas. Segundo o gerente de levantamento e avaliação de safra da Conab, Cleverton Santana, a nova estimativa também é consequência de uma revisão para cima da área. "No segundo levantamento, as unidades não tinham a certeza de que teriam condições de colher toda a área disponível", disse ao Valor. Ele explicou, ainda, que na safra 2015/16 choveu acima do normal no Centro¬Sul do país ¬ principal região produtora ¬¬, impedindo que toda a área fosse colhida. "Parte dessa cana ficou para ser colhida na safra seguinte e a estimativa é de que eles vão conseguir incorporar agora essa área na moagem industrial", afirmou. A estimativa é de que a área de cana no país fique em 9,111 milhões de hectares, alta de 5,3% ante o ciclo anterior. E que a produtividade caia 0,9%, ficando em 76.232 quilos por hectare. Segundo a Conab, o Centro¬Sul, que já está finalizando a moagem de cana, deverá produzir 644,241 milhões de toneladas, alta de 4,5% sobre o ciclo anterior. A área no Centro¬Sul é de 8,154 milhões de hectares e a produtividade deve atingir 79.011 quilos por hectare. O levantamento confirma a previsão de que a maior parte da produção das usinas brasileiras será destinada à fabricação de açúcar. O movimento decorre da alta dos preços da commodity no mercado internacional e do dólar ante o real. A produção de açúcar deve subir 18,9% ante o ciclo 2015/16, chegando a 39,815 milhões de toneladas. A parcela de cana que será destinada ao açúcar é 21,3% maior que na última safra. "A gente terá a maior produção de açúcar desde o início dos levantamentos da Conab. O pico era 38,3 milhões de toneladas na safra de 2012/13", comentou Santana. A produção brasileira de etanol na safra 2016/17 deve somar 27,87 bilhões de litros, queda de 8,5% ante a safra anterior. A produção de etanol hidratado deverá cair 14,3%, refletindo a redução do consumo como combustível em veículos flex. Já a produção de anidro deve subir 1,5% ante a safra 2015/16, para 11,372 bilhões de litros. O aumento de produção reflete a elevação de 25% para 27% na mistura com a gasolina.
Por Kauanna Navarro
O clima mais favorável para a cana¬de¬açúcar na safra 2016/17 levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar sua estimativa de produção no levantamento divulgado ontem. A projeção é de que a produção alcance 694,54 milhões de toneladas, alta de 4,4% na comparação com a colheita da safra passada. No levantamento de agosto, a Conab estimava produção de 684,7 milhões de toneladas. Segundo o gerente de levantamento e avaliação de safra da Conab, Cleverton Santana, a nova estimativa também é consequência de uma revisão para cima da área. "No segundo levantamento, as unidades não tinham a certeza de que teriam condições de colher toda a área disponível", disse ao Valor. Ele explicou, ainda, que na safra 2015/16 choveu acima do normal no Centro¬Sul do país ¬ principal região produtora ¬¬, impedindo que toda a área fosse colhida. "Parte dessa cana ficou para ser colhida na safra seguinte e a estimativa é de que eles vão conseguir incorporar agora essa área na moagem industrial", afirmou. A estimativa é de que a área de cana no país fique em 9,111 milhões de hectares, alta de 5,3% ante o ciclo anterior. E que a produtividade caia 0,9%, ficando em 76.232 quilos por hectare. Segundo a Conab, o Centro¬Sul, que já está finalizando a moagem de cana, deverá produzir 644,241 milhões de toneladas, alta de 4,5% sobre o ciclo anterior. A área no Centro¬Sul é de 8,154 milhões de hectares e a produtividade deve atingir 79.011 quilos por hectare. O levantamento confirma a previsão de que a maior parte da produção das usinas brasileiras será destinada à fabricação de açúcar. O movimento decorre da alta dos preços da commodity no mercado internacional e do dólar ante o real. A produção de açúcar deve subir 18,9% ante o ciclo 2015/16, chegando a 39,815 milhões de toneladas. A parcela de cana que será destinada ao açúcar é 21,3% maior que na última safra. "A gente terá a maior produção de açúcar desde o início dos levantamentos da Conab. O pico era 38,3 milhões de toneladas na safra de 2012/13", comentou Santana. A produção brasileira de etanol na safra 2016/17 deve somar 27,87 bilhões de litros, queda de 8,5% ante a safra anterior. A produção de etanol hidratado deverá cair 14,3%, refletindo a redução do consumo como combustível em veículos flex. Já a produção de anidro deve subir 1,5% ante a safra 2015/16, para 11,372 bilhões de litros. O aumento de produção reflete a elevação de 25% para 27% na mistura com a gasolina.
Por Kauanna Navarro