Longevidade com vitalidade em soqueira
Dando início ao ciclo de lives, na tarde de segunda- feira (20) de junho, o engenheiro agrônomo e consultor agronômico de manejo, Michel Fernandes, da Canatech, discorreu o tema “Longevidade com vitalidade em soqueira: Muneo BioKit”, onde além de disseminar conhecimento e contribuir para o crescimento do setor sucroenergético, também contribui posicionando produtos. A live contou com o apoio da Basf.
Para o consultor, é preciso focar onde há controle. “Não adianta focarmos em queimadas, geadas e falta de chuvas porque infelizmente não controlamos. Temos que trabalhar onde controlamos, que são as pragas, daninhas, nutrição, ou seja, o conceito de manejo”. Michel ainda destacou que o que mais impacta na produtividade agrícola é a variedade, manejo, clima, renovação do canavial, mecanização, pragas e doenças e ambientes restritivos.
Ele também chamou a atenção em relação ao uso de fungicida. “Para produzir cana é preciso ter um manejo e fungicida vale muito a pena, seja ele em área total na folha e dependendo das variedades que tem no corte de soqueira”.
O consultor contou que teve um grave problema com Colletotrichum em uma das suas consultorias e instalou na fazenda um corte de soqueira com vários fungicidas para o controle da praga. Quando cortou a soqueira com fungicida teve ganho de produtividade agrícola - isso o rendeu um prêmio Top Ciência.
Ainda, segundo ele, nos tratamentos que fez o que mais deu resposta foram os que tinham Muneo + Aprinza. “Tivemos um desenvolvimento bem maior”. Michel também destacou os resultados dos trabalhos feitos em corte de soqueira onde usou Muneo Biokit e teve TAH bom e produtividade na soqueira.
Pesquisas em qualidade fisiológica de sementes de amendoim: estudos de maturação e análise de imagens
A primeira live da terça-feira (21) de junho teve o apoio da Basf e foi ministrada pelo professor da UNESP FCA de Botucatu, dr. Edvaldo Ap. Amaral da Silva, que apresentou pesquisas em qualidade fisiológica de sementes de amendoim e mostrou a complexidade e o processo para se ter uma semente com sanidade. Silva destacou que a semente é o meio de multiplicação de inúmeras espécies cultivadas e que a qualidade fisiológica é essencial para a formação da lavoura. “Conhecer quando a semente ganha qualidade é fundamental para ter sucesso na obtenção de sementes com qualidade, que atenda ás exigências estabelecidas pelo nosso órgão regulador que é o Ministério da Agricultura”, disse o professor.
Para Silva, produzir sementes de amendoim é um grande desafio, pois a parte aérea nem sempre indica o ponto de colheita. “As plantas emitem flores ao mesmo tempo em que geram vagens. Têm flor e produção de vargens ao mesmo tempo e por estar embaixo no solo não enxergamos o desenvolvimento da semente e a sua maturação”.
O professor ainda falou com orgulho dos trabalhos publicados em revistas internacionais. Trabalhos estes desenvolvidos por alunos da FCA, do CENA/USP, e colegas pesquisadores da Unesp com a colaboração de profissionais da Copercana. “Estamos trabalhando junto com a universidade, empresas e agências de fomento, publicando artigos em revistas de alto impacto. Os resultados estão indo para fora, mostrando que estamos trabalhando de forma eficiente, colaborando e trazendo nossa contribuição à sociedade, ao investimento feito aqui por nossas pesquisas. O incentivo à pesquisa é um importante passo para a compreensão do mundo e para o nosso progresso”.
Presente nos estúdios de gravação, o engenheiro agrônomo responsável técnico pela produção de sementes de amendoim da Copercana, Edgard Matrângolo Junior, agradeceu a participação do professor e ressaltou. “O que foi apresentado pelo dr. Edvaldo é fruto do trabalho que temos desenvolvido com a universidade através dos experimentos e só temos a agradecer”. Na oportunidade, o engenheiro agrônomo da Uname, Ruan Betiol, também agradeceu a presença do professor e falou da importância das pesquisas realizadas com o amendoim.
Custos de produção
A segunda live realizada na terça-feira (21) de junho foi apresentada pelo gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato, que ao explanar “Custos de Produção”, trouxe um olhar sobre a participação dos insumos no custo de produção e neste sentido poder trabalhar a melhor solução para que o cooperado e associado tenham eficiência.
“Estamos em hora de tomar decisões e para que elas sejam mais assertivas é importante entendermos de maneira prática, objetiva e simplificada o custo de produção e a participação dos insumos nesse custo. A ideia é falar sobre o cenário econômico e as variações que isso vai impactar nas nossas tomadas de decisões”, disse Torcato.
O profissional na ocasião frisou que o resultado econômico tem base em três pilares: Custo (onde é possível ter interferência), Preço (que depende de influências externas, mercados, entre outros) e Produtividade (um pilar há determinado controle, mas não 100%, pois depende de clima e outros). “Somado a isso temos a questão econômica e este é um ano político e sabemos que têm questões econômicas importantes a serem obervadas e variáveis que vão impactar diretamente na economia e nos preços de produtos no geral”.
De acordo com Torcato, a tendência dessa safra é de preços mais altos e mostrou através de gráficos variações significativas entre 2016 e 2021. Outro ponto importante salientado por ele foi a quebra de produtividade por conta da questão climática que envolve a questão de precipitação e chuvas. “Na comparação de chuvas ao longo de 2020 e 2021, tivemos um ano mais seco considerando principalmente as chuvas do segundo e terceiro trimestre. As chuvas do primeiro e do segundo trimestre desta safra 2022 começam a dar um sinal de que temos uma recuperação não muito grande, mas talvez em torno de 4 a 5% nas nossas regiões”.
O profissional também salientou que o produtor precisa saber o que ele produz para analisar o contrato com a unidade industrial e, ao fazer isso, saber o que ele está entregando, ou seja, se ele está fornecendo ATR, qualidade de matéria-prima ou tonelada de cana. Segundo Torcato, atualmente uma cana certificada consegue gerar mais ou menos R$ 1,03 e se estiver dentro do programa RenovaBio esse valor pode responder até R$ 4,05 por tonelada de cana.
Mas quanto custa para o produtor formar um canavial? Conforme as informações passadas por Torcato, o preparo de solo fica em torno de R$1400/ha e envolve várias operações. A operação de plantio em soma de hectares – média de R$ 8.370, considerando toda a operação (hora trabalhada, trator, diesel e insumo). Já o trato de cana planta R$ 843.
“O valor padrão da Canaoeste para formar um canavial até o trato de cana plana hoje custaria em torno de R$ 10,600, isso pode variar de acordo com a região e a peculiaridade do produtor”. O profissional informou ainda que para o trato de cana soca - operação que vai do segundo corte para frente, o valor médio é em torno de R$ 4,423. “Hoje,91% do trato de cana soca são insumo, os outros 9% são diesel, implementos e outras operações. Precisamos criar estratégias de negócios que favoreçam a melhor tomada de decisão para impactar o nosso custo de produção para baixo e fazer o resultado econômico até mais efetivo”.
A análise da saúde do solo
A terceira live realizada na terça-feira (21), de junho, apresentou em detalhes a tecnologia BioAs, ou análise biológica do solo, que a Copercana disponibilizará aos seus cooperados através de uma parceria com a Embrapa.
Com a participação da responsável química do Laboratório de Solos, Vânia Junqueira; do engenheiro agrônomo da Unidade de Grãos, Gustavo Nogueira e da pesquisadora da Embrapa, Dra. Ieda de Carvalho Mendes; foram elucidados aspectos do novo serviço como a descoberta da memória do solo, o que representa monitorar sua saúde e o que fazer com as áreas doentes. Para maiores informações, é só entrar em contato com o laboratório pelo telefone: (16) 3946-4200
Grover na teoria e, principalmente, na prática
Lupérsio Garcia, Artur Pinheiro, Carlos Abel Madeira e Thiago Fornasiari fizeram um debate teórico e prático sobre a nova tecnologia herbicida lançada pela Syngenta
No fechar das cortinas do segundo dia de lives do 18º Agronegócios Copercana, a Syngenta preparou uma apresentação especial de seu lançamento, o herbicida Grover.
Com a participação do DTM da Syngenta, Lupérsio Garcia; de seus RTVs, Thiago Fornasiari e Artur Pinheiro, e o RTV da Copercana em Pitangueiras, Carlos Abel Madeira, na etapa inicial foram apresentadas as principais características do produto.
Num segundo momento, aconteceu um bate-papo entre os participantes cujo o tema predominante foi a experiência de Madeira com a tecnologia, a qual relatou ter indicado o uso em pós emergência tanto tardia (alta pressão das plantas daninhas), como no momento inicial (logo após a brotação). Conheça as novidades da tecnologia e todos os detalhes da experiência vivida pelo profissional da Copercana clicando na foto da live.
Perspectiva de mercado: foco em custos e suprimentos de insumos
Abrindo o ciclo de lives de quarta-feira (22) de junho, o diretor financeiro e administrativo da Copercana, Giovanni Bartoletti Rossanez, e o superintendente comercial da Copercana, Frederico Dalmaso, se uniram à gerente de relacionamento corporate Santander, Fernanda Linardi, à especialista em setor sucroalcooleiro na Mesa Commodities do Santander, Mariangela Grola e ao sócio-diretor da Agroconsult, Cléber Vieira, para falar de perspectiva de mercado com foco em custos e suprimentos de insumos.
Na ocasião, Mariangela falou sobre a volatilidade do mercado e as oportunidades e dividiu com os participantes um pouco do que está vendo sobre o mercado de açúcar e também sobre um novo produto que o Santander
está trazendo para o complexo sucroenergético, que é o “Hedge do ATR” para o produtor de cana. “Atualmente, dentro do Santander, temos na prateleira a possibilidade de fazer o hedge de ATR - é o hedge do fechamento do preço da safra, sempre atrelado 100% ao sistema Consecana. O produtor de cana tem mais uma ferramenta para se proteger contra as variações de preço. Se ele tiver o interesse de fazer proteção contra variações de preço, e dado que estamos vivendo um momento de preço de açúcar e etanol num patamar alto, conseguimos dar a esse produtor a fixação do preço, pois essa é uma ferramenta que pode dar previsibilidade de preço”, comentou Mariangela.
Já o sócio-diretor da Agroconsult destacou que não só cana, mas todas as commodities estão passando por um cenário muito semelhante de escassez, de receio, e toda vez que tem essa combinação isso eleva preço pois desequilibra o comportamento normal do mercado. “Quando se eleva preço, se estimula no mínimo a melhora de tecnologia mundo afora e isso também reflete nos custos. Não bastasse tudo isso, os custos têm sido afetados por outros problemas que têm acontecido desde 2020. No agronegócio faz tempo que não temos um ano igual ao outro, sempre tem algum evento inesperado relevante que afeta o equilíbrio do mercado”, disse Vieira.
Na oportunidade, o superintendente comercial da Copercana questionou sobre os riscos de algumas culturas, custo e problema de venda e Vieira disse que atualmente a cana-de-açúcar tem sofrido um pouco mais em relação a outras culturas, mas no que diz respeito à comercialização antecipada de açúcar isso mudou bastante, mas é preciso se preocupar com o custo de produção. Durante a conversa, o diretor financeiro e administrativo da Copercana quis saber um pouco sobre produção e expectativa para este ano e Vieira comentou que a perspectiva de produção da Agroconsult é um pouco mais otimista do que o mercado está trabalhando. “O mercado para açúcar tem apresentado números na ordem de 548 milhões para o Centro-Sul e trabalhamos com uma estimativa de 550/552 milhões. Mas não tem muita mudança no volume de açúcar e
etanol produzido porque o ATR vai ser menor este ano. Esperamos que o desempenho qualitativo seja melhor por todas as condições que estão colocadas e até um clima melhor. No caso do etanol temos que lembrar que tem a turma do milho em algumas regiões também e esperamos um crescimento importante da produção de etanol de milho este ano e não só de cana, o que faz com que do ponto de vista de produção tenhamos alguma recuperação, mas não tão grande.O resultado também da cana é mais uma questão de custo que estamos olhando do que de preços mesmo”.
Café com a Canaoeste
A segunda live do dia 22 trouxe o tradicional "Café com Canaoeste", mediado pelo gestor corporativo Almir Torcato e com a participação de toda a equipe da associação, sendo a engenheira agrônoma e gestora técnica, Alessandra Durigan; o gerente de soluções integradas, Thiago de Andrade Silva; o gerente de Geotecnologia, Fábio de Camargo Soldera; o gestor Jurídico e Ambiental, Juliano Bortoloti; a especialista de Processos Agrícolas, Maria Letícia Guindalini Melloni; o agrônomo, André Bosch Volpe; e o advogado Diego Rossaneis.
Por ser uma reunião dinâmica, cada um dos convidados teve a possibilidade de falar sobre suas áreas de atuação dentro da Canaoeste possibilitando que todos os serviços oferecidos pela associação fossem conhecidos. O formato trazido para o Agronegócios reuniu as principais dúvidas e assuntos discutidos nos encontros realizados junto aos produtores associados. "É um compilado de informações com todos os conteúdos em único bloco, congregando os assuntos em único café”, destaca Torcato que acrescenta "agradecemos ao convite e ficamos extremamente lisonjeados em fazer esse bate-bola com vocês".
Entre os temas, foram discutidas questões ambientais, jurídicas e de representatividade da associação junto aos associados; o posicionamento de safra e as ferramentas tecnológicas que melhoram a produção no campo; o prêmio de pureza e as novas oportunidades de renda através das certificações, destacando também o CBios; projeto pólo de mudas Canaoeste, Plano Integrado da Safra, entre outros.
Projeto Copercana para agricultura de precisão
Na tarde de quarta-feira (22), um projeto desenvolvido pela Copercana em parceria com a CMV Soluções Agrícolas foi apresentado aos participantes do ciclo de lives do 18º Agronegócios Copercana. O engenheiro agrônomo, Murilo Voltarelli, que participou de forma virtual, falou sobre o projeto “Copercana para Agricultura de Precisão”. A ferramenta visa fornecer aos cooperados a prestação de serviços dentro da área de agricultura de precisão e digital. Dentre os serviços estão a distribuição de calcário, gesso e fosfatos em taxa variada; monitoramento com drone e projetos de linha em plantio.
De acordo com Voltarelli será elaborado um grid de coleta de amostras a campo e gerado mapas de fertilidade do solo e recomendação da correção, bem como o monitoramento agrícola das culturas por drone. Ainda segundo o engenheiro agrônomo, a Copercana já tem o equipamento Phantom 4 com câmera multiespectral com base RTK, e o foco é a elaboração de mapas de NDVI, falhas de plantio de cana-de-açúcar e levantamento de plantas daninhas para também fazer aplicação direcionada.
“Temos convicção de que com esses serviços prestados pela Copercana vamos conseguir melhorar e muito a assertividade dessas operações agrícolas para os cooperados, fazendo com que fiquem dentro de padrões de qualidade e também melhorar a relação custo-benefício do que está sendo feito. Esse é o foco do nosso trabalho junto com a Copercana bem como personalizar todos os serviços a serem feitos. A personalização dos trabalhos dentro da agricultura de precisão é extremamente importante para o sucesso do cooperado e também da execução dos serviços”, afirmou Voltarelli.
O trabalho vem sendo desenvolvido em parceria com o engenheiro agrônomo da Copercana, Gustavo Nogueira, e demais agrônomos, com o apoio da diretoria da Copercana que está sempre focada em oferecer melhorias aos seus cooperados. “Esse projeto vem fechar uma cadeia. A Copercana tem um laboratório de solos acreditado com a certificação ISO 17025, temos os caminhões que fazem aplicações de calcário e gesso em taxa variada e até então não realizávamos a amostragem em solo. A partir de agora, no máximo até o começo de agosto, iniciaremos o processo também de coleta, elaboração dos mapas e os mapas de aplicações. Dessa forma, fecharemos essa cadeia”, destacou Nogueira.
O diesel multicampeão da Copercana
Fechando as lives do dia 22, foi a vez da Copercana lançar oficialmente o Diesel Copernitro, o combustível multicampeão. O diesel, testado em toda a frota de caminhões da cooperativa, passou por uma análise criteriosa de qualidade chegando a uma economia de até 5% no consumo médio.
Os números e vantagens do Copernitro foram divulgados na live que teve a participação do gerente de negócios da empresa Additiva, Nicolla Prior, e do gerente Copercana Distribuidora de Combustíveis, Wladimir Donizetti Prearo.
Durante a live, Wladmir Prearo explicou sobre o combustível Copernitro e como a Copercana teve acesso à tecnologia aditiva da Basf. De acordo com o gerente, o combustível da Copercana une o sinônimo de qualidade, garantia de produto e confiabilidade que a cooperativa possui com o padrão diferenciado e tecnologia empregada pela multinacional Basf.
Prearo fez questão de ressaltar o trabalho desenvolvido pela Distribuidora de Combustíveis da Copercana. Segundo o gerente, há uma década a Copercana desenvolve suas atividades no mercado. Antes, grande parte do combustível era destinado à demanda interna da cooperativa, como postos de combustíveis e frota. Já nos últimos três anos, a diretoria resolveu investir no atendimento da demanda externa.
Em seguida, Nicolla Prior explicou de forma técnica o Diesel Copernitro tendo em sua composição o aditivo Addipur. A empresa é parceria da Basf há mais de 15 anos, quando iniciou a distribuição de produtos químicos especiais. O profissional explicou a diferença entre os tipos de diesel vendidos no Brasil, e a vantagem em utilizar o Copernitro que favorece não somente uma economia de combustível, mas maior durabilidade nas peças que compõem o sistema de combustão do veículo movido a diesel.
Programas transformadores
O 18º Agronegócios Copercana também abordou questões sociais. A primeira live de quinta-feira (23) trouxe duas instituições importantes - a Casa das Mangueiras, de Ribeirão Preto, e a ADOT – Associação de Assistência e Proteção do Adolescente Trabalhador, de Sertãozinho, para falar sobre “Preparação de jovens para o mercado de trabalho”. A live contou com a participação da presidente da Casa das Mangueiras, Vanessa Ortolan, da vice-presidente da Casa das Mangueiras, Amaranta Marques Sarti Torcato, e da psicóloga da ADOT, Cibeli Diana Merlin Prado.
A Casa das Mangueiras é uma instituição com 49 anos de existência e desenvolve trabalhos com crianças e jovens de 6 a 15 anos, em vulnerabilidade, que são atendidos no contraturno escolar com o propósito de desenvolver habilidades e competências para assegurar a autonomia e transformar não apenas a vida deles, mas da família e da comunidade onde estão inseridos. Na Casa, recebem duas refeições e participam de oficinas.
Em 2022 a Instituição criou um programa para ‘abraçar’ os educandos de 15 a 21 anos que passaram a ter a possibilidade de participar de um projeto para prepará-los para o mercado de trabalho. “Tínhamos algumas inquietações em relação ao que fazer com os educandos após os 15 anos e através de parcerias conseguimos desenvolver o programa ‘Preparação de jovens para o mundo do trabalho no Agronegócio Regional’ e assim
trabalhar com eles dois módulos: habilidades e competências pessoais e apresentação do setor do agronegócio”, comentou a presidente da Casa das Mangueiras, que na oportunidade pediu o apoio das empresas do agro para o que os jovens possam conhecer melhor o dia a dia no trabalho.
A psicóloga Cibele, representando a ADOT, falou sobre o trabalho desenvolvido na instituição junto às empresas da cidade de Sertãozinho. De acordo com a profissional, a ADOT foi criada em 1992 por iniciativa da sociedade civil como proposta de trabalho e objetivo, desde então, sempre foi a formação profissional de adolescentes com faixa etária de 15 a 21 anos em situação de vulnerabilidade.
“Temos parcerias com empresas de Sertãozinho, o que nos possibilita trabalhar os adolescentes que posteriormente possam ser inseridos no mercado de trabalho por essas empresas. Nossa preocupação é a formação profissional para o mercado de trabalho e temos como propósito desenvolver atividades teóricas e práticas. Capacitamos esses adolescentes através das aulas teóricas e as empresas parceiras possibilitam a parte prática do trabalho enquanto jovem aprendiz”, comentou Cibele.
Na ocasião, as representantes das instituições ponderaram sobre a importância dos programas de preparação dos jovens assistidos para o mercado do trabalho e também sobre a importância de as empresas estarem de portas abertas para recebê-los.
Cooperativismo: o modelo socioeconômico do futuro
A segunda palestra do dia discutiu a importância do cooperativismo. O convidado foi o conferencista internacional, professor e autor José Luiz Tejon, sob a mediação do diretor de Negócios da Sicoob Cocred, Gabriel Jorge Pascon.
Na primeira parte da conversa, Pascon trouxe informações sobre a atualização dos sistemas cooperativistas, evolução e números do Sicoob em relação a outros bancos brasileiros. O diretor mostrou um ranking da evolução de ativos totais da Cocred, detalhando os números positivos em depósitos totais, patrimônio líquido e operações de crédito. Pascon destacou a evolução do Sicoob Cocred, os números dos últimos cinco anos, o patrimônio líquido, quadro social e as sobras brutas do banco. Também foram apresentados detalhes de cada um dos serviços prestados pela Cocred como, por exemplo, crédito rural, cartão de crédito, consórcios, seguros de vida, adquirência, cobrança bancária, crédito consignado e poupança.
Jorge Pascon explicou também sobre o ganho social do cooperado. Para isso usou como exemplo a diferença entre um banco comum, onde existem juros altos, tarifas abusivas, custos, taxas e dificuldade de atendimento, sendo que o cliente é tratado como um número e não como dono do banco. Já no sistema cooperativista, Pascon ressaltou que o cooperado não é um cliente, e sim o dono. As vantagens são taxas e tarifas justas, atendimento humanizado, produtos personalizados, alocação de recursos na própria região, o que favorece desenvolvimento, renda, consumo, arrecadação de impostos e faturamento das empresas.
Em seguida, Pascon convidou o professor Tejon para debater o tema cooperativismo. Tejon traçou uma linha de raciocínio observando a importância da cooperação e destacando como o ato de cooperar é fundamental para o desenvolvimento de riqueza em uma sociedade.
Mudas sadias, essenciais para o sucesso da atividade no campo
Dando continuidade às lives, na quinta-feira (23) de junho, a engenheira agrônoma e pesquisadora, dra. Silvana Creste, se juntou ao engenheiro agrônomo da Copercana, Gustavo Nogueira, e ao assistente técnico responsável pelo viveiro de mudas da Copercana, Amauri Ap. Costa, para falar sobre “Mudas sadias de cana-de-açúcar: uma decisão estratégica para canaviais de alta produtividade”, e dividir um pouco da sua experiência como pesquisa e como tecnologia com os trabalhos que vêm conduzindo no Centro de Cana.
De acordo com a pesquisadora, uma vez lançada uma variedade, diferente de outras culturas, ela será plantada uma vez, porém terá ciclos sucessivos de colheita que podem variar de cinco a oito anos. A vantagem é que ela permite a clonagem do material original e isso traz velocidade na propagação e permite também escalar uma produção de mudas. “A propagação vegetativa é um processo de clonagem e, ao longo desse processo, ela determina a transmissão de doenças sistêmicas que são transmitidas pelas mudas. Então sempre falo, se a mãe é doente, todos os filhos vão ser também”.
Dentre as principais doenças em cana-de-açúcar, Silvana destacou o Mosaico, que segundo ela tornou-se uma das doenças mais importantes de cana-de-açúcar no mundo, devido à impossibilidade de recuperação de plantas infectadas pelas perdas na produtividade quando uma variedade é suscetível; o Amarelinho foliar. Chamou a atenção para uma doença silenciosa que é a Escaldadura das folhas e também citou o Raquitismo da soqueira como a doença mais disseminada pelos canaviais do mundo todo. “Devido ao fato dela não possuir um sintoma específico, muitas vezes é negligenciada ou interpretada como deficiência nutricional e pode causar grandes perdas na produção e longevidade do canavial se infectar um material que seja suscetível”.
Na ocasião, a pesquisadora trouxe um panorama da incidência de raquitismo da soqueira e da escaldadura das folhas nos canaviais do Brasil. Segundo ela, em 2021 – 42% das amostras que chegaram no Centro de Cana, na unidade laboratorial de referência, apresentaram contaminação com o raquitismo da soqueira, enquanto que 24% apresentaram contaminação com escaldadura das folhas. “Quando consideramos a incidência de raquitismo e de escaldadura acima do limite de 5% que é avaliado como tolerável para uso, vimos que em 2021, 22% das amostras que chegaram estavam acima dos limites recomendados como uso para muda - isso para raquitismo, e 8% para escaldadura”.
Um conceito registrado com o nome de “Invicta muda indexada” foi apresentado pela pesquisadora. Trata-se de uma tecnologia de micropropagação de cana fundamentada na limpeza clonal e na pureza genética, com conceito de valor de semente de cana. “A proposta do Invicta é que ele tenha valor e potencial para produção de material de propagação e deve ser utilizado como base para o fornecimento de material propagativo para os viveiros de multiplicação como os MPBs e todas as outras formas de propagação que temos de material de cana-de-açúcar”.
Através dessa tecnologia apresentada, com um único meristema é possível produzir até 500 mil mudas em nove meses; a produtividade tem sido considerada de três dígitos; e a longevidade do canavial tem sido projetada para pelo menos mais um ciclo.
Os profissionais da Copercana Gustavo Nogueira e Amauri Costa apresentaram na oportunidade o viveiro de mudas da Copercana que fica na Fazenda Santa Rita, sediado na cidade de Terra Roxa, e ressaltaram toda a estrutura do local onde são produzidas as mudas e falaram também sobre os principais materiais e cultivo atualmente na fazenda Santa Rita – o que tem de melhor do IAC, da Ridesa, do CTC.
Novidades da Adama
Fechando a noite, a Adama apresentou sua linha de produtos para o manejo da cana-de-açúcar, através da live "Novos tempos, novas soluções. O melhor portfólio ainda mais completo!" da Adama.
A primeira etapa da live foi apresentada pelo agrônomo de desenvolvimento de mercado, Fábio Carvalho. Ele trouxe informações sobre a linha de lançamentos da marca que oferece anualmente novas tecnologias no manejo da lavoura de cana-de-açúcar.
De acordo com Fábio Carvalho, a Adama se preparou e está presente no campo com condições de fazer um posicionamento adequado e responsável dos produtos que são lançados pela empresa. O agrônomo apresentou cada um dos produtos da empresa para o manejo de pragas, entre eles, o Legado, o Rimon e o Galil; para o manejo de doenças, o Azimut e a plataforma de biossoluçoes que já possuía o ExpertGrow, agora tem como lançamento em 2022, o Protege, produto biológico que chega ao mercado no meio do ano e tem em sua formulação três bacillus (amyloliquefaciens, velezensis e thuningiensis). Cada um dos bacilos oferece um tipo de barreira, sendo, a protetora e bioestimulante, a de fungicida, nematicida e também a de nematicida rápida (produção de toxinas nematicidas e secreção de quintases).
Outro produto apresentado durante a live foi o Arreio – solução de excelência no controle em pós-emergência de folhas largas, nascido em 2021 e que agora faz parte do Programa BomDeCana no manejo de plantas daninhas.
Já para este ano, na linha de herbicidas, a Adama traz como novidade o Jumbo, produto que nasce com a proposta de ser utilizado durante o ano inteiro em cana planta, soca úmida e também em soca seca. Entre os benefícios, de acordo com Fábio Carvalho, estão que o produto pode ser usado como seletividade para a cana-de-açúcar com amplo controle.
Em seguida, finalizando a live, o consultor Edson Baldan Júnior trouxe os dados técnicos e números dos testes feitos com os dois produtos, Arreio e Jumbo lançados pela Adama. Baldan também destacou a importância do uso das novas tecnologias como o drone na aplicação dos produtos facilitando ainda mais o trabalho de manejo na lavoura.
FMC apresenta novo herbicida
Finalizando a semana dedicada aos encontros virtuais, nesta sexta-feira, dia 24, o décimo oitavo Agronegócios Copercana apresentou a última live com o tema “O original ainda mais completo”, com realização da FMC.
A palestra foi ministrada pelo gerente de Marketing Regional Cana & Especialidades FMC, Maurício Oliveira e teve a participação ao vivo do gerente Comercial da FMC, José Marossi e do gerente comercial Paulo Humberto Maestre.
Na abertura, Marossi fez questão de agradecer a oportunidade de participar de mais uma edição do Agronegócios e destacou a parceria que a FMC tem com a Copercana. Na oportunidade, convidou os produtores para que pudessem visitar presencialmente, na próxima semana, o estande da FMC para conhecer outros produtos da marca e também fechar negócios.
Em seguida, Maurício Oliveira apresentou o Boral Full, herbicida da FMC que tem foco no controle das plantas daninhas presentes no canavial. Em sua apresentação, Oliveira destacou quatro pontos importantes que um herbicida deve ter como amplo espectro, seletividade, versatilidade e formulação. Esses mesmos atributos podem ser encontrados no Boral Full, o que faz com que o produto seja eficiente.
Na live, Mauricio Oliveira ressaltou a linha de produtos da FMC, que são conhecidos por suas formulações e diferenciais, entre eles, o Stone e o Reator. Oliveira cita ainda a experiência da FMC em fazer as melhores formulações em seus produtos obtendo os melhores resultados. Para tanto, apresentou dados sobre a seletividade do Boral Full em comparação com outros que existem no mercado. Outra informação foi o amplo espectro, de acordo com Oliveira, o Boral Full tem ampla vantagem nesse aspecto, oferecendo controle em várias plantas daninhas tanto de folhas estreitas como de folhas largas.
Outro ponto a destacar do novo produto, é a sua versatilidade, podendo o Boral Full ser usado no plantio, quebra-lombo ou soqueira.