Copersucar vê preferência de usineiros brasileiros pelo açúcar

14/02/2017 Açúcar POR: Bloomberg, 13/2/17
A alta dos preços do açúcar incentivará os usineiros brasileiros a transformarem mais cana em açúcar, o que significa que a produção da principal região de cultivo do país poderá subir neste ano, mesmo com uma safra de cana menor, segundo a Copersucar.
As usinas do Centro-Sul do país produzirão um total recorde de 36 milhões de toneladas de açúcar na safra que começa em abril na região, disse Paulo Roberto de Souza, presidente da empresa com sede em São Paulo, que tem 35 usinas associadas. A produção aumentará em relação às 35 milhões de toneladas de 2016-2017, mesmo com a queda de 1,7 por cento na quantidade de cana processada, disse ele em entrevista na Dubai Sugar Conference.
Os futuros do açúcar negociados em Nova York subiram 28 por cento no ano passado, maior ganho desde 2009. Os preços subiram mais 4,7 por cento neste ano com a expectativa de que a Índia, a segunda maior produtora do mundo, terá que importar açúcar depois que uma seca provocada pelo fenômeno El Niño reduziu sua safra. Com os preços maiores, as usinas destinarão 47,5 por cento da cana à produção de etanol, estima a Copersucar. A fatia contrasta com a de 46,6 por cento registrada até esta altura da safra 2016-2017, segundo dados da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica).
"Se tivermos o mesmo clima de janeiro em fevereiro e março, poderemos atingir essa safra", disse Souza, no domingo, fazendo referência a uma boa chuva. "Mas o risco cai para o lado negativo porque a cana é mais antiga, pouco cuidada e tem taxas de renovação baixas. É por isso que precisamos ter clima bom."
As usinas provavelmente processarão 590 milhões de toneladas de cana neste ano, contra 600 milhões de toneladas um ano antes, segundo a Copersucar, que é dona da Alvean, a maior trader de açúcar do mundo, em sociedade com a Cargill. O clima de fevereiro não tem sido tão bom quanto o do mês anterior e se a situação não melhorar em março, a safra de cana pode acabar sendo muito menor e cair para as 560 milhões de toneladas que algumas pessoas já estão projetando, disse Souza.
Colheita atrasada
A colheita da safra deste ano começará uma ou duas semanas mais tarde que o normal porque não haverá cana sobrando da safra atual para ser processada, disse Souza. A falta de cana nos campos indica que o montante médio de açúcares na safra deste ano aumentará de 133,7 quilos por tonelada em 2016-2017 para 135 quilos. As usinas também vão atrasar a colheita para permitir que a cana cresça mais. Apesar de as chuvas de janeiro terem sido benéficas, as plantas não receberam luz solar suficiente para se desenvolverem rapidamente.
O Brasil consegue produzir mais porque as usinas investiram para aumentar a capacidade de cristalização em cerca de 1,5 milhão de toneladas, estimou Souza. A infraestrutura está à disposição, mas não será usada em sua totalidade porque alguns grupos que realizaram melhorias podem não ter acesso à cana.
A alta dos preços do açúcar incentivará os usineiros brasileiros a transformarem mais cana em açúcar, o que significa que a produção da principal região de cultivo do país poderá subir neste ano, mesmo com uma safra de cana menor, segundo a Copersucar.
As usinas do Centro-Sul do país produzirão um total recorde de 36 milhões de toneladas de açúcar na safra que começa em abril na região, disse Paulo Roberto de Souza, presidente da empresa com sede em São Paulo, que tem 35 usinas associadas. A produção aumentará em relação às 35 milhões de toneladas de 2016-2017, mesmo com a queda de 1,7 por cento na quantidade de cana processada, disse ele em entrevista na Dubai Sugar Conference.
Os futuros do açúcar negociados em Nova York subiram 28 por cento no ano passado, maior ganho desde 2009. Os preços subiram mais 4,7 por cento neste ano com a expectativa de que a Índia, a segunda maior produtora do mundo, terá que importar açúcar depois que uma seca provocada pelo fenômeno El Niño reduziu sua safra. Com os preços maiores, as usinas destinarão 47,5 por cento da cana à produção de etanol, estima a Copersucar. A fatia contrasta com a de 46,6 por cento registrada até esta altura da safra 2016-2017, segundo dados da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica).
"Se tivermos o mesmo clima de janeiro em fevereiro e março, poderemos atingir essa safra", disse Souza, no domingo, fazendo referência a uma boa chuva. "Mas o risco cai para o lado negativo porque a cana é mais antiga, pouco cuidada e tem taxas de renovação baixas. É por isso que precisamos ter clima bom."
As usinas provavelmente processarão 590 milhões de toneladas de cana neste ano, contra 600 milhões de toneladas um ano antes, segundo a Copersucar, que é dona da Alvean, a maior trader de açúcar do mundo, em sociedade com a Cargill. O clima de fevereiro não tem sido tão bom quanto o do mês anterior e se a situação não melhorar em março, a safra de cana pode acabar sendo muito menor e cair para as 560 milhões de toneladas que algumas pessoas já estão projetando, disse Souza.
Colheita atrasada
A colheita da safra deste ano começará uma ou duas semanas mais tarde que o normal porque não haverá cana sobrando da safra atual para ser processada, disse Souza. A falta de cana nos campos indica que o montante médio de açúcares na safra deste ano aumentará de 133,7 quilos por tonelada em 2016-2017 para 135 quilos. As usinas também vão atrasar a colheita para permitir que a cana cresça mais. Apesar de as chuvas de janeiro terem sido benéficas, as plantas não receberam luz solar suficiente para se desenvolverem rapidamente.
O Brasil consegue produzir mais porque as usinas investiram para aumentar a capacidade de cristalização em cerca de 1,5 milhão de toneladas, estimou Souza. A infraestrutura está à disposição, mas não será usada em sua totalidade porque alguns grupos que realizaram melhorias podem não ter acesso à cana.