Cosan entra no mercado da Espanha

06/05/2016 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
Negócio aparentemente com menor visibilidade no grupo Cosan, em relação a açúcar, etanol e infraestrutura, a produção e distribuição de lubrificantes automotivos e industriais quer replicar na Espanha, onde acaba de fincar bases, o desempenho que obteve no Brasil, Uruguai e Paraguai. O negócio foi concebido em 2008, com a aquisição dos ativos da ExxonMobil no Brasil.
A Cosan Lubricantes, vice­líder no mercado brasileiro, já é dona de uma receita líquida de R$ 1,75 bilhão, obtida no ano passado. Estreia na Europa com a marca
Mobil, com licença concedia pela Exxon. Começa com uma fatia pequena, de 1%, mas em um mercado com margens de venda bem mais robustas que as do Brasil e de outros países, disse ao Valor o presidente da empresa, Ricardo Mussa.
A empresa já tinha presença na Europa, desde 2012, com a compra da marca Comma, fabricante de lubrificantes que são distribuídos nos continentes europeu e asiático. Essa unidade tem uma fábrica em Kent, na Inglaterra, além de operações na Irlanda.
No Brasil, a Cosan Lubrificantes, com a Mobil, fechou o primeiro trimestre com 17,7%% de participação, segundo dados do Sindicom, entidade que reúne as distribuidoras de combustíveis. Em 2010, sua fatia era de 11,5%.
A líder brasileira é a dona do Lubrax, a BR Distribuidora (Petrobras), com 25,3%, conforme o Sindicom. A Cosan disputa mercado ainda com a Ipiranga (grupo Ultra), (15,5%), seguida um pouco mais longe por Texaco (10%), Petronas (9,8%) e Shell (8,6%). As seis empresas dominam 87% das vendas no país.
O foco da Cosan, com a Mobil, é o segmento de lubrificante sintético, óleo considerado premium, com margem de rentabilidade equivalente a quatro vezes à do óleo mineral, ressalta o executivo. "Fomos a única marca premium que cresceu no Brasil nos últimos cinco anos", assegura Mussa.
As aplicações de lubrificantes vão de aviação, carros, motos, caminhões a máquinas industriais, navios e outras embarcações marinhas. São três tipos de óleos: mineral, semi­sintético e sintético.
Segundo Mussa, a grande aposta da empresa é na migração de tipos de produtos ­ no Brasil, a maior parte ainda é o mineral. Apenas 6% são sintéticos e 10% semisintético.
"Isso está mudando com maior uso de produtos premium nos veículos que saem de fábrica", afirma o executivo, formado engenheiro de produção e que está no grupo Cosan desde 2007.
Ele informa que, dos novos veículos, 58% já saem de fábrica com lubrificante sintético (ante 20% da frota atual). Com semi­sintético, 37%. Já com aplicação do mineral, 5%, contra 54% da frota.
Apesar da queda de 6% do mercado nacional em 2015, a Cosan informa que cresceu 2,5% em relação a igual trimestre do ano passado. "O Mobil está presente em 45% dos carros que saem de fábrica no Brasil, 39% dos caminhões e 84% das motos (semi­sintético)", assegura o executivo.
O investimento na Espanha, sem custo de licenciamento da marca, será em armazéns, estoque e capital de giro. Baseada em Madri, receberá produto local e de outros países, como França. "Foi nosso trabalho, que revigorou a marca Mobil e ampliou sua participação de mercado no Brasil, que levou a Exxon a nos conceder o uso na Espanha", afirma.
Na nova operação, Mussa conta neste início, com um staff de pouco mais de 30 pessoas, sendo seis brasileiros. "Nosso plano é elevar nossa participação na Espanha, solidificar o negócio e só depois mirar outras oportunidades na Europa, onde os mercados são maduros, mas as margens são bem maiores", disse o executivo.
O mercado espanhol de lubrificantes representa um terço do tamanho do brasileiro, que está entre os cinco maiores mundiais.
No Brasil, a Cosan tem unidade fabril na Ilha do Governador (RJ), montada pela Standard Oil em 1894. Com a vantagem logística de ser um grande importador de óleos básicos. Atualmente, a empresa tem capacidade para 2 milhões de barris/ano de lubrificantes e outros produtos químicos. Ao todo, empresa 600 funcionários.
Negócio aparentemente com menor visibilidade no grupo Cosan, em relação a açúcar, etanol e infraestrutura, a produção e distribuição de lubrificantes automotivos e industriais quer replicar na Espanha, onde acaba de fincar bases, o desempenho que obteve no Brasil, Uruguai e Paraguai. O negócio foi concebido em 2008, com a aquisição dos ativos da ExxonMobil no Brasil.

 
A Cosan Lubricantes, vice­líder no mercado brasileiro, já é dona de uma receita líquida de R$ 1,75 bilhão, obtida no ano passado. Estreia na Europa com a marca
Mobil, com licença concedia pela Exxon. Começa com uma fatia pequena, de 1%, mas em um mercado com margens de venda bem mais robustas que as do Brasil e de outros países, disse ao Valor o presidente da empresa, Ricardo Mussa.

 
A empresa já tinha presença na Europa, desde 2012, com a compra da marca Comma, fabricante de lubrificantes que são distribuídos nos continentes europeu e asiático. Essa unidade tem uma fábrica em Kent, na Inglaterra, além de operações na Irlanda.

 
No Brasil, a Cosan Lubrificantes, com a Mobil, fechou o primeiro trimestre com 17,7%% de participação, segundo dados do Sindicom, entidade que reúne as distribuidoras de combustíveis. Em 2010, sua fatia era de 11,5%.

 
A líder brasileira é a dona do Lubrax, a BR Distribuidora (Petrobras), com 25,3%, conforme o Sindicom. A Cosan disputa mercado ainda com a Ipiranga (grupo Ultra), (15,5%), seguida um pouco mais longe por Texaco (10%), Petronas (9,8%) e Shell (8,6%). As seis empresas dominam 87% das vendas no país.

 
O foco da Cosan, com a Mobil, é o segmento de lubrificante sintético, óleo considerado premium, com margem de rentabilidade equivalente a quatro vezes à do óleo mineral, ressalta o executivo. "Fomos a única marca premium que cresceu no Brasil nos últimos cinco anos", assegura Mussa.

 
As aplicações de lubrificantes vão de aviação, carros, motos, caminhões a máquinas industriais, navios e outras embarcações marinhas. São três tipos de óleos: mineral, semi­sintético e sintético.

 
Segundo Mussa, a grande aposta da empresa é na migração de tipos de produtos ­ no Brasil, a maior parte ainda é o mineral. Apenas 6% são sintéticos e 10% semisintético.

 
"Isso está mudando com maior uso de produtos premium nos veículos que saem de fábrica", afirma o executivo, formado engenheiro de produção e que está no grupo Cosan desde 2007.

 
Ele informa que, dos novos veículos, 58% já saem de fábrica com lubrificante sintético (ante 20% da frota atual). Com semi­sintético, 37%. Já com aplicação do mineral, 5%, contra 54% da frota.

 
Apesar da queda de 6% do mercado nacional em 2015, a Cosan informa que cresceu 2,5% em relação a igual trimestre do ano passado. "O Mobil está presente em 45% dos carros que saem de fábrica no Brasil, 39% dos caminhões e 84% das motos (semi­sintético)", assegura o executivo.

 
O investimento na Espanha, sem custo de licenciamento da marca, será em armazéns, estoque e capital de giro. Baseada em Madri, receberá produto local e de outros países, como França. "Foi nosso trabalho, que revigorou a marca Mobil e ampliou sua participação de mercado no Brasil, que levou a Exxon a nos conceder o uso na Espanha", afirma.

 
Na nova operação, Mussa conta neste início, com um staff de pouco mais de 30 pessoas, sendo seis brasileiros. "Nosso plano é elevar nossa participação na Espanha, solidificar o negócio e só depois mirar outras oportunidades na Europa, onde os mercados são maduros, mas as margens são bem maiores", disse o executivo.

 
O mercado espanhol de lubrificantes representa um terço do tamanho do brasileiro, que está entre os cinco maiores mundiais.

 
No Brasil, a Cosan tem unidade fabril na Ilha do Governador (RJ), montada pela Standard Oil em 1894. Com a vantagem logística de ser um grande importador de óleos básicos. Atualmente, a empresa tem capacidade para 2 milhões de barris/ano de lubrificantes e outros produtos químicos. Ao todo, empresa 600 funcionários.