Cotação do açúcar em Nova York atinge a maior baixa dos últimos seis anos

05/08/2015 Açúcar POR: Agência Estado
A apreciação do dólar ante o real voltou a pressionar os futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ontem (3), as cotações não só testaram o suporte de 11,10 cents por libra-peso, o que era esperado pelo mercado, como também o romperam, terminando abaixo de 11 cents/lb pela primeira vez desde 2009.
A avaliação é de que o cenário é baixista e que câmbio continuará ditando o rumo dos preços, mas uma correção técnica não está descartada para a sessão de hoje após as significativas perdas desta segunda-feira.
Os motivos que impulsionam a moeda norte-americana continuam os mesmos: ambiente político interno conturbado e perspectivas pouco animadoras para a economia brasileira. Ontem, a divisa avançou 1,00%, para R$ 3,4510. Em relatório, o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, comentou que o dólar respondeu por 60% da desvalorização do açúcar observada nas últimas 20 sessões.
Paralelamente, começam a perder força os temores relacionados ao El Niño, fenômeno climático que acarreta em maior volume de chuvas no Centro-Sul, principal região produtora do País.
"O tempo seco no Centro-Sul e a perspectiva de cinco milhões de toneladas sendo colocadas no mercado por mês durante o período da colheita da cana-de-açúcar, combinados à desvalorização do real, não dão chance para um rali de preços", afirmou o analista Robin Shaw, da Marex Spectron, à Dow Jones Newswires.
No início da safra 2015/16, a especulação era de o que El Niño pudesse prejudicar a colheita de cana justamente durante o pico de safra, o que ainda não ocorreu. Em boletim, a Climatempo, por exemplo, mantém sua previsão de tempo aberto no Centro-Sul durante toda primeira quinzena de agosto.
Graficamente, a movimentação de ontem fez com que os futuros passassem a ter suporte inicial nos 10,84 cents/lb, justamente a mínima desta segunda-feira. Abaixo disso aparecem os psicológicos 10,50 cents/lb.
Outubro caiu 25 pontos (2,24%) e fechou ontem em 10,89 cents/lb, com máxima no dia de 11,19 cents/lb (mais 5 pontos) e mínima de 10,84 cents/lb (menos 30 pontos). Março cedeu 22 pontos (1,77%) e encerrou em 12,18 cents/lb. O spread outubro/março variou de 126 para 129 pontos de prêmio para o segundo contrato da tela.
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a segunda-feira em R$ 47,13/saca, baixa de 0,46% ante sexta. Em dólar, o índice ficou em US$ 13,66/saca (-1,44%). 
A apreciação do dólar ante o real voltou a pressionar os futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ontem (3), as cotações não só testaram o suporte de 11,10 cents por libra-peso, o que era esperado pelo mercado, como também o romperam, terminando abaixo de 11 cents/lb pela primeira vez desde 2009.
A avaliação é de que o cenário é baixista e que câmbio continuará ditando o rumo dos preços, mas uma correção técnica não está descartada para a sessão de hoje após as significativas perdas desta segunda-feira.
Os motivos que impulsionam a moeda norte-americana continuam os mesmos: ambiente político interno conturbado e perspectivas pouco animadoras para a economia brasileira. Ontem, a divisa avançou 1,00%, para R$ 3,4510. Em relatório, o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, comentou que o dólar respondeu por 60% da desvalorização do açúcar observada nas últimas 20 sessões.
Paralelamente, começam a perder força os temores relacionados ao El Niño, fenômeno climático que acarreta em maior volume de chuvas no Centro-Sul, principal região produtora do País.
"O tempo seco no Centro-Sul e a perspectiva de cinco milhões de toneladas sendo colocadas no mercado por mês durante o período da colheita da cana-de-açúcar, combinados à desvalorização do real, não dão chance para um rali de preços", afirmou o analista Robin Shaw, da Marex Spectron, à Dow Jones Newswires.
No início da safra 2015/16, a especulação era de o que El Niño pudesse prejudicar a colheita de cana justamente durante o pico de safra, o que ainda não ocorreu. Em boletim, a Climatempo, por exemplo, mantém sua previsão de tempo aberto no Centro-Sul durante toda primeira quinzena de agosto.
Graficamente, a movimentação de ontem fez com que os futuros passassem a ter suporte inicial nos 10,84 cents/lb, justamente a mínima desta segunda-feira. Abaixo disso aparecem os psicológicos 10,50 cents/lb.

Outubro caiu 25 pontos (2,24%) e fechou ontem em 10,89 cents/lb, com máxima no dia de 11,19 cents/lb (mais 5 pontos) e mínima de 10,84 cents/lb (menos 30 pontos). Março cedeu 22 pontos (1,77%) e encerrou em 12,18 cents/lb. O spread outubro/março variou de 126 para 129 pontos de prêmio para o segundo contrato da tela.

 
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a segunda-feira em R$ 47,13/saca, baixa de 0,46% ante sexta. Em dólar, o índice ficou em US$ 13,66/saca (-1,44%).