O endividamento do setor sucroalcooleiro atingiu R$ 42,42 bilhões na safra 2013/2014, encerrada em março, alta de 8% sobre a dívida de R$ 39,26 bilhões da safra anterior, de acordo com avaliação preliminar do diretor comercial para açúcar e etanol do Itaú BBA, Alexandre Enrico Figliolino. No entanto, com o aumento da produção, a dívida por tonelada de cana processada recuou de R$ 104 para R$ 99, informou o executivo, a partir de uma avaliação preliminar no setor feito com dados de 65 grupos, capazes de processar 429 milhões de toneladas por safra, ou 72% da moagem do Centro-Sul do País.
Segundo o diretor do Itaú BBA, o crescimento muito superior do endividamento do setor ante o aumento da produção é preocupante. 'Desde 2003 o endividamento cresceu 19 vezes e a produção pouco mais que dobrou', afirmou. Na avaliação de Figliolino, entre os grupos avaliados, apenas 12 possuem uma situação considerada boa atualmente, com operação ajustada a baixa alavancagem. Outros 35 estão em situações medianas e 18 possuem 'operação muito ruim e uma alavancagem alta', segundo ele.
Para a safra 2014/2015, o cenário é desanimador para o setor, na avaliação de Figliolino. Os custos devem crescer 13%, com salários mais altos, quebra na safra, sem perspectivas de mudança na política de preços dos combustíveis antes das eleições. 'Um terço do setor está indo pro brejo em dois ou três anos, ou seja, são 200 milhões de toneladas de cana, ou duas Tailândia', afirmou. 'Além da dívida desse terço só crescer, as usinas têm canaviais deteriorados e possuem problemas de pagamento dos fornecedores', completou.
Curiosamente, segundo o executivo, o cenário de crise pode fazer com que haja uma retomada nos negócios de fusões e aquisições de usinas no Brasil, após apenas quatro operações nos últimos dois anos. 'Acho que estamos em um ponto de inflexão da curva e talvez este ano possamos ter anúncios de algumas transações do setor', concluiu.
O endividamento do setor sucroalcooleiro atingiu R$ 42,42 bilhões na safra 2013/2014, encerrada em março, alta de 8% sobre a dívida de R$ 39,26 bilhões da safra anterior, de acordo com avaliação preliminar do diretor comercial para açúcar e etanol do Itaú BBA, Alexandre Enrico Figliolino. No entanto, com o aumento da produção, a dívida por tonelada de cana processada recuou de R$ 104 para R$ 99, informou o executivo, a partir de uma avaliação preliminar no setor feito com dados de 65 grupos, capazes de processar 429 milhões de toneladas por safra, ou 72% da moagem do Centro-Sul do País.
Segundo o diretor do Itaú BBA, o crescimento muito superior do endividamento do setor ante o aumento da produção é preocupante. 'Desde 2003 o endividamento cresceu 19 vezes e a produção pouco mais que dobrou', afirmou. Na avaliação de Figliolino, entre os grupos avaliados, apenas 12 possuem uma situação considerada boa atualmente, com operação ajustada a baixa alavancagem. Outros 35 estão em situações medianas e 18 possuem 'operação muito ruim e uma alavancagem alta', segundo ele.
Para a safra 2014/2015, o cenário é desanimador para o setor, na avaliação de Figliolino. Os custos devem crescer 13%, com salários mais altos, quebra na safra, sem perspectivas de mudança na política de preços dos combustíveis antes das eleições. 'Um terço do setor está indo pro brejo em dois ou três anos, ou seja, são 200 milhões de toneladas de cana, ou duas Tailândia', afirmou. 'Além da dívida desse terço só crescer, as usinas têm canaviais deteriorados e possuem problemas de pagamento dos fornecedores', completou.
Curiosamente, segundo o executivo, o cenário de crise pode fazer com que haja uma retomada nos negócios de fusões e aquisições de usinas no Brasil, após apenas quatro operações nos últimos dois anos. 'Acho que estamos em um ponto de inflexão da curva e talvez este ano possamos ter anúncios de algumas transações do setor', concluiu.