Tirando a hidráulica, as fontes renováveis empatam com as ditas “perigosas”
Ao dividir num gráfico pizza as fontes de geração de energia brasileira em 2018, considerando três grandes grupos (hidráulicas, renováveis e perigosas, a base de combustíveis fósseis e nuclear) surge um amplo predomínio da água (63%), enquanto que as duas restantes aparecem praticamente empatadas com cerca de 18% cada.
A informação foi transmitida pelo representante da América Energia, Andrew Frank Storfer, numa palestra intitulada “Cenários do Setor Elétrico Brasileiro” proferida durante evento sobre o tema realizado pela Unica, no dia 13 de dezembro.
Dentro da participação dos renováveis (18,1% do sistema) o mais importante, com uma fatia de 8,4% do montante nacional, são as termoelétricas movidas a bagaço de cana, lenha e licor negro (subproduto do processo de produção de celulose).
Em segundo lugar, e mantendo uma interessante evolução, surge o vento, isso mesmo, a fonte eólica respondeu em 2018 por 7,2% do total brasileiro. Em terceiro, com 2,5%, aparece um mix, onde se destaca a solar, ocupando quase metade desse pedaço.
No grupo dos “sujos e perigosos”, a principal fonte é o gás natural com 11,2% (a segunda mais importante fonte de energia brasileira depois do curso dos rios). Bem abaixo e quase que num empate técnico aparece o carvão (2,8%), a nuclear (2,7%) e os derivados de petróleo (óleo diesel e combustível) com 2,2%.
Perante esse cenário e se baseando por tendências é certo que o gráfico de 2019 provavelmente mostrará um crescimento na fatia dos renováveis, por aumento significativo da energia solar e a médio prazo espera-se um crescimento importante vindo do biogás, contudo não dá para cravar quem vai ceder espaço, as hidrelétricas ou o núcleo que embora não seja desejado, ainda é necessário para manter a oferta equilibrada com a demanda, que se tudo correr bem, vai crescer bastante em 2020.