EUA e México encerram contenda sobre açúcar

07/06/2017 Açúcar POR: Valor
Após uma disputa que se arrastava desde 2014, os governos de Estados Unidos e México fecharam ontem um acordo que permite que os mexicanos continuem a exportar seu açúcar ao mercado americano. Os produtores dos EUA acusavam o vizinho de praticar dumping na comercialização do produto. Mas, segundo o acordo, o México terá que alterar suas cotas de exportação, para diminuir de 50% para 30% a proporção de açúcar refinado nas vendas totais, em detrimento do açúcar bruto. O pacto entre os dois governos ainda terá que passar por uma redação final "chancelada" pelos produtores americanos.
O acordo também prevê uma revisão dos preços mínimos praticados no comércio entre os dois países, que deverão passar agora 23,3 centavos de dólar a libra¬peso no caso do açúcar bruto e para 28,5 centavos de dólar a libra¬peso para o refinado. As exigências para o nível de pureza do açúcar mexicano também vão mudar. "Isso não significa uma canetada, mas foi uma pré¬negociação, condição sine qua non para a continuidade do comércio entre os dois países", afirmou Ricardo Nogueira, analista da FCStone. Ele lembrou que o impacto do acordo não será expressivo no mercado mundial ¬ mas que, caso houve um bloqueio americano, as cotações poderiam recuar. "Isso tende a sair um pouco do foco, o que acaba ajudando na formação de preços, já que é uma expectativa baixista a menos, com o assunto quase resolvido e o mercado tendendo a seguir mais os fundamentos", explicou Nogueira. Ontem, os contratos do açúcar com vencimento em outubro fecharam a 14,22 centavos de dólar a libra¬peso na bolsa de Nova York, alta de 6 pontos sobre a véspera.
Por Cleyton Vilarino
Após uma disputa que se arrastava desde 2014, os governos de Estados Unidos e México fecharam ontem um acordo que permite que os mexicanos continuem a exportar seu açúcar ao mercado americano. Os produtores dos EUA acusavam o vizinho de praticar dumping na comercialização do produto. Mas, segundo o acordo, o México terá que alterar suas cotas de exportação, para diminuir de 50% para 30% a proporção de açúcar refinado nas vendas totais, em detrimento do açúcar bruto. O pacto entre os dois governos ainda terá que passar por uma redação final "chancelada" pelos produtores americanos.
O acordo também prevê uma revisão dos preços mínimos praticados no comércio entre os dois países, que deverão passar agora 23,3 centavos de dólar a libra¬peso no caso do açúcar bruto e para 28,5 centavos de dólar a libra¬peso para o refinado. As exigências para o nível de pureza do açúcar mexicano também vão mudar. "Isso não significa uma canetada, mas foi uma pré¬negociação, condição sine qua non para a continuidade do comércio entre os dois países", afirmou Ricardo Nogueira, analista da FCStone. Ele lembrou que o impacto do acordo não será expressivo no mercado mundial ¬ mas que, caso houve um bloqueio americano, as cotações poderiam recuar. "Isso tende a sair um pouco do foco, o que acaba ajudando na formação de preços, já que é uma expectativa baixista a menos, com o assunto quase resolvido e o mercado tendendo a seguir mais os fundamentos", explicou Nogueira. Ontem, os contratos do açúcar com vencimento em outubro fecharam a 14,22 centavos de dólar a libra¬peso na bolsa de Nova York, alta de 6 pontos sobre a véspera.
Por Cleyton Vilarino