A operadora de logística Maersk Line avalia que a exportação de produtos agrícolas brasileiros em contêineres estará sob pressão nos próximos meses em razão da falta de espaço nos navios, afirmou o diretor de Trade e Marketing da empresa para a Costa Leste da América do Sul, João Momesso.
"Não deveremos ter maiores problemas em relação à disponibilidade de contêineres... No entanto, o gargalo seria em relação à disponibilidade de espaço, pois os navios de exportação já se encontram bastantes cheios", disse ele à Reuters por e-mail.
"Dessa maneira, imaginamos que os produtos agrícolas estarão sob pressão por espaço."
Dados da Maersk, maior armador do mundo, mostraram nesta quinta-feira que a movimentação nos terminais do país está em franca expansão, dada a recuperação da economia.
Sem citar volumes, a empresa disse que o movimento de importações e exportações brasileiras foi 10,2 por cento maior no terceiro trimestre de 2017 ante igual período de 2016, na melhor performance trimestral em três anos. No trimestre anterior, o crescimento na comparação anual havia sido de 5,5 por cento.
A Maersk estima que as importações e exportações totais do país vão crescer, respectivamente, 14 e 1,5 por cento em 2017, resultando em uma alta conjunta de 7 por cento no ano.
O problema de espaço nos navios ocorre diante dessa demanda exportadora muito maior do que a importadora, o que limita o número de navios na costa brasileira.
Nesse cenário, há maior concorrência para as movimentações de commodities agrícolas, avaliou Momesso, em uma análise compartilhada pelos mercados nacionais, como o de café. Tais produtos básicos concorrem por espaço com produtos manufaturados, de maior valor agregado.
Em outubro, a Reuters revelou que a oferta de café brasileiro no curto prazo estaria limitada nos Estados Unidos e na Europa, com importadores dizendo que algumas empresas de transporte têm reduzido a disponibilidade de contêineres no maior produtor mundial do grão.
Conforme o diretor da Maersk, nos últimos meses houve pressão principalmente sobre embarques de algodão, milho e soja, à medida que o país colheu neste ano uma safra recorde e se prepara para outra expressiva em 2018. Embora a maior parte das cargas de grãos do Brasil seja transportada em navios graneleiros, uma parte segue via contêineres.
Em contrapartida, os embarques de açúcar branco não têm sido tão impactados, pois a movimentação neste ano está menor ante 2016, disse o diretor.
Além disso, vale destacar que a safra no centro-sul, principal região produtora do país, aproxima-se do fim, reduzindo a demanda por embarcações para açúcar.
Já no que tange às carnes, cujas exportações subiram 37 por cento no terceiro trimestre pelos cálculos da Maersk, a preocupação se dá sobre a concorrência com outros países do Mercosul.
"Hoje, não contamos com problemas... (Mas é) importante ressaltar que as exportações de carne bovina de Argentina, Paraguai e Uruguai também têm crescido em ritmo acelerado, o que pode gerar certa competição para os contêineres refrigerados brasileiros dentro do mesmo navio", concluiu Momesso.
A operadora de logística Maersk Line avalia que a exportação de produtos agrícolas brasileiros em contêineres estará sob pressão nos próximos meses em razão da falta de espaço nos navios, afirmou o diretor de Trade e Marketing da empresa para a Costa Leste da América do Sul, João Momesso.
"Não deveremos ter maiores problemas em relação à disponibilidade de contêineres... No entanto, o gargalo seria em relação à disponibilidade de espaço, pois os navios de exportação já se encontram bastantes cheios", disse ele à Reuters por e-mail.
"Dessa maneira, imaginamos que os produtos agrícolas estarão sob pressão por espaço."
Dados da Maersk, maior armador do mundo, mostraram nesta quinta-feira que a movimentação nos terminais do país está em franca expansão, dada a recuperação da economia.
Sem citar volumes, a empresa disse que o movimento de importações e exportações brasileiras foi 10,2 por cento maior no terceiro trimestre de 2017 ante igual período de 2016, na melhor performance trimestral em três anos. No trimestre anterior, o crescimento na comparação anual havia sido de 5,5 por cento.
A Maersk estima que as importações e exportações totais do país vão crescer, respectivamente, 14 e 1,5 por cento em 2017, resultando em uma alta conjunta de 7 por cento no ano.
O problema de espaço nos navios ocorre diante dessa demanda exportadora muito maior do que a importadora, o que limita o número de navios na costa brasileira.
Nesse cenário, há maior concorrência para as movimentações de commodities agrícolas, avaliou Momesso, em uma análise compartilhada pelos mercados nacionais, como o de café. Tais produtos básicos concorrem por espaço com produtos manufaturados, de maior valor agregado.
Em outubro, a Reuters revelou que a oferta de café brasileiro no curto prazo estaria limitada nos Estados Unidos e na Europa, com importadores dizendo que algumas empresas de transporte têm reduzido a disponibilidade de contêineres no maior produtor mundial do grão.
Conforme o diretor da Maersk, nos últimos meses houve pressão principalmente sobre embarques de algodão, milho e soja, à medida que o país colheu neste ano uma safra recorde e se prepara para outra expressiva em 2018. Embora a maior parte das cargas de grãos do Brasil seja transportada em navios graneleiros, uma parte segue via contêineres.
Em contrapartida, os embarques de açúcar branco não têm sido tão impactados, pois a movimentação neste ano está menor ante 2016, disse o diretor.
Além disso, vale destacar que a safra no centro-sul, principal região produtora do país, aproxima-se do fim, reduzindo a demanda por embarcações para açúcar.
Já no que tange às carnes, cujas exportações subiram 37 por cento no terceiro trimestre pelos cálculos da Maersk, a preocupação se dá sobre a concorrência com outros países do Mercosul.
"Hoje, não contamos com problemas... (Mas é) importante ressaltar que as exportações de carne bovina de Argentina, Paraguai e Uruguai também têm crescido em ritmo acelerado, o que pode gerar certa competição para os contêineres refrigerados brasileiros dentro do mesmo navio", concluiu Momesso.