Entre 2008 e 2014, 66 usinas sucroalcooleiras suspenderam suas atividades ou fecharam definitivamente na região Centro-Sul do Brasil. Nos últimos seis anos, o segmento perdeu mais de 80 mil postos de trabalho. Os números da crise no setor são do presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Luiz Rocha. O fórum criado há um ano reúne 16 entidades de 15 estados. "Se o Brasil não contar com políticas públicas e ações mais efetivas do governo junto ao setor sucroenergético, corremos o risco de sofrer com a falta de etanol no país", disse.
No balanço da União da Indústria de Cana-de-Açúcar,das 389 usinas de produção de açúcar e etanol no país, 12 deixarão de operar este ano. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que preside da UNICA há pouco tempo acredita que o atual governo deve tomar alguma posição para mudar o cenário perverso em que se encontra o etanol, de custos altos e preços limitados à cotação da gasolina. "Este ano tem eleição, o que leva à revisão dos próprios procedimentos do presidente da República", afirma.
O Fórum obteve do Ministério da Agricultura a promessa de aumentar a mistura de etanol à gasolina de 25% para 27,5%. No início de setembro, o Senado Federal aprovou o aumento, mas a sanção presidencial ainda dependia de testes nos motores dos veículos para avaliar eventuais danos. Para André Luiz Rocha, o ideal seria que o governo mudasse a chamada "Lei da Mistura" para um intervalo legal de 20% a 30%. A indústria de etanol também reivindica a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina - o tributo foi retirado há dois anos para amortizar o aumento do combustível na refinaria.
Uma alternativa defendida pelos produtores é a equiparação, ainda que parcial, do preço da gasolina ao mercado internacional. Mas, para o governo, esta possibilidade pode ser considerada somente com o intuito de reduzir a dificuldade de caixa da Petrobras. Mas, mesmo sem o setor dar sinais de recuperação, o governo acredita que haverá a retomada do crescimento e estima um aumento da oferta dos atuais 27 bilhões para 48 bilhões de litros em 2023.
Na avaliação do coordenador de Açúcar e Etanol do Ministério da Agricultura, Cid Caldas, para atender ao crescimento de demanda de etanol serão necessários R$ 50 bilhões de investimentos no setor até 2022. Com o fechamento das usinas nos últimos seis anos, o governo prevê a necessidade de construção de 40 plantas industriais no período. "A situação atual é reflexo de 2009, iniciada com a crise financeira seguida de duas crises climáticas e mais uma agora. Não deu fôlego para o setor reagir", analisa.
Entre 2008 e 2014, 66 usinas sucroalcooleiras suspenderam suas atividades ou fecharam definitivamente na região Centro-Sul do Brasil. Nos últimos seis anos, o segmento perdeu mais de 80 mil postos de trabalho. Os números da crise no setor são do presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Luiz Rocha. O fórum criado há um ano reúne 16 entidades de 15 estados. "Se o Brasil não contar com políticas públicas e ações mais efetivas do governo junto ao setor sucroenergético, corremos o risco de sofrer com a falta de etanol no país", disse.
No balanço da União da Indústria de Cana-de-Açúcar,das 389 usinas de produção de açúcar e etanol no país, 12 deixarão de operar este ano. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que preside da UNICA há pouco tempo acredita que o atual governo deve tomar alguma posição para mudar o cenário perverso em que se encontra o etanol, de custos altos e preços limitados à cotação da gasolina. "Este ano tem eleição, o que leva à revisão dos próprios procedimentos do presidente da República", afirma.
O Fórum obteve do Ministério da Agricultura a promessa de aumentar a mistura de etanol à gasolina de 25% para 27,5%. No início de setembro, o Senado Federal aprovou o aumento, mas a sanção presidencial ainda dependia de testes nos motores dos veículos para avaliar eventuais danos. Para André Luiz Rocha, o ideal seria que o governo mudasse a chamada "Lei da Mistura" para um intervalo legal de 20% a 30%. A indústria de etanol também reivindica a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina - o tributo foi retirado há dois anos para amortizar o aumento do combustível na refinaria.
Uma alternativa defendida pelos produtores é a equiparação, ainda que parcial, do preço da gasolina ao mercado internacional. Mas, para o governo, esta possibilidade pode ser considerada somente com o intuito de reduzir a dificuldade de caixa da Petrobras. Mas, mesmo sem o setor dar sinais de recuperação, o governo acredita que haverá a retomada do crescimento e estima um aumento da oferta dos atuais 27 bilhões para 48 bilhões de litros em 2023.
Na avaliação do coordenador de Açúcar e Etanol do Ministério da Agricultura, Cid Caldas, para atender ao crescimento de demanda de etanol serão necessários R$ 50 bilhões de investimentos no setor até 2022. Com o fechamento das usinas nos últimos seis anos, o governo prevê a necessidade de construção de 40 plantas industriais no período. "A situação atual é reflexo de 2009, iniciada com a crise financeira seguida de duas crises climáticas e mais uma agora. Não deu fôlego para o setor reagir", analisa.