As divisões dentro do setor açucareiro do Reino Unido sobre o quanto o Brexit será doce devem exacerbar. Em outubro chegará o fim das cotas da União Europeia que limitam a produção e as exportações de açúcar, uma bênção para a British Sugar, a única processadora britânica do cultivo de beterraba local.
A Tate & Lyle Sugars não está tão contente porque ainda enfrenta restrições ao açúcar de cana em bruto que pode importar para refinar em sua planta de Londres. A empresa está limitada a ofertas isentas de impostos de vários países menos desenvolvidos e a alguns embarques com tarifas reduzidas. Qualquer outra importação incorre em impostos pesados.
A questão é como será o regime comercial pós-Brexit, sendo que a Tate & Lyle espera que a separação da UE lhe dê acesso a ofertas com tarifas mais baixas e que trate de forma mais equitativa as indústrias de beterraba e de cana.
"Está se desenvolvendo um mercado muito competitivo de açúcar branco na Europa, mas as tarifas e restrições da UE sobre o açúcar de cana aumentam artificialmente nossos custos e nos expulsam do mercado", disse Gerald Mason, vice-presidente sênior de assuntos corporativos da Tate & Lyle, que pertence à American Sugar Refining. "Esperamos que no futuro uma das ferramentas do Reino Unido seja a capacidade de estabelecer suas próprias tarifas para o açúcar".
Exportações da UE
Qualquer redução significativa das tarifas seria uma má notícia para a British Sugar, que pertence à Associated British Foods e que, por enquanto, está em vantagem. A empresa planeja exportar açúcar para o mercado mundial pela primeira vez em pelo menos uma década na próxima temporada, que começa em 1º de outubro.
A Associated British Foods informou em 11 de setembro que espera que a produção de açúcar do Reino Unido ultrapasse 1,4 milhão de toneladas na próxima temporada, um aumento em relação às 900.000 toneladas do período atual.
"Estamos nos certificando de que temos a capacidade de fazer um teste com vendas de exportação neste ano", disse Paul Kenward, diretor administrativo da British Sugar. "Se eu tiver uma colheita abundante, então, esse piloto se transformará em uma experiência emocionante".
Por enquanto, a British Sugar pede cautela, sugerindo que o governo não precisa ter pressa para eliminar nenhum imposto, para ter certo poder de negociação para conseguir outros acordos comerciais no futuro.
"Um desarmamento unilateral de tarifas seria um pouco como um desarmamento nuclear unilateral", disse Kenward. "Se você abrir mão unilateralmente de toda a sua proteção comercial, você não terá mais nada para negociar para obter acesso para os produtos britânicos".
As divisões dentro do setor açucareiro do Reino Unido sobre o quanto o Brexit será doce devem exacerbar. Em outubro chegará o fim das cotas da União Europeia que limitam a produção e as exportações de açúcar, uma bênção para a British Sugar, a única processadora britânica do cultivo de beterraba local.
A Tate & Lyle Sugars não está tão contente porque ainda enfrenta restrições ao açúcar de cana em bruto que pode importar para refinar em sua planta de Londres. A empresa está limitada a ofertas isentas de impostos de vários países menos desenvolvidos e a alguns embarques com tarifas reduzidas. Qualquer outra importação incorre em impostos pesados.
A questão é como será o regime comercial pós-Brexit, sendo que a Tate & Lyle espera que a separação da UE lhe dê acesso a ofertas com tarifas mais baixas e que trate de forma mais equitativa as indústrias de beterraba e de cana.
"Está se desenvolvendo um mercado muito competitivo de açúcar branco na Europa, mas as tarifas e restrições da UE sobre o açúcar de cana aumentam artificialmente nossos custos e nos expulsam do mercado", disse Gerald Mason, vice-presidente sênior de assuntos corporativos da Tate & Lyle, que pertence à American Sugar Refining. "Esperamos que no futuro uma das ferramentas do Reino Unido seja a capacidade de estabelecer suas próprias tarifas para o açúcar".
Exportações da UE
Qualquer redução significativa das tarifas seria uma má notícia para a British Sugar, que pertence à Associated British Foods e que, por enquanto, está em vantagem. A empresa planeja exportar açúcar para o mercado mundial pela primeira vez em pelo menos uma década na próxima temporada, que começa em 1º de outubro.
A Associated British Foods informou em 11 de setembro que espera que a produção de açúcar do Reino Unido ultrapasse 1,4 milhão de toneladas na próxima temporada, um aumento em relação às 900.000 toneladas do período atual.
"Estamos nos certificando de que temos a capacidade de fazer um teste com vendas de exportação neste ano", disse Paul Kenward, diretor administrativo da British Sugar. "Se eu tiver uma colheita abundante, então, esse piloto se transformará em uma experiência emocionante".
Por enquanto, a British Sugar pede cautela, sugerindo que o governo não precisa ter pressa para eliminar nenhum imposto, para ter certo poder de negociação para conseguir outros acordos comerciais no futuro.
"Um desarmamento unilateral de tarifas seria um pouco como um desarmamento nuclear unilateral", disse Kenward. "Se você abrir mão unilateralmente de toda a sua proteção comercial, você não terá mais nada para negociar para obter acesso para os produtos britânicos".