O Grupo Vittia, focado em inoculantes e fertilizantes organominerais, ampliou sua aposta no segmento de biodefensivos, no qual acaba de fazer uma aquisição, para acelerar seu crescimento no país. A empresa brasileira fechou a compra de 80% da Biovalens, especializada em controle biológico de pragas, por um valor não foi revelado.
Segundo Alexandre Frizzo, diretor financeiro do Vittia, a previsão é que essa área represente 25% do faturamento total do grupo em 2020, quando a empresa espera faturar R$ 800 milhões. Foram R$ 350 milhões em 2016 e a estimativa é de crescimento de 20% neste ano, ainda sem considerar a nova aquisição.
O Grupo Vittia teve início com a Bio Soja, especializada em inoculantes (microrganismos que ajudam a planta a assimilar nitrogênio), em 1971. Na década de 1990, ampliou o leque com a compra de uma empresa de defensivos e outra de fertilizantes organominerais. Mas há cerca de dois anos, depois de vender uma participação de 29% em seu capital para o Fundo Brasil Sustentabilidade, por R$ 84 milhões, veio um passo mais decisivo: a aquisição da Samaritá, fornecedora de insumos para citricultura e hortifrútis em São Paulo.
Com a primeira compra, a empresa mudou de nome e passou crescer na área de fertilizantes especiais, que registrou faturamento total de R$ 5,8 bilhões no país no ano passado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) , a participação do grupo foi de cerca de 6%.
Com a nova aquisição, o Vittia entra em um segmento que avança em ritmo também acelerado. José Roberto de Castro, diretor comercial do grupo, afirmou ao Valor que análises preliminares apontam uma receita de R$ 15 milhões a R$ 18 milhões para a Biovalens ainda em 2017. "Será o primeiro ano de fato da empresa no mercado, com os produtos registrados", disse, ressaltando que em 2016 houve apenas vendas pontuais para a indústria.
A Biovalens já tem o registro de dois produtos e deve chegar a seis até o fim do ano. Para 2018, a estimativa é que o faturamento da recémadquirida dobre em relação a 2017. A empresa foi fundada em 2014 por dois pesquisadores Henrique Monteiro Ferro e Edgar Zanotto. Castro destacou que serão necessários investimentos para ampliar a fábrica da Biovalens, localizada em Uberaba (MG). A capacidade de produção atual é de 200 mil quilos por ano. "Essa capacidade não deve nos atender no médio prazo".
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABC Bio), o mercado de biodefensivos agrícolas cresce entre 10% e 12% ao ano no mundo, e para o Brasil a entidade vê potencial de avanço na casa dos 15%. A participação de mercado hoje é irrisória. Em 2016, o mercado total de defensivos gerou vendas de US$ 9,6 bilhões no país, e os produtos biológicos legalizados representaram menos de 2%.
Para ampliar sua receita, o grupo também aposta no crescimento das exportações, que atualmente respondem por menos de 5% do valor total. Com vendas para países da América Latina, o grupo não descarta a expansão para outras fronteiras. "Acabamos de realizar uma reunião com uma empresa dos EUA que tem interesse em parceria", disse Castro.
Além da Biovalens, sob o guardachuva do grupo estão atualmente as divisões Biosoja Agrociência e Samaritá Agrociência, que concentram o portfólio de insumos para as culturas agrícolas, além da Granorte, que produz micronutrientes e está mais voltada para o atendimento das indústrias de fertilizantes minerais.
A empresa tem fábricas espalhadas pelo Estado de São Paulo. A mais nova é dedicada a produtos biológicos e recebeu recentemente investimentos de R$ 25 milhões. E, de acordo com Castro, pode receber ainda mais aportes se a demanda crescer como esperado.
O Grupo Vittia, focado em inoculantes e fertilizantes organominerais, ampliou sua aposta no segmento de biodefensivos, no qual acaba de fazer uma aquisição, para acelerar seu crescimento no país. A empresa brasileira fechou a compra de 80% da Biovalens, especializada em controle biológico de pragas, por um valor não foi revelado.
Segundo Alexandre Frizzo, diretor financeiro do Vittia, a previsão é que essa área represente 25% do faturamento total do grupo em 2020, quando a empresa espera faturar R$ 800 milhões. Foram R$ 350 milhões em 2016 e a estimativa é de crescimento de 20% neste ano, ainda sem considerar a nova aquisição.
O Grupo Vittia teve início com a Bio Soja, especializada em inoculantes (microrganismos que ajudam a planta a assimilar nitrogênio), em 1971. Na década de 1990, ampliou o leque com a compra de uma empresa de defensivos e outra de fertilizantes organominerais. Mas há cerca de dois anos, depois de vender uma participação de 29% em seu capital para o Fundo Brasil Sustentabilidade, por R$ 84 milhões, veio um passo mais decisivo: a aquisição da Samaritá, fornecedora de insumos para citricultura e hortifrútis em São Paulo.
Com a primeira compra, a empresa mudou de nome e passou crescer na área de fertilizantes especiais, que registrou faturamento total de R$ 5,8 bilhões no país no ano passado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) , a participação do grupo foi de cerca de 6%.
Com a nova aquisição, o Vittia entra em um segmento que avança em ritmo também acelerado. José Roberto de Castro, diretor comercial do grupo, afirmou ao Valor que análises preliminares apontam uma receita de R$ 15 milhões a R$ 18 milhões para a Biovalens ainda em 2017. "Será o primeiro ano de fato da empresa no mercado, com os produtos registrados", disse, ressaltando que em 2016 houve apenas vendas pontuais para a indústria.
A Biovalens já tem o registro de dois produtos e deve chegar a seis até o fim do ano. Para 2018, a estimativa é que o faturamento da recémadquirida dobre em relação a 2017. A empresa foi fundada em 2014 por dois pesquisadores Henrique Monteiro Ferro e Edgar Zanotto. Castro destacou que serão necessários investimentos para ampliar a fábrica da Biovalens, localizada em Uberaba (MG). A capacidade de produção atual é de 200 mil quilos por ano. "Essa capacidade não deve nos atender no médio prazo".
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABC Bio), o mercado de biodefensivos agrícolas cresce entre 10% e 12% ao ano no mundo, e para o Brasil a entidade vê potencial de avanço na casa dos 15%. A participação de mercado hoje é irrisória. Em 2016, o mercado total de defensivos gerou vendas de US$ 9,6 bilhões no país, e os produtos biológicos legalizados representaram menos de 2%.
Para ampliar sua receita, o grupo também aposta no crescimento das exportações, que atualmente respondem por menos de 5% do valor total. Com vendas para países da América Latina, o grupo não descarta a expansão para outras fronteiras. "Acabamos de realizar uma reunião com uma empresa dos EUA que tem interesse em parceria", disse Castro.
Além da Biovalens, sob o guardachuva do grupo estão atualmente as divisões Biosoja Agrociência e Samaritá Agrociência, que concentram o portfólio de insumos para as culturas agrícolas, além da Granorte, que produz micronutrientes e está mais voltada para o atendimento das indústrias de fertilizantes minerais.
A empresa tem fábricas espalhadas pelo Estado de São Paulo. A mais nova é dedicada a produtos biológicos e recebeu recentemente investimentos de R$ 25 milhões. E, de acordo com Castro, pode receber ainda mais aportes se a demanda crescer como esperado.