O Instituto Agronômico, (IAC), de Campinas, faz uma nova recomendação de aplicação de zinco na adubação do plantio da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Os novos estudos do IAC sugerem o dobro da dose até então sugerida. Na nova tabela de adubação de plantio para a cana, o IAC passa a recomendar a aplicação de até dez quilos de zinco, por hectare, no sulco de plantio, em solos de baixa fertilidade. O objetivo é aumentar a produtividade da cultura. A correção da dose em solos deficientes em zinco poderá viabilizar ganhos de 16% na produtividade da cana na primeira safra. “Além de aumentar a produtividade, a aplicação de dez quilos, por hectare, de zinco no sulco de plantio é capaz de proporcionar o efeito residual nas soqueiras e aumentar a produtividade da cana nas safras subsequentes”, explica o pesquisador do IAC, Estêvão Vicari Mellis, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Conforme observado em estudos realizados pelo IAC, na primeira e segunda soqueiras, o ganho médio na produtividade da cana é de 10%. “Com uma única aplicação no plantio, o aumento da produção pode chegar a 36 toneladas por hectare, em três safras de cana”, afirma. Esse resultado deverá elevar a produtividade média atual, que está em torno de 80 toneladas por hectare.
As informações estarão na edição atualizada do Boletim 100, manual oficial de recomendação de adubação e calagem para o Estado de São Paulo, que será lançada pelo IAC em 2015.
Dados referentes à safra de 2012/13 indicam que a canavicultura, principal atividade agrícola paulista, ocupa 5,53 milhões de hectares, que representam 21% da área total do Estado. Segundo Mellis, cerca de 60% desses campos podem estar deficientes em zinco.
Ressalta-se que a completa análise de solos é imprescindível para avaliar a necessidade de adubação com zinco. “A aplicação de zinco só será recomendada quando os teores disponíveis desse micronutriente estiverem baixos”, afirma o pesquisador do IAC,
O estudo que originou essa nova recomendação foi financiado pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e faz parte de um programa de pesquisas com micronutrientes em cana-de-açúcar, que vem sendo conduzido em todas as regiões produtoras de cana do Estado, desde 2005. O programa também conta com a parceria da iniciativa privada.
Atualmente, o principal entrave na adoção de doses maiores de micronutrientes em cana-de-açúcar está na forma de aplicação.
“Para solucionar esse problema, as empresas de fertilizantes têm disponibilizado formulações NPK contendo micronutrientes, porém essa prática pode não ser eficaz devido à segregação dos grânulos, que resulta em uma aplicação desuniforme”, explica o pesquisador do IAC, coordenado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
A outra alternativa proposta pelo mercado está nas soluções multielementares para aplicações na cobrição do tolete e foliares. “Embora seja uma opção viável, essas formulações têm custo elevado para o produtor e, além disso, não são capazes de fornecer os dez quilos, por hectare, de zinco necessários para a obtenção da produção máxima”, explica. Mellis afirma que essas soluções também não suprem a necessidade da cana durante todo o período cultivado, que pode chegar a cinco anos. Este quadro pode levar à necessidade de novas aplicações, encarecendo ainda mais o procedimento.
Nesse contexto, o IAC tem desenvolvido estudos em parceria com empresas privadas para viabilizar a aplicação da dose recomendada. Nos últimos anos, o Instituto conduziu experimentos em áreas comerciais, onde o sulfato de zinco foi aplicado na forma líquida, na cobrição do tolete e com fertilizante granulado. “Este fertilizante contem oxi-sulfato de zinco desenvolvido para aplicação no sulco de plantio, por meio de uma terceira caixa adubadeira exclusiva acoplada ao sulcador”, explica o pesquisador. “Os resultados obtidos nesses estudos foram extremamente
positivos e renderam à nossa equipe o prêmio Top Etanol 2014 em inovação”, diz Mellis, que lidera o grupo e, juntamente com o pesquisador José Antonio Quaggio, coordena o programa com micronutrientes em cana-de-açúcar do Instituto Agronômico.
Impactos na cadeia sucroalcooleira
Acredita-se que essa nova recomendação de aplicação de zinco em cana-de-açúcar terá efeito direto na produção e, consequentemente, na geração de etanol e açúcar, proporcionando saltos de eficiência ao setor.
A adoção dessa nova tecnologia deverá provocar um aumento no
consumo de zinco em campos paulistas, situação que poderá exigir adaptações das empresas de fertilizantes e de máquinas para atender ao mercado.
O Instituto Agronômico, (IAC), de Campinas, faz uma nova recomendação de aplicação de zinco na adubação do plantio da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Os novos estudos do IAC sugerem o dobro da dose até então sugerida. Na nova tabela de adubação de plantio para a cana, o IAC passa a recomendar a aplicação de até dez quilos de zinco, por hectare, no sulco de plantio, em solos de baixa fertilidade. O objetivo é aumentar a produtividade da cultura. A correção da dose em solos deficientes em zinco poderá viabilizar ganhos de 16% na produtividade da cana na primeira safra. “Além de aumentar a produtividade, a aplicação de dez quilos, por hectare, de zinco no sulco de plantio é capaz de proporcionar o efeito residual nas soqueiras e aumentar a produtividade da cana nas safras subsequentes”, explica o pesquisador do IAC, Estêvão Vicari Mellis, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Conforme observado em estudos realizados pelo IAC, na primeira e segunda soqueiras, o ganho médio na produtividade da cana é de 10%. “Com uma única aplicação no plantio, o aumento da produção pode chegar a 36 toneladas por hectare, em três safras de cana”, afirma. Esse resultado deverá elevar a produtividade média atual, que está em torno de 80 toneladas por hectare.
As informações estarão na edição atualizada do Boletim 100, manual oficial de recomendação de adubação e calagem para o Estado de São Paulo, que será lançada pelo IAC em 2015.
Dados referentes à safra de 2012/13 indicam que a canavicultura, principal atividade agrícola paulista, ocupa 5,53 milhões de hectares, que representam 21% da área total do Estado. Segundo Mellis, cerca de 60% desses campos podem estar deficientes em zinco.
Ressalta-se que a completa análise de solos é imprescindível para avaliar a necessidade de adubação com zinco. “A aplicação de zinco só será recomendada quando os teores disponíveis desse micronutriente estiverem baixos”, afirma o pesquisador do IAC,
O estudo que originou essa nova recomendação foi financiado pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e faz parte de um programa de pesquisas com micronutrientes em cana-de-açúcar, que vem sendo conduzido em todas as regiões produtoras de cana do Estado, desde 2005. O programa também conta com a parceria da iniciativa privada.
Atualmente, o principal entrave na adoção de doses maiores de micronutrientes em cana-de-açúcar está na forma de aplicação.
“Para solucionar esse problema, as empresas de fertilizantes têm disponibilizado formulações NPK contendo micronutrientes, porém essa prática pode não ser eficaz devido à segregação dos grânulos, que resulta em uma aplicação desuniforme”, explica o pesquisador do IAC, coordenado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
A outra alternativa proposta pelo mercado está nas soluções multielementares para aplicações na cobrição do tolete e foliares. “Embora seja uma opção viável, essas formulações têm custo elevado para o produtor e, além disso, não são capazes de fornecer os dez quilos, por hectare, de zinco necessários para a obtenção da produção máxima”, explica. Mellis afirma que essas soluções também não suprem a necessidade da cana durante todo o período cultivado, que pode chegar a cinco anos. Este quadro pode levar à necessidade de novas aplicações, encarecendo ainda mais o procedimento.
Nesse contexto, o IAC tem desenvolvido estudos em parceria com empresas privadas para viabilizar a aplicação da dose recomendada. Nos últimos anos, o Instituto conduziu experimentos em áreas comerciais, onde o sulfato de zinco foi aplicado na forma líquida, na cobrição do tolete e com fertilizante granulado. “Este fertilizante contem oxi-sulfato de zinco desenvolvido para aplicação no sulco de plantio, por meio de uma terceira caixa adubadeira exclusiva acoplada ao sulcador”, explica o pesquisador. “Os resultados obtidos nesses estudos foram extremamente
positivos e renderam à nossa equipe o prêmio Top Etanol 2014 em inovação”, diz Mellis, que lidera o grupo e, juntamente com o pesquisador José Antonio Quaggio, coordena o programa com micronutrientes em cana-de-açúcar do Instituto Agronômico.
Impactos na cadeia sucroalcooleira
Acredita-se que essa nova recomendação de aplicação de zinco em cana-de-açúcar terá efeito direto na produção e, consequentemente, na geração de etanol e açúcar, proporcionando saltos de eficiência ao setor.
A adoção dessa nova tecnologia deverá provocar um aumento no
consumo de zinco em campos paulistas, situação que poderá exigir adaptações das empresas de fertilizantes e de máquinas para atender ao mercado.