Os resultados finais para a safra 2013/14 de cana-de-açúcar do levantamento realizado em novembro de 2014 registraram diminuições na área plantada, na produção e na produtividade, em relação à safra passada, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Este quadro é decorrente da conjunção de dois fatores: o primeiro refere-se à política econômica de administração dos preços da gasolina, que inviabilizou a competitividade doetanol e o segundo é devido aos baixos índices pluviométricos registrados durante a safra, afetando a produtividade. Este último quadro implicou diferentes comportamentos na queda da produtividade nas regiões produtoras.
De acordo com os dados levantados pelos técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), "cerca de 80% da área explorada com cana-de-açúcar apresentou precipitações abaixo dos 1.200 mm. Já, em relação às temperaturas médias máximas, foi registrado aumento de 5,5% quando comparado, o ano de 2014 em relação ao anterior e de 3,2% para as temperaturas médias mínimas para o mesmo período, portanto, além de baixa precipitação o ano de 2014 apresentou aumento nas temperaturas médias mínima e máxima, afirmam Vagner Azarias Martins e Mario Olivette, pesquisadores do IEA responsáveis pelo estudo.
Pode-se verificar que, regionalmente, os impactos do menor índice pluviométrico afetaram em diferentes escalas cada EDR na questão relativa à queda da produtividade. Os situados ao norte foram os que sofreram as menores quedas: Barretos (-8,1%), Orlândia (-2,8%) e Ribeirão Preto (-3,0%). Já na região central o EDR de Jaboticabal (-21,6%), cabe ressaltar, que na safra 2012/13 o rendimento dessa cultura foi de 102 toneladas por hectares, enquanto para a safra 2013/14 foi em torno de 80 t/ha; ou seja, mesmo com as adversidades ocorridas, a região de Jaboticabal apresentou produtividade dentro dos patamares aceitáveis, visto a média estadual ser de 73 t/ha para a safra em análise.
Esses resultados podem ser justificados devido às variações locais de clima e de variedades, como também a existência de uma relação entre produção e consumo de água pela cana-de-açúcar que varia em função do estágio fenológico, do ciclo da cultura (cana planta ou cana soca), das variações climáticas e da água disponível no solo, entre outros fatores. Assim, pode-se inferir que em tais regiões esses aspectos estão implícitos nos resultados da safra 2013/14.
Em dezembro de 2014 e janeiro deste ano as precipitações foram inferiores ao volume esperado para o período. Esse panorama sugere que a safra 2014/15 sofrerá ainda os efeitos dessa adversidade, mesmo que ocorram chuvas dentro da normalidade nos meses de janeiro a março de 2015, fato que deve resultar na manutenção do volume de cana-de-açúcar produzido em São Paulo e mesmo uma queda para esta safra, no quadro geral do Estado.
Nara Guimarães
Os resultados finais para a safra 2013/14 de cana-de-açúcar do levantamento realizado em novembro de 2014 registraram diminuições na área plantada, na produção e na produtividade, em relação à safra passada, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Este quadro é decorrente da conjunção de dois fatores: o primeiro refere-se à política econômica de administração dos preços da gasolina, que inviabilizou a competitividade doetanol e o segundo é devido aos baixos índices pluviométricos registrados durante a safra, afetando a produtividade. Este último quadro implicou diferentes comportamentos na queda da produtividade nas regiões produtoras.
De acordo com os dados levantados pelos técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), "cerca de 80% da área explorada com cana-de-açúcar apresentou precipitações abaixo dos 1.200 mm. Já, em relação às temperaturas médias máximas, foi registrado aumento de 5,5% quando comparado, o ano de 2014 em relação ao anterior e de 3,2% para as temperaturas médias mínimas para o mesmo período, portanto, além de baixa precipitação o ano de 2014 apresentou aumento nas temperaturas médias mínima e máxima, afirmam Vagner Azarias Martins e Mario Olivette, pesquisadores do IEA responsáveis pelo estudo.
Pode-se verificar que, regionalmente, os impactos do menor índice pluviométrico afetaram em diferentes escalas cada EDR na questão relativa à queda da produtividade. Os situados ao norte foram os que sofreram as menores quedas: Barretos (-8,1%), Orlândia (-2,8%) e Ribeirão Preto (-3,0%). Já na região central o EDR de Jaboticabal (-21,6%), cabe ressaltar, que na safra 2012/13 o rendimento dessa cultura foi de 102 toneladas por hectares, enquanto para a safra 2013/14 foi em torno de 80 t/ha; ou seja, mesmo com as adversidades ocorridas, a região de Jaboticabal apresentou produtividade dentro dos patamares aceitáveis, visto a média estadual ser de 73 t/ha para a safra em análise.
Esses resultados podem ser justificados devido às variações locais de clima e de variedades, como também a existência de uma relação entre produção e consumo de água pela cana-de-açúcar que varia em função do estágio fenológico, do ciclo da cultura (cana planta ou cana soca), das variações climáticas e da água disponível no solo, entre outros fatores. Assim, pode-se inferir que em tais regiões esses aspectos estão implícitos nos resultados da safra 2013/14.
Em dezembro de 2014 e janeiro deste ano as precipitações foram inferiores ao volume esperado para o período. Esse panorama sugere que a safra 2014/15 sofrerá ainda os efeitos dessa adversidade, mesmo que ocorram chuvas dentro da normalidade nos meses de janeiro a março de 2015, fato que deve resultar na manutenção do volume de cana-de-açúcar produzido em São Paulo e mesmo uma queda para esta safra, no quadro geral do Estado.
Nara Guimarães