Se de um lado os investimentos privados em produtividade, logística e em novas tecnologias tem contribuído para o aumento da competitividade do setor sucroenergético, de outro tem aumentado ainda mais o nível de endividamento das empresas do setor, crescente desde a crise de 2008. Com esta observação, a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, definiu o momento que atravessa a atividade canavieira no Brasil, durante participação no Fórum Nordeste 2013, realizado na segunda-feira (09/09) em Recife.
“Para acelerar o processo do fim das queimas nos canaviais da região Centro-Sul do País, o setor investiu R$ 4,5 bilhões na compra de equipamentos. Além disso, verifica-se um enorme esforço para recuperar a produtividade e o aumento da oferta de cana-de-açúcar, por meio de significativos investimentos em renovação e expansão dos canaviais,” destacou Farina.
Ela acrescentou que existe um nível de ociosidade industrial que ainda permite ampliar o processamento de cana, mas o nível de endividamento resultante desse esforço já é altíssimo, chegando a quase 15% do faturamento das empresas só com os juros. “A receita das indústrias é abocanhada em 25% só com despesas financeiras. Mesmo com a situação financeira preocupante, as empresas têm feito um grande esforço para não parar os investimentos e nem comprometer a competitividade,” explicou.
Segundo Farina, mesmo com o fechamento de 51 usinas nas últimas safras, a moagem deste ano deverá ser recorde, situação que infelizmente não representa uma tendência para os próximos anos. “A indústria tem trabalhado para que a falta de unidades novas não prejudique a produção atual, mas vai chegar uma hora em que isso, por si só, não será suficiente. É preciso implementar políticas públicas claras de manutenção da competitividade da energia renovável no longo prazo para garantir investimentos em novas usinas,” afirmou.
Para uma retomada sustentada de novos investimentos, Farina voltou a defender um marco regulatório e planejamento estratégico da matriz energética, por meio de medidas, especialmente tributárias, que reconheçam os benefícios ambientais e sociais do etanol frente à gasolina e definam o crescimento desejado e a participação de cada um dos combustíveis na matriz. Uma definição clara e estável sobre a precificação da gasolina, bem como incentivos reais à bioeletricidade, por meio de leilões públicos por fontes de energia, também foram abordadas como questões essenciais.
O Fórum Nordeste 2013 foi organizado pelo Grupo EQM, responsável pelo jornal Folha de Pernambuco. A sétima edição do evento anual promoveu discussões e debates indutores de pesquisas, reflexões e ações em favor de uma matriz energética mais limpa para o País e de mais empreendimentos para a região nordestina.
A edição deste ano contou também com a presença do diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, que moderou o painel “Dinâmica e Perspectivas do Setor Sucroenergético Brasileiro.” Além dos executivos da UNICA, participaram do fórum nomes conceituados do setor e do cenário político, entre eles os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, de Alagoas, Teotônio Vilela, os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e da Agricultura, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, entre outros.
Se de um lado os investimentos privados em produtividade, logística e em novas tecnologias tem contribuído para o aumento da competitividade do setor sucroenergético, de outro tem aumentado ainda mais o nível de endividamento das empresas do setor, crescente desde a crise de 2008. Com esta observação, a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, definiu o momento que atravessa a atividade canavieira no Brasil, durante participação no Fórum Nordeste 2013, realizado na segunda-feira (09/09) em Recife.
“Para acelerar o processo do fim das queimas nos canaviais da região Centro-Sul do País, o setor investiu R$ 4,5 bilhões na compra de equipamentos. Além disso, verifica-se um enorme esforço para recuperar a produtividade e o aumento da oferta de cana-de-açúcar, por meio de significativos investimentos em renovação e expansão dos canaviais,” destacou Farina.
Ela acrescentou que existe um nível de ociosidade industrial que ainda permite ampliar o processamento de cana, mas o nível de endividamento resultante desse esforço já é altíssimo, chegando a quase 15% do faturamento das empresas só com os juros. “A receita das indústrias é abocanhada em 25% só com despesas financeiras. Mesmo com a situação financeira preocupante, as empresas têm feito um grande esforço para não parar os investimentos e nem comprometer a competitividade,” explicou.
Segundo Farina, mesmo com o fechamento de 51 usinas nas últimas safras, a moagem deste ano deverá ser recorde, situação que infelizmente não representa uma tendência para os próximos anos. “A indústria tem trabalhado para que a falta de unidades novas não prejudique a produção atual, mas vai chegar uma hora em que isso, por si só, não será suficiente. É preciso implementar políticas públicas claras de manutenção da competitividade da energia renovável no longo prazo para garantir investimentos em novas usinas,” afirmou.
Para uma retomada sustentada de novos investimentos, Farina voltou a defender um marco regulatório e planejamento estratégico da matriz energética, por meio de medidas, especialmente tributárias, que reconheçam os benefícios ambientais e sociais do etanol frente à gasolina e definam o crescimento desejado e a participação de cada um dos combustíveis na matriz. Uma definição clara e estável sobre a precificação da gasolina, bem como incentivos reais à bioeletricidade, por meio de leilões públicos por fontes de energia, também foram abordadas como questões essenciais.
O Fórum Nordeste 2013 foi organizado pelo Grupo EQM, responsável pelo jornal Folha de Pernambuco. A sétima edição do evento anual promoveu discussões e debates indutores de pesquisas, reflexões e ações em favor de uma matriz energética mais limpa para o País e de mais empreendimentos para a região nordestina.
A edição deste ano contou também com a presença do diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, que moderou o painel “Dinâmica e Perspectivas do Setor Sucroenergético Brasileiro.” Além dos executivos da UNICA, participaram do fórum nomes conceituados do setor e do cenário político, entre eles os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, de Alagoas, Teotônio Vilela, os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho e da Agricultura, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, entre outros.