Nova geração de etanol ganha força no mundo

09/10/2014 Cana-de-Açúcar POR: Portal RFI
Uma nova era de biocombustíveis começa a se fortalecer no mundo. A última geração de etanol, produzido através dos resíduos vegetais, já é fabricada em uma dezena de usinas na Itália, na Dinamarca ou no Brasil e é um passo importante para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como o petróleo.
No início de setembro, foi aberta a primeira usina deste tipo nos Estados Unidos, na cidade de Emmetsburg. A presença do presidente Barack Obama na ocasião indica a determinação dos norte-americanos em investir no setor, que em 10 anos quintuplicou a produção de etanol. A segunda planta de última geração do país deve ser inaugurada até 2015.
Há muitos anos, os pesquisadores tentavam desenvolver um modelo economicamente viável para transformar em combustível folhas, cabos e até cascas das matérias-primas. O resultado ainda é uma incógnita, mas o desenvolvimento tecnológico permitiu dar uma nova chance aos biocombustíveis.
“Para produzir uma substância que fermente e produza álcool a partir de celulose, é preciso quebrá-la em açúcares. Fazer essa hidrólise não é simples, além de ser custoso”, explica o professor da Unifei Luiz Augusto Horta Nogueira. “Hoje em dia, se desenvolveram processos enzimáticos e se caminha para ser lucrativo. Nós estamos no início da implementação de uma tecnologia.”
O Brasil foi um dos pioneiros na produção de etanol, fabricado da cana de açúcar. Duas usinas de última geração já estão em operação e uma terceira deve abrir em breve. “Isso é uma nova era para o setor industrial e abre espaço para a utilização de uma diversidade maior de matérias-primas. Quem não tem cana usa outra matéria-prima”, afirma José Dílson Rocha, pesquisador da Embrapa Energia. “A Espanha usa palha de trigo, e a França pode aproveitar os resíduos da produção vinícola, por exemplo. O etanol é um produto comercial e ele é igual, seja qual for a fonte.”
Produção de energia
No Brasil, o bagaço da cana já é usado há muito tempo para produzir eletricidade e é a segunda maior fonte energética do país, depois das hidrelétricas. Mas o chamado etanol de celulose ainda precisa de incentivos, embora receba vantagens no mercado internacional, em recompensa à iniciativa mais ecológica.
“A planta da Granbio, em Alagoas, vai produzir um etanol que consegue um prêmio no mercado internacional por ser feito de resíduos. Mas o balanço econômico ainda vai ter que fechar”, observa Rocha. “Essas usinas vão decolar se realmente conseguirem entregar um produto viável economicamente.”
Nogueira destaca que esse tipo de etanol é uma das melhores alternativas para superar os combustíveis fosseis. “É um futuro verde e brilhante. É muito inteligente começarmos a utilizar os subprodutos vegetais de uma forma mais completa”, comenta.
Equívocos
O pesquisador lamenta, no entanto, que o setor de biocombustíveis tenha perdido força no país nos últimos anos. Sessenta das 450 usinas foram fechadas. “Uma política muito equivocada e nefasta, orientada pelo fato de termos grandes reservas de petróleo, resultou em uma retração muito grande da produção de etanol no Brasil. É uma pena. Ainda não entenderam que energia renovável é uma opção permanente”, ressalta Nogueira.
Segundo especialistas, a produção de etanol de celulose emite 87% a menos de gases de efeito estufa que a gasolina. 
 
Uma nova era de biocombustíveis começa a se fortalecer no mundo. A última geração de etanol, produzido através dos resíduos vegetais, já é fabricada em uma dezena de usinas na Itália, na Dinamarca ou no Brasil e é um passo importante para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como o petróleo.
No início de setembro, foi aberta a primeira usina deste tipo nos Estados Unidos, na cidade de Emmetsburg. A presença do presidente Barack Obama na ocasião indica a determinação dos norte-americanos em investir no setor, que em 10 anos quintuplicou a produção de etanol. A segunda planta de última geração do país deve ser inaugurada até 2015.
Há muitos anos, os pesquisadores tentavam desenvolver um modelo economicamente viável para transformar em combustível folhas, cabos e até cascas das matérias-primas. O resultado ainda é uma incógnita, mas o desenvolvimento tecnológico permitiu dar uma nova chance aos biocombustíveis.
“Para produzir uma substância que fermente e produza álcool a partir de celulose, é preciso quebrá-la em açúcares. Fazer essa hidrólise não é simples, além de ser custoso”, explica o professor da Unifei Luiz Augusto Horta Nogueira. “Hoje em dia, se desenvolveram processos enzimáticos e se caminha para ser lucrativo. Nós estamos no início da implementação de uma tecnologia.”
O Brasil foi um dos pioneiros na produção de etanol, fabricado da cana de açúcar. Duas usinas de última geração já estão em operação e uma terceira deve abrir em breve. “Isso é uma nova era para o setor industrial e abre espaço para a utilização de uma diversidade maior de matérias-primas. Quem não tem cana usa outra matéria-prima”, afirma José Dílson Rocha, pesquisador da Embrapa Energia. “A Espanha usa palha de trigo, e a França pode aproveitar os resíduos da produção vinícola, por exemplo. O etanol é um produto comercial e ele é igual, seja qual for a fonte.”
Produção de energia
No Brasil, o bagaço da cana já é usado há muito tempo para produzir eletricidade e é a segunda maior fonte energética do país, depois das hidrelétricas. Mas o chamado etanol de celulose ainda precisa de incentivos, embora receba vantagens no mercado internacional, em recompensa à iniciativa mais ecológica.
“A planta da Granbio, em Alagoas, vai produzir um etanol que consegue um prêmio no mercado internacional por ser feito de resíduos. Mas o balanço econômico ainda vai ter que fechar”, observa Rocha. “Essas usinas vão decolar se realmente conseguirem entregar um produto viável economicamente.”
Nogueira destaca que esse tipo de etanol é uma das melhores alternativas para superar os combustíveis fosseis. “É um futuro verde e brilhante. É muito inteligente começarmos a utilizar os subprodutos vegetais de uma forma mais completa”, comenta.
Equívocos
O pesquisador lamenta, no entanto, que o setor de biocombustíveis tenha perdido força no país nos últimos anos. Sessenta das 450 usinas foram fechadas. “Uma política muito equivocada e nefasta, orientada pelo fato de termos grandes reservas de petróleo, resultou em uma retração muito grande da produção de etanol no Brasil. É uma pena. Ainda não entenderam que energia renovável é uma opção permanente”, ressalta Nogueira.
Segundo especialistas, a produção de etanol de celulose emite 87% a menos de gases de efeito estufa que a gasolina.