WTI para maio tem queda acentuada, um prelúdio do que podemos viver com o etanol
Ao longo de todo final de semana e na manhã dessa segunda-feira, os contratos futuros de petróleo WTI, negociados em Nova York, vem em queda livre na tela de maio, cavando o poço mais fundo do século corrente.
Sua cotação em declínio abrupto é explicada por dois motivos: o primeiro é a expiração dos contratos amanhã (21) e quem desejar rolá-los para junho, terá que aportar um valor que dificilmente remunerará num espaço de 30 dias.
Para se ter ideia, pegando o fechamento do dia 17 (sexta-feira), o aporte teria que ser de US$ 6,76 por barril.
Claro que esse problema vem de acordo com a quebra da demanda e consequente aumento do estoque, principalmente depois que foi anunciada a quantidade de petróleo bruto em Cushing, cidade referência de armazenamento situada no estado de Oklahoma, que registrou ganhos de 48%, para 55 milhões de barris, se comparado com números do final de fevereiro.
A título de comparação, em número de setembro do ano passado, o limite do hub era de 76 milhões, o que, se manter a mesma marcha, poderá transbordar no final de junho.
Com o início da safra, mesmo com uma produção direcionada o máximo possível para a produção de açúcar, estima-se que a capacidade de estocagem de etanol brasileira poderá atingir a tampa na mesma época, contudo, no caso do biocombustível, tem um agravante, se resolvido o problema da demanda, ele vai ter que brigar na bomba com a gasolina a preço de banana, por isso a solicitação de alguma proteção vinda do governo, feita pelo setor ao ministério da Agricultura na semana passada.