A 28ª Fenasucro & Agrocana confirmou o cenário otimista e mercado promissor, incentivado pelas demandas de sustentabilidade, e superou a expectativa de geração de negócios ao alcançar um volume de R$ 5,2 bilhões
"Eu tenho orgulho de ser sertanezino, do cooperativismo canavieiro e do setor sucroenergético”. Com essas palavras, ditas na cerimônia de abertura da Fenasucro & Agrocana pelo seu presidente emérito, Antonio Eduardo Tonielo, o sentimento de todos ao voltar, depois de dois anos, para o lugar que outrora, forjou muito aço para a grande expansão nacional do setor e agora forja conhecimento em forma de tecnologia para suprir carências globais, foi traduzido.
Demanda em pleno crescimento porque uma unidade industrial processadora de cana-de-açúcar entrega, na outra ponta, soluções para os dois principais problemas que aflige a humanidade: a fome e a poluição.
Otimismo
Antonio Eduardo Tonielo, Luís Roberto Pogetti, Ricardo Salles, Rafael Cervone, Wilson Fernandes Pires Filho, Francisco Matturro, Plínio Nastari, Luís Carlos Jorge, Claúdio Della Nina
Como pontuou o presidente do conselho de administração da Copersucar e recém-presidente de honra da Fensaucro & Agrocana (a quem Tonielo se referiu ao citar o orgulho pelo cooperativismo canavieiro), Luís Roberto Pogetti: “O Brasil tem uma oportunidade de ouro, pois o desafio da segurança alimentar numa população global em crescimento acelerado, vai demandar muito açúcar, especialmente nos países de renda mais baixa. Por outro lado, temos a corrida para combater o aquecimento global e não preciso me alongar aqui em enumerar os diversos motivos que faz do etanol e da bioenergia uma ferramenta protagonista na busca dessa meta”.
O executivo também alertou para a lição de casa que toda a cadeia precisa fazer: “Precisamos dobrar a produtividade (agrícola e industrial) em 15 anos, se não fizermos isso, corremos o risco de sair do jogo, e nesse ponto, eventos como esse são essenciais para a difusão de tecnologias”.
Antonio Eduardo Tonielo e Luís Roberto Pogetti
E finalizou, lembrando do caráter humano do setor, ao se referir à participação anterior do ex-ministro e, também, presidente de honra do evento, Ricardo Salles, que contou como a cana-de-açúcar marcou sua vida.
“Há 30 anos perdi meu pai, então minha mãe assumiu minha criação. Na época, ela trabalhou como advogada da Copersucar e estava lá quando fui diagnosticado com uma séria doença nos olhos e a única cura era através de um transplante de córnea (que, por ser novidade, era caro e sua execução era muito complexa). Ao ter conhecimento do fato, o então presidente da cooperativa, Clésio Balbo, em comum acordo com a diretoria, viabilizou o tratamento, e graças a esse esforço eu consigo ver a maravilha que se transformou o setor”.
A lembrança de grandes referências não parou por aí. Plínio Nastari (Datagro) recordou o imenso legado deixado pela Zanini personificado na figura de Maurílio Biagi, como sendo a semente para a criação de uma atividade que ousou realizar o sonho da bioenergia enfrentando grandes obstáculos vindos de gigantes do petróleo e ações governamentais de ideologia contrária a toda sustentabilidade da cadeia. Luís Carlos Jorge (Ceise Br) lembrou dos antecessores que trabalharam na construção e ganho de importância do evento, além de agradecer a participação em massa de toda indústria.
Rafael Cervone (Ciesp) listou diversos aspectos que mostram a grandeza da agroindústria canavieira e deu um dado relevante que mostra sua grande demanda: “Recebi recentemente mais de 100 embaixadores de países de todos os continentes e 90% deles buscaram entender como podemos contribuir para as questões de segurança alimentar e ambiental”.
Com uma oportuna homenagem aos serviços prestados por Plínio Nastari, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro, que o apelidou como “o maior vendedor do setor”. Ele citou ações do governo como a volta do investimento na recuperação da pesquisa, principalmente no IAC.
Francisco Matturro
Além de anunciar que São Paulo será a primeira federação a analisar 100% dos CAR, o que será um grande passo rumo à consolidação do Código Florestal, fundamental para garantir previsibilidade e rastreabilidade na atividade agropecuária. O sentimento de orgulho traduz uma satisfação subjetiva, a honra; e coletiva, a formação e reconhecimento de valor. Honra adicionada de valor é igual a trabalho, o principal fator que trouxe a indústria sucroenergética no patamar que está e a levará a atingir não sua meta, mas propósito de sua trajetória.
Lideranças do setor sucroenergético foram recepcionadas por membros da família Tonielo no estande da Copercana
O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes também visitou o estande da Copercana
Diretores da Copercana recepcionaram o general Braga Netto
Augusto César Strini Paixão, diretor comercial agrícola
Parte da equipe de trabalho que conduziu o estande durante a Fenasucro