Nutrição e adubação em cana-de-açúcar foi tema da primeira palestra presencial
A 18ª edição do Agronegócios Copercana iniciou de forma presencial na segunda-feira (27) com chave de ouro. Pela manhã, uma palestra ministrada pelo prof. dr. Godofredo César Vitti falou sobre nutrição e adubação da cana-de-açúcar.
Na ocasião, ele lembrou que estamos passando por uma crise de fertilizantes e que é preciso potencializar o uso desses produtos. E neste sentido pontuou práticas de manejo, produtividade da cana e principalmente longevidade. “Essa apresentação visa manter um material com longevidade, que é a base de tudo numa época tão difícil como essa. Porém, estamos tranquilos porque a cana-de-açúcar é uma cultura que voltou a ser valorizada. É uma energia renovável, limpa, e o Brasil tem tudo para que essa cultura tenha estabilidade. Praticamente de 12% a 14% da área de cana é reformada e nessa área de reforma é preciso valorizar principalmente junto a Copercana o cultivo do amendoim que é o quarto produto mais exportado para a Rússia e Bielorrússia”.
A palestra teve o apoio da empresa Eurochem Fertilizantes Tocantins e contou com a presença de caravanas das cidades de Monte Alto, Jaboticabal e Pitangueiras.
Syngenta no combate ao sphenophorus
No segundo dia de palestras presenciais, a Syngenta discutiu com os produtores o combate ao sphenophorus. Desse encontro participaram caravanas de produtores cooperados das cidades de Barretos e Guaíra.
A empresa trouxe como convidados, o consultor AGR Cana, João Ulisses de Andrade e, o DTM Sygenta Lupércio Garcia.
Durante a abertura, Thiago Fornasiari RTV da Syngenta desejou a todos um bom dia. Falou sobre o acessa Agro da Syngenta, aplicativo que gera pontos para os produtores rurais, sendo que os pontos podem ser usados para descontos, compra de itens, nos distribuidores autorizados da empresa, como é o caso da Copercana.
Já João Ulisses de Andrade falou sobre o manejo de sphenophorus e os pontos primordiais de controle no campo. O profissional destacou fatores que interferem na produtividade e até deu uma dica para saber se a cana está indo bem pela contagem das folhas. Ao final Lupércio Garcia forneceu informações sobre o produto Engeo Pleno S, que oferece uma forma mais eficaz de controle contra essa praga. Garcia explicou sobre a linha de Produtos herbicidas, inseticidas, fungicidas, maturado e solução digital Syngenta Digital.
Em seguida falou especificamente dos defensivos Syngenta focados em cana planta & Cana Soca e do Engeo, ressaltando suas vantagens no combate ao sphenophorus. Citou o clico biológico da praga e os resultados positivos que o produto obtém diante dela.
Palestra sobre manejo biológico de pragas atrai cooperados de várias cidades da região
Caravanas com cooperados das cidades de Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras e Frutal lotaram o auditório do Centro de Eventos Copercana - Manoel Carlos de Azevedo Ortolan, na manhã de quarta-feira (29), para a palestra sobre "Manejo biológico de pragas", ministrada pelo coordenador técnico Brasil da Serquímica, Guilherme Lara. O profissional falou sobre o mercado de biológico no Brasil, as principais pragas e a integração de manejos. “A ideia foi falar da importância do biológico como ferramenta de manejo integrado e também lembrar das três principais pragas da cana-de-açúcar: Broca, Cigarrinha e Sphenophorus, que se não tiverem um manejo adequado, as perdas na lavoura são grandes”, disse Lara que também chamou a atenção para a importância do manejo não só dessas, mas outras pragas.
Canaoeste discute as Boas Práticas Agrícolas
Terminando o ciclo de palestras presenciais, foi vez da Canaoeste trazer toda a equipe para falar sobre as "Exigências da atualidade no contexto boas práticas agrícolas e certificações". Além de associados, participaram da palestra caravanas de produtores das cidades de Severínia, Porto Ferreira, Monte Alto, Pirangi e Paulo de Faria. Durante a abertura, o presidente Fernando dos Reis Filho destacou a importância do encontro e agradeceu a todos os presentes. Em seguida, a especialista de Processos Agrícolas, Maria Letícia Guindalini Melloni deu início ao tema. Em sua fala inicial Letícia Melloni comentou sobre a implantação do programa de Boas Práticas e Certificações promovido pela Canaoeste.
Trouxe dados sobre atualidades e sustentabilidade, comentando sobre legislação, mercado global e incentivos fiscais e financeiros. Também na palestra a profissional aprontou os incentivos como o Bonsucro, RenovaBio e Etanol Mais Verde. Outro ponto destacado foram os pilares da sustentabilidade, o Ambiental, Social e Econômico. Depois, cada membro da associação contribuiu com informações sobre o tema.
O gerente de Geotecnologia, Fábio de Camargo Soldera, explicou sobre o pilar ambiental da Canaoeste e os serviços oferecidos pela associação nessa área. O advogado Diego Rossaneis, assuntos jurídicos e ambientais e os principais serviços que a Canaoeste dispõe. O gerente de soluções integradas, Thiago de Andrade Silva, comentou sobre o prêmio de pureza e como os produtores podem ter acesso a esse tipo de remuneração. A engenheira-agrônoma e gestora técnica, Alessandra Durigan e o agrônomo André Bosch Volpe falaram sobre os projetos e serviços do departamento agronômico.
Fechando a palestra destacando o pilar econômico, o gestor corporativo Almir Torcato comentou sobre as parcerias da Canaoeste e o uso das tecnologias dentro do processo de produção da cana-de-açúcar.
Copercana Sustentável realiza workshop durante o 18º Agronegócios Copercana
No dia 29 de julho, durante a 18ª edição da feira Agronegócios Copercana, o estande da Copercana Sustentável recebeu cooperados, associados, fornecedores da loja de ferragens e supermercados e visitantes, para o Workshop Copercana Sustentável, englobando todas as ações e campanhas dentro da Copercana. O objetivo foi apresentar a Copercana Sustentável para fortalecer a cadeia de valor, estimular engajamento sustentável e buscar parceiros para a execução de projetos futuros. A ação contou com a participação do consultor da Fix Consultoria, Pedro Lins, que na ocasião falou sobre ESG, da encarregada da BioCoop, Andréia Sapiensa e do membro do Comitê da Copercana Sustentável, João Vitor Marinho, que discorreram as ações que estão executando. “Apresentar o programa Copercana Sustentável no Agronegócios foi um sucesso. Falamos do trabalho que temos feito de educação ambiental junto às crianças, onde procuramos conscientizá-las sobre o descarte de resíduos sólidos e aproveitamos a oportunidade para buscar parcerias para que o nosso programa cresça. Essa feira nos deu também a oportunidade de conhecer pessoas de outros segmentos que buscam o mesmo ideal, e a troca de informações foi muito importante”, disse Andréia. No estande também foi realizado um trabalho de conscientização e preservação do meio ambiente através da doação de mudas de árvores para reflorestamento.
Pesquisadores do agro marcaram presença no 18º Agronegócios Copercana
Multinacionais receberam renomados pesquisadores do setor em seus estandes
Além de apresentar novidades do setor sucroenergético e tecnologias que cada vez mais contribuem para o aumento da produtividade agrícola, a Feira Agronegócios Copercana tem atraído a participação de renomados pesquisadores. Nesta edição, a pesquisadora e especialista em cana-de-açúcar do Instituto Agronômico de Campinas, Raffaella Rossetto, e o pesquisador especialista em entomologia e consultor, dr. Newton Macedo, visitaram a feira e falaram sobre pesquisas, posicionamento de produtos e pragas dos canaviais.
Raffaella Rossetto e o CEO da Massari Mineração, Sérgio Saurin
Raffaella, que tem desenvolvido pesquisas para a empresa expositora de mineração e fertilizantes Massari, comentou a respeito dos trabalhos de parceria do Instituto Agronômico para o fortalecimento do setor agrícola. “Tenho um carinho muito grande por essa região e pela Copercana e me sinto feliz em poder prestigiar esse importante evento e falar um pouco sobre o Instituto Agronômico de Campinas onde trabalhamos em parcerias com o setor privado e mesmo com outras universidades, com outros institutos de pesquisa e também com produtores. O Instituto conta com pesquisadores que atuam em diversas áreas onde são desenvolvidos novos produtos ou novas tecnologias - sempre em parceria, para que elas sejam aplicadas rapidamente”, disse a pesquisadora que destacou ainda que em sua área, que é a de nutrição e adubação e onde tem muito contato com os produtores, sempre acompanha os problemas enfrentados por eles. “Neste momento temos uma crise de fertilizantes e os nossos produtores precisam de respostas, e saber quais são as fontes que podem utilizar e neste sentido trabalhamos em cima desses problemas que são levantados por eles ou pelas usinas. Dessa forma, desenvolvemos novos produtos, formas de utilização mais eficientes e com menos problemas ambientais”.
Da esquerda para a direita, Alexandre Bizzi (RTV Cana da Albaugh); Gabriel Cebalos (Coord. de Desenvolvimento de Mercado da Albaugh); Newton Macedo (pesquisador e consultor); Marcelo Pereira (gerente regional Citrus e Cana da Albaugh); e Rafael Natal (RTV Cana da Albaugh)
Já o pesquisador e consultor Macedo esteve no estande da multinacional Albaugh, onde na oportunidade falou sobre posicionamento de produto no sentido de que o produtor tenha uma molécula com mol de ação diferente para fazer rodízio no manejo de praga como a cigarrinha que atualmente é tida em algumas regiões especialmente no Norte de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, como umas das pragas mais importantes em cana-de-açúcar. “A cigarrinha hoje tem que ter devida atenção porque o prejuízo que ela pode causar é extremamente grave. Um canavial atacado por essa praga pode comprometer mais de 50% da produtividade e tínhamos até recentemente somente dois grupos de moléculas, um Pirazol e diferentes Neonicotinoides. A Albaugh lançou o Porcel 100 EC, um inseticida fisiológico que tem como ingrediente ativo o Piriproxifem. Esse é um produto que tem flexibilidade e dosagem compatível para ser aplicado em todas as modalidades. Deixar de controlar cigarrinha é inviabilizar o negócio do produtor. Então, ele tem de alguma forma que controlar e estávamos limitados a produtos e o pessoal insistindo nas mesmas moléculas por falta de opção. Quando tinha opção não era a melhor por ser do mesmo grupo químico e agora temos essa alternativa de um produto seguro e eficaz, pois elimina a praga numa eficácia muito elevada”, afirmou Macedo que ainda pontuou que o produto deve ser aplicado na primeira geração da praga. “O produtor tem uma tendência de ficar esperando a praga aparecer. Ele acredita que se demorar um pouco vai ter um residual maior do produto para aplicar. Mas é exatamente o contrário porque a primeira geração que ocorre logo no início