Os contratos futuros do açúcar demerara fecharam a semana em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Na sexta-feira, após uma sessão de volatilidade, o vencimento março, o mais negociado, avançou 14 pontos (0,99%) e fechou a 14,27 cents por libra-peso.
A commodity tem sido pressionada pelo dólar - na sexta-feira, os futuros operaram em queda até o meio da manhã, reagindo ao avanço da moeda norte-americana sobre a brasileira, que fechou cotada a R$ 3,8400 (+1,05%). Mas a divulgação da Canaplan consultoria de que as usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil vão reduzir sua produção de açúcar na safra 2015/16 reforçou o prognóstico altista para o médio e longo prazo.
Ao final da temporada, o volume de açúcar produzido deve cair para 31,7 milhões, ante 32 milhões de t no ciclo passado, segundo a Canaplan. A previsão de redução de 1%, ainda que pequena, chega em um momento em que consultorias nacionais e internacionais projetam déficit global de açúcar na safra atual (outubro 2015 a setembro 2016).
Há pouco mais de uma semana, a Green Pool elevou sua previsão de déficit do produto de 4,6 milhões t feita em agosto para 5,6 milhões. Na semana passada, a brasileira Datagro também aumentou sua estimativa de déficit para 2,57 milhões de t em 2015/16, ante perspectiva inicial de 2,36 milhões de t.
No Brasil, a despeito da expectativa da Canaplan de processamento recorde de 610 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, o Açúcar Total Recuperável por tonelada de cana processada (ATR/t) deve ficar em 131,7 kg de ATR/t em 2015/16, abaixo dos 145 kg de ATR/t em 2014/15, por conta do maior volume de chuvas que atingiu o Centro-Sul.
Desta forma, as usinas têm mais um estímulo para priorizar o etanol em detrimento da produção de açúcar, além do reajuste de 6% nos preços da gasolina anunciado no final de setembro pela Petrobrás.
Na sexta-feira, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco divulgou relatório com perspectivas para o setor. No documento, o banco avaliou que os preços do açúcar devem seguir em elevação no mercado internacional, exatamente por conta do melhor ajuste global entre oferta e demanda e da possível quebra de produtividade na Ásia, associada ao El Niño. O banco ponderou que o dólar mais valorizado tende a limitar altas mais relevantes das cotações.
Também na sexta, o Commodities Futures Trading Comission (CFTC) divulgou os dados sobre o posicionamento de fundos de índice na ICE Futures US. Por mais uma semana, os fundos de investimento e especuladores aumentaram a posição comprada em açúcar em Nova York.
Esses participantes estavam com saldo líquido comprado de 133.408 lotes no último dia 13, acima dos 91.808 lotes do dia 6 de outubro, conforme mostrou relatório da CFTC. Deve-se, portanto, ponderar a possibilidade de uma liquidação dessas posições, que pode provocar recuo dos preços.
A cotação entre o primeiro e o segundo vencimento na ICE segue invertida, com o contrato março/16 valendo mais que o maio/16. O spread março/maio aumentou de 20 pontos na quinta-feira para 22 na sexta.
Além da possível realização de lucros por fundos e da influência do dólar sobre as cotações da commodity, o mercado também deve acompanhar as movimentações da Índia no setor.
Na sexta-feira, a Global Agricultural Information Network divulgou estimativa de que os embarques do país de açúcar demerara devem avançar para 2,5 milhões de toneladas no ano comercial que se encerra em 31 de março. O volume é bem maior que o exportado na temporada anterior, 1 milhão de toneladas.
Desde o fechamento em queda na terça-feira passada, quando o açúcar encerrou o pregão cotado a 13,83 cents por libra-peso, a commodity segue em trajetória de alta, acompanhando a estimativa de analistas. As próximas resistências a serem batidas ainda são 14,42 cents (de 19 de maio) e 14,94 cents (de 12 de maio).
O valor à vista em reais do indicador do açúcar Esalq fechou R$ 65,33/saca (+1,30%). Em dólar, o preço ficou em US$ 17,01/saca (+0,24%).
Os contratos futuros do açúcar demerara fecharam a semana em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Na sexta-feira, após uma sessão de volatilidade, o vencimento março, o mais negociado, avançou 14 pontos (0,99%) e fechou a 14,27 cents por libra-peso.
A commodity tem sido pressionada pelo dólar - na sexta-feira, os futuros operaram em queda até o meio da manhã, reagindo ao avanço da moeda norte-americana sobre a brasileira, que fechou cotada a R$ 3,8400 (+1,05%). Mas a divulgação da Canaplan consultoria de que as usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil vão reduzir sua produção de açúcar na safra 2015/16 reforçou o prognóstico altista para o médio e longo prazo.
Ao final da temporada, o volume de açúcar produzido deve cair para 31,7 milhões, ante 32 milhões de t no ciclo passado, segundo a Canaplan. A previsão de redução de 1%, ainda que pequena, chega em um momento em que consultorias nacionais e internacionais projetam déficit global de açúcar na safra atual (outubro 2015 a setembro 2016).
Há pouco mais de uma semana, a Green Pool elevou sua previsão de déficit do produto de 4,6 milhões t feita em agosto para 5,6 milhões. Na semana passada, a brasileira Datagro também aumentou sua estimativa de déficit para 2,57 milhões de t em 2015/16, ante perspectiva inicial de 2,36 milhões de t.
No Brasil, a despeito da expectativa da Canaplan de processamento recorde de 610 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, o Açúcar Total Recuperável por tonelada de cana processada (ATR/t) deve ficar em 131,7 kg de ATR/t em 2015/16, abaixo dos 145 kg de ATR/t em 2014/15, por conta do maior volume de chuvas que atingiu o Centro-Sul.
Desta forma, as usinas têm mais um estímulo para priorizar o etanol em detrimento da produção de açúcar, além do reajuste de 6% nos preços da gasolina anunciado no final de setembro pela Petrobrás.
Na sexta-feira, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco divulgou relatório com perspectivas para o setor. No documento, o banco avaliou que os preços do açúcar devem seguir em elevação no mercado internacional, exatamente por conta do melhor ajuste global entre oferta e demanda e da possível quebra de produtividade na Ásia, associada ao El Niño. O banco ponderou que o dólar mais valorizado tende a limitar altas mais relevantes das cotações.
Também na sexta, o Commodities Futures Trading Comission (CFTC) divulgou os dados sobre o posicionamento de fundos de índice na ICE Futures US. Por mais uma semana, os fundos de investimento e especuladores aumentaram a posição comprada em açúcar em Nova York.
Esses participantes estavam com saldo líquido comprado de 133.408 lotes no último dia 13, acima dos 91.808 lotes do dia 6 de outubro, conforme mostrou relatório da CFTC. Deve-se, portanto, ponderar a possibilidade de uma liquidação dessas posições, que pode provocar recuo dos preços.
A cotação entre o primeiro e o segundo vencimento na ICE segue invertida, com o contrato março/16 valendo mais que o maio/16. O spread março/maio aumentou de 20 pontos na quinta-feira para 22 na sexta.
Além da possível realização de lucros por fundos e da influência do dólar sobre as cotações da commodity, o mercado também deve acompanhar as movimentações da Índia no setor.
Na sexta-feira, a Global Agricultural Information Network divulgou estimativa de que os embarques do país de açúcar demerara devem avançar para 2,5 milhões de toneladas no ano comercial que se encerra em 31 de março. O volume é bem maior que o exportado na temporada anterior, 1 milhão de toneladas.
Desde o fechamento em queda na terça-feira passada, quando o açúcar encerrou o pregão cotado a 13,83 cents por libra-peso, a commodity segue em trajetória de alta, acompanhando a estimativa de analistas. As próximas resistências a serem batidas ainda são 14,42 cents (de 19 de maio) e 14,94 cents (de 12 de maio).
O valor à vista em reais do indicador do açúcar Esalq fechou R$ 65,33/saca (+1,30%). Em dólar, o preço ficou em US$ 17,01/saca (+0,24%).