O preço do açúcar nos mercados internacionais seguiu a tendência de todas as commodities na última sexta-feira (24) que foram fortemente impactadas com a decisão favorável à saída da União Europeia pelo Reino Unido. Com este cenário pouco animador, os contratos fecharam em baixa em todos os vencimentos.
Na tela de julho/16, que expira nesta semana, os contratos foram negociados em 19,00 centavos de dólar por libra-peso, uma baixa de quatro pontos quando comparado com os preços praticados no dia anterior. As demais telas caíram entre três e 24 pontos.
Em Londres não foi diferente. No vencimento agosto/16, a commodity fechou em US$ 531,90 a tonelada, desvalorização de 1,80 dólar no comparativo com a véspera. Os demais vencimentos oscilaram para baixo entre 30 cents de dólar e US$ 4,20.
Segundo Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, "a decisão histórica dos eleitores britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia foi um acontecimento que derrubou não apenas o mercado acionário, mas também levou as commodities de roldão. Sem exceção, todas elas fecharam no vermelho e o açúcar até que se comportou de maneira exemplar. Encerrou a sexta-feira a 19.16 centavos de dólar por libra-peso (vencimento outubro/2016), uma queda de 74 pontos em relação à semana anterior, mas praticamente inalterado no dia se recuperando heroicamente após mergulhar de cabeça até 18.53 centavos de dólar por libra-peso durante o tumultuado pregão desta sexta-feira".
Na visão mais a longo prazo, o economista da Archer destaca que "tendo em vista o alargamento do spread julho/outubro e outubro/março, tudo leva a crer que o momento do físico ainda é insuficiente para segurar os níveis atuais de preços. Até as pedras sabem que grande parte desse movimento de alta foi capitaneado pelos fundos. Dessa forma, acreditamos que ainda vamos assistir a uma correção de preços antes de o mercado retomar a alta que será influenciada por números mais frescos de moagem e disponibilidade de açúcar".
"Nosso modelo ainda aponta para preços acima de 22 centavos de dólar por libra-peso no último trimestre deste ano, refletidos no vencimento março/2017. O mercado em NY antecipou-se a esse quadro", ainda segundo Corrêa.
Mercado doméstico
No mercado doméstico o açúcar manteve sua trajetória de alta e fechou em R$ 87,40 a saca de 50 quilos do tipo cristal, valorização de 0,61% no comparativo com a véspera, ainda segundo índices do Cepea/Esalq, da USP.
Rogério Mian
O preço do açúcar nos mercados internacionais seguiu a tendência de todas as commodities na última sexta-feira (24) que foram fortemente impactadas com a decisão favorável à saída da União Europeia pelo Reino Unido. Com este cenário pouco animador, os contratos fecharam em baixa em todos os vencimentos.
Na tela de julho/16, que expira nesta semana, os contratos foram negociados em 19,00 centavos de dólar por libra-peso, uma baixa de quatro pontos quando comparado com os preços praticados no dia anterior. As demais telas caíram entre três e 24 pontos.
Em Londres não foi diferente. No vencimento agosto/16, a commodity fechou em US$ 531,90 a tonelada, desvalorização de 1,80 dólar no comparativo com a véspera. Os demais vencimentos oscilaram para baixo entre 30 cents de dólar e US$ 4,20.
Segundo Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, "a decisão histórica dos eleitores britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia foi um acontecimento que derrubou não apenas o mercado acionário, mas também levou as commodities de roldão. Sem exceção, todas elas fecharam no vermelho e o açúcar até que se comportou de maneira exemplar. Encerrou a sexta-feira a 19.16 centavos de dólar por libra-peso (vencimento outubro/2016), uma queda de 74 pontos em relação à semana anterior, mas praticamente inalterado no dia se recuperando heroicamente após mergulhar de cabeça até 18.53 centavos de dólar por libra-peso durante o tumultuado pregão desta sexta-feira".
Na visão mais a longo prazo, o economista da Archer destaca que "tendo em vista o alargamento do spread julho/outubro e outubro/março, tudo leva a crer que o momento do físico ainda é insuficiente para segurar os níveis atuais de preços. Até as pedras sabem que grande parte desse movimento de alta foi capitaneado pelos fundos. Dessa forma, acreditamos que ainda vamos assistir a uma correção de preços antes de o mercado retomar a alta que será influenciada por números mais frescos de moagem e disponibilidade de açúcar".
"Nosso modelo ainda aponta para preços acima de 22 centavos de dólar por libra-peso no último trimestre deste ano, refletidos no vencimento março/2017. O mercado em NY antecipou-se a esse quadro", ainda segundo Corrêa.
Mercado doméstico
No mercado doméstico o açúcar manteve sua trajetória de alta e fechou em R$ 87,40 a saca de 50 quilos do tipo cristal, valorização de 0,61% no comparativo com a véspera, ainda segundo índices do Cepea/Esalq, da USP.
Rogério Mian