A safra mato-grossense de cana- de- açúcar foi aberta oficialmente no início deste mês, apesar de apresentar projeções de produção inferior à registrada no ano passado, queda anual de pouco mais de 16%, o Estado segue em destaque no cenário nacional, sendo o 8º maior produtor dessa matriz energética, com participação de 2,8% sobre o total nacional, e o 6º em oferta de etanol. Sem opções competitivas para exportar a cana transformada em açúcar, a temporada 2016/17 segue caracterizada como `alcooleira´, mantendo a tradição da produção local.
Conforme dados divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do primeiro levantamento da safra brasileira de cana-de-açúcar 2016/17, a produção deverá atingir 14,36 milhões de toneladas, recuo de 16,2% em relação as 17,15 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior. Houve redução na área plantada, de 9,3%, que passou de 232,8 mil hectares para 211,1 mil hectares, no mesmo período de comparação.
Considerando o volume de cana a ser extraído de abril meados de outubro e novembro deste ano, deverão ser produzidas 297,1 mil toneladas de açúcar, -11,9% em relação ao ciclo anterior e 982,18 milhões de litros de etanol (hidratado e anidro), volume que se atingido será 26% inferior ao contabilizado na safra 2015/16.
Como observam os técnicos da Conab, nos últimos dez anos a cultura canavieira tem sido marcada, no Estado, pela volatilidade dos preços de etanol e açúcar. Na atual safra ambos os produtos estão com patamares de preços elevados, animando os produtores, que estão com perspectivas positivas. "Apesar disso, as áreas de expansão e renovação do canavial mato-grossense têm registrado queda, desconsiderando as áreas dos fornecedores, ficando restritas apenas as das unidades de produção".
O primeiro levantamento de safra aponta que há predominância na destinação da cana-de-açúcar esmagada para produção de etanol hidratado e anidro. A tancagem e a capacidade instalada de produção diária das unidades de produção mantiveram-se estáveis desde a última safra para etanol e açúcar.
Perdas
Dos principais estados produtores do Centro-Sul do Brasil, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, apenas os dois últimos indicam queda na produção total de cana-de-açúcar. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as variações climáticas, principalmente as chuvas inconstantes, prejudicaram o desenvolvimento do canavial nos estados e por isso há estimativas de queda de 16,2% e 1,2% na produção nesses estados, respectivamente.
A produção brasileira de etanol total no país na safra 2016/17 será 30,3 bilhões de litros, redução de 121 milhões de litros, ou 0,4%. A região Centro-Oeste, Nordeste e Norte são os maiores responsáveis por esse número. Entretanto, estados de outras regiões também apresentam diminuição na produção de etanol. Para o etanol hidratado, utilizado nos veículos flex, a redução será de 3,4%, quando comparado com a produção da safra anterior, o que equivale a 649 milhões de litros. Alagoas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os maiores responsáveis por este aumento. A produção de etanol é concentrada na região Sudeste, com 60,5% do total produzido no país, seguido pelo Centro-Oeste (27,8%), Sul (5,5%), Nordeste (5,4%), e Norte (0,8%).
Brasil
Ao contrário da projeção para Mato Grosso, a safra brasileira está estimada recorde pela Conab, devendo atingir 691 milhões de toneladas, aumento de 3,8% em relação à temporada anterior, quando foram colhidas 665,6 milhões de toneladas. A variação se deve ao crescimento da área colhida de 5,4%.
A área colhida deverá ser de cerca de 9 milhões de hectares, com um aumento de 468,2 mil hectares em relação à safra passada, quando os produtores plantaram 8,6 milhões de hectares. Se confirmada, esta será a maior área de cana-de-açúcar já colhida no Brasil.
Quanto à produção de açúcar, o aumento deve ser de 12% em relação à safra anterior (33,4 mi t), baseada na expectativa de evolução da área colhida, podendo chegar a 37,5 milhões de toneladas. Já a produção de etanol total será de 30,3 bilhões de litros, com uma redução de 0,4% ou 121 milhões de litros a menos que no ciclo passado, quando foram produzidos 30,4 bilhões de litros.
Marianna Peres
A safra mato-grossense de cana- de- açúcar foi aberta oficialmente no início deste mês, apesar de apresentar projeções de produção inferior à registrada no ano passado, queda anual de pouco mais de 16%, o Estado segue em destaque no cenário nacional, sendo o 8º maior produtor dessa matriz energética, com participação de 2,8% sobre o total nacional, e o 6º em oferta de etanol. Sem opções competitivas para exportar a cana transformada em açúcar, a temporada 2016/17 segue caracterizada como `alcooleira´, mantendo a tradição da produção local.
Conforme dados divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do primeiro levantamento da safra brasileira de cana-de-açúcar 2016/17, a produção deverá atingir 14,36 milhões de toneladas, recuo de 16,2% em relação as 17,15 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior. Houve redução na área plantada, de 9,3%, que passou de 232,8 mil hectares para 211,1 mil hectares, no mesmo período de comparação.
Considerando o volume de cana a ser extraído de abril meados de outubro e novembro deste ano, deverão ser produzidas 297,1 mil toneladas de açúcar, -11,9% em relação ao ciclo anterior e 982,18 milhões de litros de etanol (hidratado e anidro), volume que se atingido será 26% inferior ao contabilizado na safra 2015/16.
Como observam os técnicos da Conab, nos últimos dez anos a cultura canavieira tem sido marcada, no Estado, pela volatilidade dos preços de etanol e açúcar. Na atual safra ambos os produtos estão com patamares de preços elevados, animando os produtores, que estão com perspectivas positivas. "Apesar disso, as áreas de expansão e renovação do canavial mato-grossense têm registrado queda, desconsiderando as áreas dos fornecedores, ficando restritas apenas as das unidades de produção".
O primeiro levantamento de safra aponta que há predominância na destinação da cana-de-açúcar esmagada para produção de etanol hidratado e anidro. A tancagem e a capacidade instalada de produção diária das unidades de produção mantiveram-se estáveis desde a última safra para etanol e açúcar.
Perdas
Dos principais estados produtores do Centro-Sul do Brasil, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, apenas os dois últimos indicam queda na produção total de cana-de-açúcar. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as variações climáticas, principalmente as chuvas inconstantes, prejudicaram o desenvolvimento do canavial nos estados e por isso há estimativas de queda de 16,2% e 1,2% na produção nesses estados, respectivamente.
A produção brasileira de etanol total no país na safra 2016/17 será 30,3 bilhões de litros, redução de 121 milhões de litros, ou 0,4%. A região Centro-Oeste, Nordeste e Norte são os maiores responsáveis por esse número. Entretanto, estados de outras regiões também apresentam diminuição na produção de etanol. Para o etanol hidratado, utilizado nos veículos flex, a redução será de 3,4%, quando comparado com a produção da safra anterior, o que equivale a 649 milhões de litros. Alagoas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os maiores responsáveis por este aumento. A produção de etanol é concentrada na região Sudeste, com 60,5% do total produzido no país, seguido pelo Centro-Oeste (27,8%), Sul (5,5%), Nordeste (5,4%), e Norte (0,8%).
Brasil
Ao contrário da projeção para Mato Grosso, a safra brasileira está estimada recorde pela Conab, devendo atingir 691 milhões de toneladas, aumento de 3,8% em relação à temporada anterior, quando foram colhidas 665,6 milhões de toneladas. A variação se deve ao crescimento da área colhida de 5,4%.
A área colhida deverá ser de cerca de 9 milhões de hectares, com um aumento de 468,2 mil hectares em relação à safra passada, quando os produtores plantaram 8,6 milhões de hectares. Se confirmada, esta será a maior área de cana-de-açúcar já colhida no Brasil.
Quanto à produção de açúcar, o aumento deve ser de 12% em relação à safra anterior (33,4 mi t), baseada na expectativa de evolução da área colhida, podendo chegar a 37,5 milhões de toneladas. Já a produção de etanol total será de 30,3 bilhões de litros, com uma redução de 0,4% ou 121 milhões de litros a menos que no ciclo passado, quando foram produzidos 30,4 bilhões de litros.
Marianna Peres