Produção reforçada de açúcar em 2017/18

16/02/2017 Açúcar POR: Valor Econômico
Investimentos feitos pelas usinas para permitir o maior direcionamento de cana para a fabricação de açúcar devem elevar em 4,7% a capacidade de produção da commodity no Centro-Sul na safra 2017/18 na comparação com o ciclo atual. Dessa forma, a região poderá produzir até 257 mil toneladas de açúcar por dia, segundo estudo da consultoria FG/A.
Esse crescimento de capacidade de fabricação de açúcar reflete a remuneração mais elevada oferecida pela commodity em relação ao etanol (prêmio), desde novembro de 2015, com o início da primeira safra internacional com déficit de oferta após anos de superávit.
Atualmente, o prêmio do açúcar sobre o etanol para as usinas está acima de 10%, mas já chegou a 30% em meados do ano passado. No fim de 2016, os preços do etanol ganharam impulso conforme as usinas encerravam a safra. A oferta, que já era restrita, ficou ainda mais escassa.
A última vez em que houve investimentos em expansão de capacidade de fabricação de açúcar foi entre 2010 e 2012. Em 2010, o açúcar chegou a remunerar as usinas quase 40% a mais do que o etanol.
A consequência do aumento da aposta em açúcar é a redução da oferta de etanol. "O que com certeza vai ter [na safra 2017/18] é quebra relevante na produção de etanol. Porque há consenso que vai haver migração para o açúcar", diz Gustavo Correa, sócio da FG/A.
Na safra 2016/17, a produção de açúcar até a segunda quinzena de janeiro já batia o recorde com 35,2 milhões de toneladas, enquanto a de etanol somava 25 bilhões de litros, recuo de 8%, segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).
Outra consequência deverá ser um novo aumento do mercado de etanol anidro (misturado à gasolina) em detrimento do etanol hidratado (que abastece diretamente os tanques). Se a oferta do hidratado for mais restrita, os preços do biocombustível serão ainda menos competitivos, favorecendo a migração para o consumo de gasolina.
Com isso, deve crescer a demanda por etanol anidro. "Devemos ter prêmios superiores para o etanol anidro na próxima safra", avalia Correa. Atualmente, os contratos de etanol anidro oferecem remuneração cerca de 12% maior do que os contratos de etanol hidratado. 
Investimentos feitos pelas usinas para permitir o maior direcionamento de cana para a fabricação de açúcar devem elevar em 4,7% a capacidade de produção da commodity no Centro-Sul na safra 2017/18 na comparação com o ciclo atual. Dessa forma, a região poderá produzir até 257 mil toneladas de açúcar por dia, segundo estudo da consultoria FG/A.
Esse crescimento de capacidade de fabricação de açúcar reflete a remuneração mais elevada oferecida pela commodity em relação ao etanol (prêmio), desde novembro de 2015, com o início da primeira safra internacional com déficit de oferta após anos de superávit.
Atualmente, o prêmio do açúcar sobre o etanol para as usinas está acima de 10%, mas já chegou a 30% em meados do ano passado. No fim de 2016, os preços do etanol ganharam impulso conforme as usinas encerravam a safra. A oferta, que já era restrita, ficou ainda mais escassa.
A última vez em que houve investimentos em expansão de capacidade de fabricação de açúcar foi entre 2010 e 2012. Em 2010, o açúcar chegou a remunerar as usinas quase 40% a mais do que o etanol.
A consequência do aumento da aposta em açúcar é a redução da oferta de etanol. "O que com certeza vai ter [na safra 2017/18] é quebra relevante na produção de etanol. Porque há consenso que vai haver migração para o açúcar", diz Gustavo Correa, sócio da FG/A.

 
Na safra 2016/17, a produção de açúcar até a segunda quinzena de janeiro já batia o recorde com 35,2 milhões de toneladas, enquanto a de etanol somava 25 bilhões de litros, recuo de 8%, segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).
Outra consequência deverá ser um novo aumento do mercado de etanol anidro (misturado à gasolina) em detrimento do etanol hidratado (que abastece diretamente os tanques). Se a oferta do hidratado for mais restrita, os preços do biocombustível serão ainda menos competitivos, favorecendo a migração para o consumo de gasolina.
Com isso, deve crescer a demanda por etanol anidro. "Devemos ter prêmios superiores para o etanol anidro na próxima safra", avalia Correa. Atualmente, os contratos de etanol anidro oferecem remuneração cerca de 12% maior do que os contratos de etanol hidratado.