Hoje apenas duas unidades estão implementando a produção do combustível
Até o momento apenas a unidade Bonfim da Raízen e a Cocal (Narandiba-SP) estão em processo de implementação de geração de biogás, e posteriormente biometano, tendo como fonte a vinhaça e torta de filtro.
Contudo, a expectativa de representantes do setor é que outros players do mercado também anunciem o upgrade de suas unidades podendo assim aumentar a sua capacidade de geração de energia e também diminuir o custo de sua frota substituindo o diesel pelo biometano.
E um dos principais fatos que vai propiciar esse movimento é a entrada em vigor do RenovaBio no final de 2019. Isso porque como sua essência é premiar quem produz combustíveis capazes de reduzir a emissão de carbono ou até torna-la negativa, será possível acelerar o retorno de capital necessário para a criação da infraestrutura.
Como explica o vice-presidente da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás), Gabriel Kropsch, “o biogás é a única fonte de energia primária com pegada negativa, ou seja, quanto mais for usado, mais limparemos a atmosfera dos gases de efeito estufa”.
O setor sucroenergético é o mais estratégico para a consolidação desse mercado, isso porque ele tem o maior potencial de expansão, sendo três vezes maior que o da agricultura e oito vezes maior que o saneamento.
Perante todos esses pontos é natural que os representantes projetem um 2020 apostando numa expansão duas vezes maior no comparativo com 2019, lembrando que o crescimento em relação a 2018 foi de 40%.