O forte movimento especulativo que levou as cotações do açúcar demerara a uma máxima de 23,78 centavos de dólar a libra¬peso em setembro na bolsa de Nova York deu lugar a uma onda de realização de lucros que já dura quase dois meses, pressionando o valor dos contratos futuros. Ontem, os papéis de segunda posição, com vencimento em maio de 2017, recuaram 51 pontos, para 19,28 centavos de dólar na bolsa, o menor valor desde agosto passado. Neste ano, no entanto, o preço do açúcar ainda está 29,22% acima do registrado em 2015.
Segundo a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), o saldo líquido comprado dos gestores de recursos era de 217.766 contratos no último dia 15 ¬ 6,84% abaixo do observado no dia 8 e 23,9% inferior ao último dia 27 de setembro, quando os gestores de recursos iniciaram a redução nas suas apostas de alta. Trata¬se do nível mais baixo desde 7 de junho. A menor confiança dos fundos na alta do açúcar reflete, em parte, a decisão da China de leiloar parte de seus estoques públicos para controlar os preços no mercado interno. Estima¬se que existam 7 milhões de toneladas de açúcar nas reservas do país asiático. Desse volume, devem ser liberadas entre 1 milhão e 1,2 milhão ao longo do próximo ano. O cenário mais otimista para a oferta de açúcar previsto para as duas próximas temporadas também pressiona o mercado. Após estimar um déficit global de 7,04 milhões de toneladas na safra international 2016/17, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) reduziu, na última sexta¬feira, sua previsão de déficit para 6,2 milhões de toneladas. A entidade também projeta que o déficit na oferta será zerado já no próximo ciclo, 2017/18, a despeito das avaliações sobre a capacidade de investimento ainda baixa das usinas brasileiras.
Por Cleyton Vilarino
O forte movimento especulativo que levou as cotações do açúcar demerara a uma máxima de 23,78 centavos de dólar a libra¬peso em setembro na bolsa de Nova York deu lugar a uma onda de realização de lucros que já dura quase dois meses, pressionando o valor dos contratos futuros. Ontem, os papéis de segunda posição, com vencimento em maio de 2017, recuaram 51 pontos, para 19,28 centavos de dólar na bolsa, o menor valor desde agosto passado. Neste ano, no entanto, o preço do açúcar ainda está 29,22% acima do registrado em 2015.
Segundo a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), o saldo líquido comprado dos gestores de recursos era de 217.766 contratos no último dia 15 ¬ 6,84% abaixo do observado no dia 8 e 23,9% inferior ao último dia 27 de setembro, quando os gestores de recursos iniciaram a redução nas suas apostas de alta. Trata¬se do nível mais baixo desde 7 de junho. A menor confiança dos fundos na alta do açúcar reflete, em parte, a decisão da China de leiloar parte de seus estoques públicos para controlar os preços no mercado interno. Estima¬se que existam 7 milhões de toneladas de açúcar nas reservas do país asiático. Desse volume, devem ser liberadas entre 1 milhão e 1,2 milhão ao longo do próximo ano. O cenário mais otimista para a oferta de açúcar previsto para as duas próximas temporadas também pressiona o mercado. Após estimar um déficit global de 7,04 milhões de toneladas na safra international 2016/17, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) reduziu, na última sexta¬feira, sua previsão de déficit para 6,2 milhões de toneladas. A entidade também projeta que o déficit na oferta será zerado já no próximo ciclo, 2017/18, a despeito das avaliações sobre a capacidade de investimento ainda baixa das usinas brasileiras.
Por Cleyton Vilarino