Setor sucroenergético brasileiro terá ano difícil, prevê a Fitch

14/05/2015 Cana-de-Açúcar POR: Gustavo Porto – Agência Estado
A dificuldade de usinas e destilarias brasileiras em acessar crédito de médio e longo prazos e fontes alternativas de liquidez deve levar a novos rebaixamentos de ratings das companhias do setor pela agência de classificação de risco Fitch. Essas revisões tendem a superar as afirmações de rating neste ano de 2015. Em relatório divulgado nesta terça-feira, 12, a Fitch descartou elevar ratings das empresas este ano, lembrando que recentemente rebaixou companhias do setor e todas permanecem com perspectiva ou observação negativas.
A única exceção, segundo a agência, é a Raízen, com IDR de alta qualidade de crédito, em BBB, e ainda o rating nacional de longo prazo em AAA(bra). Isso se deve ao "robusto e previsível CFFO (fluxo de caixa operacional), forte posição de liquidez e acesso a financiamento", informam os analistas da Fitch Claudio Miori e Alexandre Garcia, que assinam o documento. Além da Raízen, também recebem classificações da Fitch a Biosev, a Jalles Machado, a Usina São João Açúcar e Álcool, a Tonon Bioenergia e Grupo Virgolino de Oliveira (GVO).
No relatório, a Fitch afirma que cresceu a aversão ao setor sucroenergético brasileiro após a inadimplência de companhias e as dificuldades financeiras de produtores. "Como consequência, as posições de liquidez se enfraqueceram e o risco de refinanciamento continua crescendo. A maioria das empresas continuará apresentando fluxos de caixa livres negativos no ano fiscal de 2016 (iniciado em abril deste ano com a safra 2015/2016)".
Segundo a agência de classificação de risco, há uma escassez de créditos sem garantia real de médio e longo prazo. "A maioria dos emissores depende de bancos para rolar a dívida de curto prazo." Além disso, a Fitch considera que a alavancagem das usinas é alta e deve crescer em uma safra com o aumento da produção e do volume moído de cana. "O desafiador cenário de preços em formação restringe o aumento do fluxo de caixa operacional. Os investimentos necessários em canaviais e em ativos industriais levarão a fluxo de caixa livre (FCF) negativo e a alta da dívida para a maioria dos emissores".
A agência traça um cenário negativo de preços para açúcar e etanol em 2015. A Fitch lembra que os estoques globais de açúcar seguem altos e um possível déficit global da commodity não deve ser grande o suficiente para impactar os preços. Além disso, as moedas mais fracas dos países exportadores e as barreiras impostas pelos importadores resultarão em pressão adicional sobre os preços do açúcar. Os preços do etanol não devem melhorar de forma significativa no Brasil em 2015, devido à baixa cotação internacional do açúcar.
A dificuldade de usinas e destilarias brasileiras em acessar crédito de médio e longo prazos e fontes alternativas de liquidez deve levar a novos rebaixamentos de ratings das companhias do setor pela agência de classificação de risco Fitch. Essas revisões tendem a superar as afirmações de rating neste ano de 2015. Em relatório divulgado nesta terça-feira, 12, a Fitch descartou elevar ratings das empresas este ano, lembrando que recentemente rebaixou companhias do setor e todas permanecem com perspectiva ou observação negativas.
A única exceção, segundo a agência, é a Raízen, com IDR de alta qualidade de crédito, em BBB, e ainda o rating nacional de longo prazo em AAA(bra). Isso se deve ao "robusto e previsível CFFO (fluxo de caixa operacional), forte posição de liquidez e acesso a financiamento", informam os analistas da Fitch Claudio Miori e Alexandre Garcia, que assinam o documento. Além da Raízen, também recebem classificações da Fitch a Biosev, a Jalles Machado, a Usina São João Açúcar e Álcool, a Tonon Bioenergia e Grupo Virgolino de Oliveira (GVO).
No relatório, a Fitch afirma que cresceu a aversão ao setor sucroenergético brasileiro após a inadimplência de companhias e as dificuldades financeiras de produtores. "Como consequência, as posições de liquidez se enfraqueceram e o risco de refinanciamento continua crescendo. A maioria das empresas continuará apresentando fluxos de caixa livres negativos no ano fiscal de 2016 (iniciado em abril deste ano com a safra 2015/2016)".
Segundo a agência de classificação de risco, há uma escassez de créditos sem garantia real de médio e longo prazo. "A maioria dos emissores depende de bancos para rolar a dívida de curto prazo." Além disso, a Fitch considera que a alavancagem das usinas é alta e deve crescer em uma safra com o aumento da produção e do volume moído de cana. "O desafiador cenário de preços em formação restringe o aumento do fluxo de caixa operacional. Os investimentos necessários em canaviais e em ativos industriais levarão a fluxo de caixa livre (FCF) negativo e a alta da dívida para a maioria dos emissores".
A agência traça um cenário negativo de preços para açúcar e etanol em 2015. A Fitch lembra que os estoques globais de açúcar seguem altos e um possível déficit global da commodity não deve ser grande o suficiente para impactar os preços. Além disso, as moedas mais fracas dos países exportadores e as barreiras impostas pelos importadores resultarão em pressão adicional sobre os preços do açúcar. Os preços do etanol não devem melhorar de forma significativa no Brasil em 2015, devido à baixa cotação internacional do açúcar.